Teatro: Um Jardim para Tchekhov

Em cartaz no CCBB Brasília, Maria Padilha e grande elenco atuam em peça que mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país. Paisagens dramáticas, personagens tomados por questões existenciais e reflexões profundas costumam figurar no imaginário quando se fala em autores russos. Mas esse estereótipo diz pouco sobre “Um Jardim para Tchekhov“, espetáculo que conta com o patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com temporada até o dia 02 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Transitando entre a comédia, o lirismo e o drama, o texto inédito assinado por Pedro Brício, narra a história de uma consagrada atriz de teatro, Alma Duran, vivida por Maria Padilha, que vai morar com sua filha, a médica Isadora (Olivia Torres), e seu genro Otto, um delegado de polícia (Erom Cordeiro), em um condomínio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Brício está indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2024, pela dramaturgia da obra, cujo resultado será anunciado em março de 2025. O fato é que, desempregada há três anos, Duran começa a dar aulas de teatro para a estudante Lalá (Iohanna Carvalho), enquanto sonha em montar “O Jardim das Cerejeiras“. Ao enfrentar dificuldades para realizar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros), que passa a ajudá-la. Embora o espetáculo evoque o autor russo, o texto não é inspirado nele, conta Pedro Brício. “O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores”. E por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Sim, com maestria e boas doses de humor, a peça vai discutindo os tempos de intolerância vividos no país, trazendo para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX. A diretora da peça, Georgette Fadel, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”. Vale destacar que partiu da atriz Maria Padilha a ideia de fazer uma montagem envolvendo Anton Tchekhov. Seu primeiro trabalho com o autor russo foi em 1999, na peça “As Três Irmãs”, dirigida por Enrique Diaz. “Me apaixonei por sua obra, pelo ser humano que ele foi. Desde então sonhava em montar uma peça dele, mas é algo grandioso, com muitos personagens e ficaria inviável financeiramente. Convidei, então, o Pedro Brício, com quem havia trabalhado no monólogo ‘Diários do Abismo’, que fez uma brilhante adaptação das obras da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Como grande dramaturgo que é, ele criou a história original que se transformou na peça ‘Um Jardim para Tchekhov’”. Padilha ainda sublinha que a personagem Alma Duran é um verdadeiro presente neste momento de sua carreira: “Ela traz um sopro de vida, um sopro de arte. Chega para mudar as relações, tanto na sua família, como para a estudante de teatro Lala, que recebe aulas particulares da atriz. Alma simboliza a própria arte e o teatro como um lugar de respiro, de ar. Ela está entre o lírico e o humor, o drama e a comédia – algo que me dá muito prazer em representar como atriz”. Acessibilidade Para que todo mundo possa ir #PERAMBULANDO com o maior conforto e segurança até o CCBB Brasília, a ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, até o local. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes. A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Inclusive, uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo. E o itinerário/horário da van saí da Biblioteca Nacional para o CCBB às 12h, 14h, 16h, 18h e 20h . Já o sentido inverso, ou seja, do CCBB para a Biblioteca Nacional é sempre às 13h, 15h, 17h, 19h e 21h. Vamos conferir?  Um Jardim para Tchekhov / Teatro do CCBB / até 2 de fevereiro de 2025 – quinta a sábado, às19h30, e domingo, às 17h / R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) / Adquira no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física toda sexta feira da semana anterior / Siga @ccbbbrasilia   Fotos: Divulgação

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Teatro Nacional: ele está de volta!

