“Ruídos” de Berna Reale é uma explosão

Com curadoria de Silas Martí, exposição da artista paraense entra em cartas no CCBB trazendo obras que discutem a condição humana diante da desigualdade de gênero, econômica, social e da violência     Se prepare para ser impactado por uma mostra que vai incomodar, provocar, brincar e mexer completamente com sua cabeça. A partir desta terça-feira (16) você já pode ir PERAMBULANDO até a exposição “Ruídos”, da artista visual paraense Berna Reale, que está aberta à visitação na Galeria 3 do CCBB Brasília. E não se iluda, mesmo que as obras ocupem apenas um espaço daquele centro cultural, como dizem por aí, elas vão alugar um tríplex na sua mente. Isso porque as obras discutem, como já foi dito acima a condição humana nesse mundo tão desigual, onde gênero, classe econômica e social e violência importam, mas não do jeito como deveriam. A mostra, que tem curadoria de Silas Martí, apresenta um recorte da produção da artista de 2009 a 2023 em fotografia, objeto, performance, pintura e vídeo. Em exibição até 10 de março, a visitação é de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é gratuita, mediante emissão de ingresso no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria física. A classificação indicativa é livre. “Seus trabalhos são todos alicerçados em contrastes potentes, de um lado o visual pop, colorido, que pode remeter à estética publicitária ou mesmo aos exageros do barroco, e, de outro, uma crítica social afiada, a denúncia da precariedade e da violência do Brasil. Daí o ruído. Os trabalhos nos levam para uma sensação de deslumbramento na superfície e ao mesmo tempo cortam esse clima com o que de fato está no cerne deles, a morte, a desigualdade, o assédio, os descalabros políticos”, explica o curador Silas Martí. Entre a luxúria e a precariedade, a obra de Berna Reale primeiro seduz, para depois denunciar as mais variadas formas de violências contra os grupos mais vulneráveis, como mulheres, moradores das periferias e populações carcerárias. É uma narrativa do que é viver no Brasil, um país barroco, tropical e violento, e o que é ser brasileiro. De fato, ruído é uma quebra na harmonia, é aquilo destruído pelas beiradas, corroído sem que ninguém faça caso até que seja tarde demais. Em tempo, o Brasil de Berna Reale, lugar central de sua arte, está muito distante da ordem e do progresso. É o país da luxúria ilusória, de cores berrantes e afagos de veludo, e ao mesmo tempo o centro da carnificina, um banquete servido aos abutres, elucida a curadoria. Quem é Berna Reale?      Nascida em Belém do Pará, ela e é uma das artistas mais importantes no cenário brasileiro atual, sendo reconhecida como uma das principais expoentes da prática de performance no país. Reale iniciou sua carreira artística no começo da década de 1990. Seu primeiro trabalho de grande impacto, Cerne (25º Salão Arte Pará, 2006), intervenção fotográfica realizada no Mercado de Carne do Complexo do Ver-o-Peso, conduziu a artista ao Centro de Perícias Renato