Plebe Rude está na programação que marca a volta do templo das artes em Brasília e os ingressos para apresentações abertas ao público na Martins Pena estarão disponíveis a partir desta quinta (19)   É isso mesmo! O Teatro Nacional, ou melhor dizendo, parte dele – a Sala Martins Penna está quase pronta e você poderá participar dessa festa de reabertura. Porém, para não deixar nenhum detalhe de fora, decidi repostar na íntegra as informações que a jornalista Adriana Izel formatou em matéria linda na Agência Brasília. Confira abaixo e já se programe! Certamente a Coluna #PERAMBULANDO fará de tudo para não ficar de fora… A festa de reinauguração da Sala Martins Pena do Teatro Nacional será realizada em seis atos. Destes, quatro são abertos ao público, que poderá conferir as apresentações gratuitamente mediante a retirada de ingressos. Os tíquetes começarão a ser disponibilizados nesta quinta-feira (19), pelo site Sympla, com cada entrada sendo liberada em um dia diferente e com a restrição de um ingresso por CPF. O primeiro show a ter o ingresso disponibilizado é do cantor e violeiro Almir Sater. A apresentação será no sábado (21), às 19h30, e a entrada já poderá ser garantida a partir da meia-noite desta quinta-feira. Os ingressos para domingo (22), dia dedicado às artes cênicas, estarão disponíveis no sábado (21). Poderão ser retiradas as entradas para as sessões das 11h, da peça Os Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca, e das 17h e 19h30, do espetáculo TelaPlana, da Cia Os Melhores do Mundo. A entrada para segunda-feira (23), quando será realizado o show em homenagem a Brasília e ao rock com a Plebe Rude, estará disponível no domingo. Já os ingressos para o dia da dança, 26 (quinta-feira), estarão no site a partir de segunda-feira. A reabertura da Sala Martins Pena reúne diferentes manifestações artísticas, desde a música à dança, passando, é claro, pelo teatro. Os dois primeiros atos são exclusivos para convidados. Nesta quarta-feira (18), os profissionais que participaram das obras de restauração do espaço serão homenageados com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, com a Sinfonia do Concreto. Dois dias depois, na sexta, haverá a reabertura formal da sala, com um show conjunto da Orquestra Sinfônica e a dupla Chitãozinho e Xororó. Programação completa Quarta (18): Sinfonia do Concreto 19h – Espetáculo da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro para operários que trabalharam na reconstrução da Sala Martins Pena (exclusivo para convidados) Sexta (20): O Novo Ato 19h – Abertura 20h – Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro com Chitãozinho e Xororó (exclusivo para convidados) Sábado (21): O Recomeço 19h30 – Show de Almir Sater (ingressos disponíveis na quinta-feira, 19) Domingo (22): De Volta aos Palcos 11h – Teatro infantil – Saltimbancos 17h – Os Melhores do Mundo – TelaPlana 19h30 – Os Melhores do Mundo – TelaPlana (ingressos disponíveis no sábado, 21) Dia 23: Hoje é Dia de Rock 20h – Apresentação da banda brasiliense Plebe Rude (ingressos disponíveis no domingo, 22) Dia 26: Dia da Dança 18h30 às 21h. A dança contemporânea, a dança urbana, a dança brincante e o tradicional balé marcam presença na reabertura da Martins Pena para emocionar o público. (ingressos disponíveis na segunda, 23). Foto: Reprodução/Instagram

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Bonitinha, mas Ordinária e Inclusiva

Pela primeira vez o clássico de Nelson Rodrigues é protagonizado por uma família preta. E detalhe, em circulação pelo Brasil, a montagem já foi vista por 4.800 pessoas em três capitais   A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 12 a 22 de dezembro, a peça “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, com grande elenco e direção de Bruce Gomlevsky. As sessões acontecem de quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos já estão à venda no site Bilheteria Cultural e na bilheteria do teatro por R$ 30 (inteira). A peça que tem o patrocínio da CAIXA conta com intérprete de libras em todas as sessões. Somando inúmeras versões para os palcos e três adaptações para o cinema, a nova montagem, idealizada pela Quereres Produções, surge 62 anos depois de sua primeira encenação. E pela primeira vez, a peça é protagonizada por uma família preta. O texto dialoga com a sociedade atual, abordando temas fortes como a violência contra a mulher, o racismo e a hipocrisia. A encenação de Bruce Gomlevsky manteve a ambientação da história na década de 1960. “A peça fala sobre a elite do atraso que está no poder há anos oprimindo as pessoas. As lutas identitárias não podem perder o foco, já que a exploração e a desigualdade continuam”, comenta o diretor. Além das apresentações, a produtora promove ainda a “Oficina do Riso”. Com duração de quatro horas, a oficina será realizada no dia 14 de dezembro e terá 25 vagas destinadas a atores principiantes e profissionais que desejem aprender ferramentas para a Arte do Humor. A oficina destina-se à prática da comicidade, por meio de jogos e improvisações entre os participantes. A montagem estreou em agosto deste ano no Rio de Janeiro (RJ). Na sequência, passou por Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e encerra o ano de 2024 na capital federal. Desde a estreia, a peça foi assistida por 4.800 espectadores. Extras Em “Bonitinha, Mas Ordinária”, Edgard é um rapaz de origem humilde que faz um acordo para se casar com Maria Cecília, uma moça rica que foi desonrada. Mas sua vizinha, Ritinha, se torna um dos vértices de um triângulo amoroso. O espetáculo tem no elenco Emílio Orciollo Netto (Edgard), Sol Miranda (Ritinha), Júlia Portes (Maria Cecília), Ricardo Blat (Werneck) e Sylvia Bandeira (Dona Lígia). A peça ainda conta com Claudio Gabriel, Alexandra Medeiros, Leo de Moraes, Marília Coelho, Jitman Vibranovski, Kênia Bárbara, Ágatha Marinho, Aline Dias, Junior Vieira, Vini Portella e Leo de Moraes.   Partiu teatro? Bonitinha, mas Ordinária / Caixa Cultural Brasília – SBS Quadra 4, Lotes 3/4 – BSB-DF / 12 a 22 de dezembro de 2024 – quinta a sábado às 20h; domingo às 19h / R$ 30 (inteira) / 110min – 16 anos / Mais informações (61) 3206-6456 (bilheteria) / Siga @caixaculturalbrasilia   Fotos: Dalton Valério

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Immer, onde a arte e a tecnologia se encontram

Festival de mídias imersivas e fulldome tem programação com mostra competitiva, exibição de filmes, debates e muito mais sobre o uso de tecnologias na produção audiovisual   De 5 a 8 de dezembro, o Planetário de Brasília recebe a 3ª edição do Immer – Festival Internacional de Mídias Imersivas e Fulldome, dedicado a celebrar a arte, a ciência e a educação através de mídias imersivas. Pioneiro no Brasil e na América Latina, o evento estimula a experiência sensorial multidimensional, onde os visitantes experienciam obras de arte de uma forma totalmente nova e conectada ao ambiente. Este colunista já foi e fez um Reel da hora por lá, confira clicando neste link! O Festival acontece todos os dias das 9h às 23h, no Planetário de Brasília Luiz Cruls, com oficinas e painéis pela manhã, sessões da mostra competitiva à tarde e à noite e performances que misturam arte e tecnologia sempre às 21h. DJs e VJs que projetam conteúdo imersivo ao vivo, também se apresentarão na programação noturna. Para Francisco Barretto, fundador do festival, “a motivação é criar um espaço para que artistas, cientistas, educadores e o público em geral possam explorar, aprender e interagir com tecnologias de ponta”. Em um momento em que realidades virtuais, metaversos e inteligência artificial fazem parte do cotidiano, o evento possibilita repensar o uso da arte imersiva, fomentar uma nova produção artística e democratizar o acesso à tecnologia. Entre as tecnologias apresentadas no Immer, está o fulldome, a técnica de projeção em superfícies côncavas em 180º que proporciona uma experiência visual e sonora imersiva. A edição de 2024 também marca a expansão física do projeto que, além do Planetário de Brasília, contará com projeções no Planetário da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, também nos dias 5 a 8 de dezembro. O projeto tem fomento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) e é realizado por artistas, pesquisadores e professores. Instituições nacionais e internacionais acadêmicas, de pesquisa e artísticas também são parceiras. Além disso, colaboram festivais internacionais semelhantes como o FulldomeUK, no Reino Unido, o Understanding Visual Music, no Canadá, o Domolleno, na Colômbia, e o +CODE, na Argentina. Live Domo: exibição de filmes e interações Esse ano, o immer trará uma novidade: a mostra Live Domo. A palavra “Live“, ‘ao vivo’, em inglês, é usada para se referir a obras criadas ou alteradas em tempo real junto ao público. Domo se refere ao formato fulldome, projeções em 180º na cúpula do Planetário. Na programação do Live Domo, o Immer traz 6 obras inéditas para que o público experimente criações exclusivas que só acontecem naquele momento. Cinco dessas obras foram escolhidas numa chamada pública internacional e tem artistas e grupos do Brasil, Argentina e Colômbia. Dentre os selecionados, há quatro performances e uma instalação interativa. “A Terra é Azul” (Via, Brasil): performance que combina pintura e tecnologia para criar efeitos visuais únicos ao vivo. “Meditação Interplanetária” (Alexandre Rangel, Brasil): uma viagem audiovisual por mundos intergalácticos e interiores. “DARK MATTER (The Space in Between)” (Hernan Roperto, Argentina): exploração das conexões entre o visível e o invisível, utilizando áudio transformado em imagens. “Tesselumen” (Vini Fabretti e Luciano Sallun, Brasil): performance sensorial que mistura efeitos visuais e sonoridades para criar um universo único. “El Macroscopio” (Proyecto Aurora, Colômbia): obra interativa em que os visitantes usam um capacete com uma câmera que detecta os movimentos que afetam os visuais projetados no domo. “SPELL”(thecode, Brasil): obra interativa em que visitantes utilizam os movimentos das mãos para manipular os visuais no domo. Mostra competitiva e oficinas A mostra competitiva reconhece trabalhos da cena artística mundial na criação de filmes para telas semiesféricas, incluindo narrativas experimentais, poéticas e imersivas, que utilizam o potencial visual e sonoro em projeções em cúpulas. Concorrem à premiação 18 filmes de 10 países, como França, Alemanha, Ilhas Maurício, Brasil, Taiwan e EUA. Os filmes concorrem a: Melhor Filme, Melhor Filme Experimental, Melhor Experiência Sonora e Prêmio Planetário de Brasília. Os vencedores são escolhidos por curadores e o resultado será divulgado no domingo, 8 de novembro, durante a cerimônia de encerramento. Apenas a obra escolhida como Melhor Filme receberá prêmio em dinheiro, de R$ 5 mil. Os 18 filmes serão projetados das 14h às 20h, de 5 a 8 de dezembro, na parte interna do Planetário, divididos em sessões de 30 minutos. Já as oficinas visam a capacitação técnica e artística na área da arte e tecnologia, exploram temas como síntese de vídeo, design interativo, produção de conteúdo para fulldome e realidade virtual. Entre os objetivos está o fomento da produção artística imersiva no Brasil e a capacitação de profissionais para a produção em formatos imersivos variados. As inscrições custam R$ 30,00 e é preciso se inscrever no Sympla. Mais informações no site oficial do evento. Agora, veja abaixo os assuntos das oficinas: Introdução ao Fulldome (VJ Nibêra): introdução prática ao universo de projeções em cúpulas. Fazendo VR: Primeiros passos com Unreal Engine (Micaelle Lages): curso prático para criação de mundos virtuais imersivos. Rios de Luz: Explorando pintura e tecnologia (Via): exploração artística combinando técnicas analógicas e digitais. Abstrações Audiovisuais Sensoriais (Alexandre Rangel): criação de experiências audiovisuais imersivas com Hydra e Sonic Pi. Design Interativo e Imersivo: Teoria e Prática (Liana Brazil): criação de uma apresentação sobre o design de uma experiência imersiva e/ou interativa. Introdução à Síntese de Vídeo com Hydra.js (Artur Cabral): introdução à geração de imagens por meio de técnicas de live coding em rede da ferramenta Hydra Imerso Imenso – ambiências e espacialidades sonoras (Ianni Luna): curso de técnicas e suportes para a aplicação de desenhos sonoros na criação/fruição de obras que enfatizam experiências sonoras de imersão. Voltados a produtores culturais, artistas e profissionais de tecnologia, os painéis instigam debates sobre possibilidades de uso da tecnologia na criação artística, com ferramentas inovadoras. Os debates acontecem de 5 a 7 de novembro, entre 14h e 16h, no Planetário. Painel dia 5: Festivais. Painel dia 6: Imersividade Interatividade, com Liana Brazil, Alexandre Rangel, Denise Alves e moderação de Artur Cabral. Painel

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Gaidaa: você já ouviu esse som?

Com apoio da Embaixada dos Países Baixos, cantora faz sua estréia no país e em Brasília, participa de talk na Casa Afrolatinas e show no Sarau Secreto Pela primeira vez no Brasil, a cantora e compositora sudanesa-neerlandesa Gaidaa realiza uma turnê em dezembro, marcando presença em São Paulo, Brasília e Recife. Conhecida por sua fusão única de R&B, soul e neo-soul com influências multiculturais, Gaidaa é um nome em ascensão no cenário global. Na capital federal, a artista participa de dois eventos imperdíveis. Na quinta-feira (5), às 19h, ela estará no talk “Diálogos Afro-Diaspóricos”, na Casa Afrolatinas (Varjão), para uma conversa sobre perspectivas decoloniais. O encontro será enriquecido por um pocket show que reúne talentos locais, como Isa Marques, Margaridas, Bárbara Silva, Lídia Dallet, Omará, Aqualtune e Akuma Vayone. A entrada é gratuita. Já na sexta-feira (6), às 20h, Gaidaa se apresenta no Sarau Secreto, em um show voz e violão e DJ Aga Machirus e produção de Marloes Anouk Jansse, em um projeto intimista, cujo local será divulgado exclusivamente aos compradores de ingressos. Os ingressos estão disponíveis por R$ 50,00 no Sympla (clique aqui para adquirir). Com mais de um milhão de streams acumulados de forma independente, Gaidaa chamou a atenção da indústria musical em 2018 com a colaboração na faixa “A Storm On a Summer Day”, de Full Crate. Seu EP de estreia, “Overture”, lançado pouco tempo depois, consolidou sua carreira e abriu portas para apresentações em grandes festivais e sua primeira turnê solo em 2023. A passagem de Gaidaa pelo Brasil conta com o apoio do fundo cultural da Embaixada do Reino dos Países Baixos e, em Brasília, conta com o apoio especial do Festival Coma, do Festival Latinidades e do Sarau Secreto, promovendo arte, cultura e diálogos afro-diaspóricos. E se assim como este colunista, você ainda não conhecia essa artista, clique e assista este vídeo agora mesmo!   Programação completa: GAIDAA – TALK “DIÁLOGOS AFRO-DIASPÓRICOS” Quando: Quinta-feira (5), às 19h Onde: Casa Afrolatinas – Quadra 9, Conjunto F, Varjão (Mapa) Entrada: Gratuita SHOW SARAU SECRETO Quando: Sexta-feira (6), às 20h Onde: Local secreto (informado após a compra do ingresso) Ingressos: R$ 50,00 (Compre aqui) Classificação indicativa: 18 anos Fotos: Reprodução/Instagram

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A arte indígena de Vinícius Vaz

Em sua primeira mostra individual, artista reune personalidades em noite de badalado coquetel no coração da capital federal   Na última quinta-feira (28), um coquetel, exclusivo para convidados, marcou a abertura da primeira exposição individual do artista plástico indígena Vinícius Vaz, na galeria Mercato + Antiguidade + Design, localizada no icônico complexo Conic, no coração de Brasília. Intitulada “A História que o Brasil Não Conta”, a mostra, com curadoria de Antonio Aversa, reúne 16 pinturas impactantes que dão voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. A noite foi prestigiada por figuras ilustres como embaixadores e figuras do meio artístico e a atriz brasiliense Maria Paula Fidalgo. Quem também marcou presença foi a primeira deputada federal indígena, Célia Xakriabá (PSOL-MG), da mesma etnia do artista, os Xacriabás, que destacou a importância do trabalho de Vinícius na valorização da história e cultura indígena. Os cerca de 100 convidados tiveram a oportunidade de dialogar com o artista sobre as narrativas que inspiram suas obras. Um dos destaques da exposição é a poderosa “Guernica Tupiniquim”, que retrata o brutal assassinato do indígena Galdino, queimado enquanto dormia em um ponto de ônibus na 703 Sul, em Brasília — um episódio que ainda ecoa como símbolo da violência contra os povos originários. A História que o Brasil Não Conta estará aberta ao público até o dia 28 de fevereiro de 2025. As visitas podem ser agendadas pelo Instagram @espacomercato ou pelo telefone (61) 99914-8208. Confira quem prestigiou o evento pelos clicks de JP Rodrigues:

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Sonia Dias apresenta Da Terra que Somos

Noite de abertura da mostra reúne amantes das artes-plásticas no Museu Nacional da República Sonia Dias Souza Na última quinta-feira (21) aconteceu o vernissage da exposição “Da Terra que Somos”, da artista Sonia Dias Souza, reunindo convidados do eixo Brasília-São Paulo. A mostra que convida à uma reflexão sobre a transformação da natureza, a relação do homem com ela e o seu lugar no Universo está aberta para visitação gratuita até o dia 17 de fevereiro  de 2025. Artista apaixonada pela essência da vida, Sonia desenvolveu um olhar crítico alimentado por leituras cruzadas entre ciências como a Física, a Biologia, com destaque à Botânica, e mitos cosmogônicos extraídos da História das Religiões e de visões do sagrado. Ela acredita que ao abordar questões fundamentais como criação, ciclos de vida e regeneração, o espectador venha a fazer uma reflexão sobre a qualidade de sua relação com o todo. A arquitetura intrincada das peças de Sonia, aliada as suas materialidades enfáticas, abrange uma vasta gama de formas simbólicas e outras aparentadas com organismos biológicos. Suas obras, frequentemente puxadas para o marrom vivo, sangrado, e para o azul profundo, semelhante ao azul do artista francês Yves Klein, com o qual ele pretendia juntar-se ao infinito do céu, exploram ciclos, interseções, atentam para a complexidade de tudo que existe. Entre as obras expostas está “O sangue não tem cor”, composta por pequenas esferas de feltro, semelhantes a hemácias cujo ciclo de crescimento é interrompido ela alerta para a expansão vertiginosa por descontrolada do antropoceno, ao mesmo tempo em que conduz a questões centrais na discussão contemporânea sobre identidade, alteridade, raça e etnia. “Vórtice”, por sua vez, utiliza círculos de terra para formar o triângulo invertido, forma feminina arquetípica, um útero a simbolizar fecundidade e transformação. Já o quadro “Magna” reúne mais de uma centena de seios de argila negra – símbolos da nutrição e da criação, conectados a ovos vermelhos – expressão plena e proliferante do início da vida. Com curadoria e texto crítico de Agnaldo Farias, a exposição pretende, de fato, convocar a sociedade para discutir urgentemente sobre a sobrevivência da espécie humana e do planeta em um momento em que as crises climáticas se intensificam gerando medo e insegurança. Claro que você não vai perder a oportunidade de sair #PERAMBULANDO para conferir de pertinho essa poderosa mensagem no Museu Nacional da República. Não é mesmo? Aproveite para conferir quem prestigiou o evento pelas lentes de Breno Esaki:

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Teatro: Tuca Andrada homenageia Torquato Neto

Tuca Andrada está de volta ao teatro com monólogo que celebra a vida e a obra de um dos precursores do Tropicalismo, o jornalista e poeta Torquato Neto   Num híbrido de poesia, show, aula espetáculo e debate, em Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo o ator Tuca Andrada transpõe para o palco o legado do poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972), um dos seminais do Tropicalismo e dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, deixando um legado que atravessa gerações. O monólogo está em cartaz no CCBB Brasília, desde a última quinta-feira (21), e sua temporada se encerra no dia 15 de dezembro de 2024. Vale destacar ainda que o espetáculo também marca o retorno do ator Tuca Andrada ao teatro e à direção em uma leitura profunda e autêntica sobre a vida e obra desse homem que é retrato injustamente como  alguém que se entregou aos vícios. Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite. Com texto e direção do próprio Tuca Andrada, ao lado de sua amiga de longa data, Maria Paula Costa Rêgo, o projeto foi inspirado pela antologia “Torquatália”, organizada por Paulo Roberto Pires. A montagem mergulha na essência do poeta, explorando não só seus poemas e parcerias musicais, mas também sua produção jornalística, roteiros, cartas e até um diário escrito em um hospital psiquiátrico. Essa homenagem emocionante e intensa revela camadas de um artista que viveu e expressou sua arte de forma visceral, convidando o público a redescobrir o poder transformador de suas palavras e ideias. Aproveita, clica e confira aqui o #GETTOGETHER, aquela entrevista curtinha, superdinâmica, gostosa de assistir e totalmente exclusiva da coluna #PERAMBULANDO… e claro, não dê bobeira, corra, pois esse é aquele tipo de peça que vai mexer contigo e deixar gostinho de bis! Vamos ao teatro? Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo / Galeria 4 do CCBB Brasília – SCES Trecho 02 Lote 22 SCES / até 15 de dezembro de 2024 – quinta a sábado -1 9h30 e domingo – 18h30 / R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) / Acessibilidade: 7 de dezembro (sábado) conta com tradução para Libras / 16 anos / (61) 3108-7600 – @ccbbcultura Fotos: Divulgação

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O Hiper-Realismo de Giovani Caramello

Mostra em cartaz na CAIXA Cultural reúne 13 peças de figuras humanas expressivas de um dos mais importantes artistas hiper-realistas do Brasil   Para você que gosta de sair #PERAMBULANDO pelo mundo das artes plásticas, você tem até 12 de janeiro de 2025 para conferir a exposição gratuita “Hiper-realismo no Brasil” de Giovani Caramello, na CAIXA Cultural Brasília, mostra já reuniu mais de 90.000 visitantes nos demais centros culturais da instituição em Curitiba, São Paulo, Recife e Fortaleza. Com maestria, o artista paulista captura a essência da vida, esculpindo em resina, silicone e terracota rostos que parecem respirar e corpos que carregam as marcas do tempo. A obra central “Nikutai” , por exemplo, conta com impressionantes 2,5 metros de altura, e “Segunda Chance“, que traz o busto de um idoso com marcas da idade esculpidas em silicone, são apenas alguns exemplos da riqueza de detalhes e da expressividade da obra de Caramello. Exclusivamente para a exposição em Brasília, foram incorporadas mais 03 obras: “Diálogo“, “Sozinho” e “Ascenção“, e a criação de um áudio-guia, desenvolvido pelo curador Icaro Ferraz Vidal Junior. “Esta exposição fortalece o movimento hiper-realista da arte contemporânea brasileira“, afirma o curador, que salienta o quanto a obra de Caramello desloca esse movimento do lugar de espetáculo, cujo fim está na questão de como foi feito, e agrega a ideia de que nós próprios somos construções. “Ele nos apresenta, com uma linguagem fascinante e sedutora do hiper-realismo, uma série de imagens e personagens que nos fazem pensar nessa fragilidade do humano e da impermanência da vida. É um paradoxo que essas figuras frágeis sejam criadas e produzidas por uma mão humana”, completa. Vale destacar ainda que Giovani Caramello é um artista autodidata, que iniciou sua carreira com modelagem 3D e, a partir daí, buscou a escultura como forma de aperfeiçoar a técnica, despertando, então, o interesse pelo realismo. O escultor Cícero D’Ávila foi seu professor de modelagem. Depois de trabalhar como escultor comercial, começou de fato sua obra autoral com o hiper-realismo. Hoje, Caramello é reconhecido internacionalmente pela expressividade em seus trabalhos. Para essa exposição, selecionou peças que foram executadas em diferentes momentos de sua carreira. “São várias técnicas utilizadas: cerâmica, resina, as de silicone, que são as mais hiper-realistas, e de bronze, que é a minha nova fase, com uma escultura mais sóbria e monocromática”, setencia Giovani. Confira neste link o Reel feito por este colunista na abertura da mostra. Que tal um choque de realidade? Exposição Hiper-realismo no Brasil – Giovani Caramello / CAIXA Cultural Brasília / SBS Quadra 4, Lotes 3/4, Brasília-DF /  Até 12 de janeiro de 2025 / terça a domingo  9h às 21h / 14 anos / Grátis / Siga @caixaculturalbrasilia Fotos: Reprodução Instagram do Artista

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Leão Rosário entra em cartaz na cidade

A peça é uma adaptação de Rei Lear de Shakespeare trazida para a ancestralidade africana com concepção, atuação e dramaturgia de Adyr Assumpção, que comemora 50 anos de carreira, e direção de Eduardo Moreira O ator e diretor Adyr Assumpção traz para a capital federal a peça Leão Rosário, que estreia no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília no próximo dia 14 de novembro, após temporadas bem-sucedidas de público e de crítica em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Em cartaz na cidade até 8 de dezembro com sessões de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h, a produção tem ingressos a R$ 30 (a inteira), que começam a ser vendidos já a partir do dia 8/11, sendo toda sexta feira da semana anterior, a partir das 12h na bilheteria do Centro Cultural e pelo site do CCBB. O espetáculo é um solo para ator, vozes e objetos inspirado em “Rei Lear”, obra prima da maturidade de William Shakespeare, e em Arthur Bispo do Rosário, artista visual que construiu suas obras trilhando os caminhos da arte e da loucura, sendo reconhecido nacional e internacionalmente. A trama, trazida para a ancestralidade africana e ambientada na costa Atlântica de uma África atemporal, conta a história de um velho rei que, ao abdicar e dividir seu vasto reino entre as filhas, toma uma decisão insensata que leva a consequências trágicas. “Rei Lear” reflete, entre outros aspectos, sobre o envelhecimento. Ao ser associada à personalidade de Bispo do Rosário, a peça propõe uma reflexão sobre as questões dos mais velhos na nossa sociedade, a nossa memória africana, as heranças simbólicas e os limites da sanidade. Inclusive, o trabalho comemora os 50 anos de carreira do ator, diretor, escritor, roteirista e produtor Adyr Assumpção, que estreou nos palcos no papel de Puck, personagem de “Sonho de um Noite de Verão”, de Shakespeare. Desta vez, Assumpção retoma às próprias origens ao encenar Leão Rosário: “Ao longo de toda a minha carreira flertei muito com a obra de Shakespeare. Então, é muito representativo para mim celebrar 50 anos de atuação com uma obra que teve como inspiração um de seus textos mais emblemáticos. O espírito shakespeariano está presente, ao lado de diversas outras referências importantes para a minha trajetória como artista”, revela. Para dirigi-lo foi convidado Eduardo Moreira, fundador do Grupo Galpão. “O encontro com Adyr a partir de sua adaptação de Shakespeare trazida para a ancestralidade africana foi um presente e um chamado, uma espécie de dádiva que o teatro nos dá e que nos permite mergulhar num universo tão vasto e profundo”, comenta o diretor. E como forma de democratizar o acesso às apresentações, o espetáculo disponibiliza 1024 ingressos gratuitos a Organizações Sociais e Escolas, que podem fazer o agendamento clicando neste link. O espetáculo conta com patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura. #PERAMBULANDO pelo teatro?   Leão Rosário / Teatro do CCBB Brasília – SCES Trecho 02/ 14 de novembro a 8 de dezembro de 2024 – quinta, sexta, sábado às 20h, domingo às 18h / R$ 30 (inteira) / 12 anos / Siga @ccbbbrasilia    Fotos: Pablo Bernardo

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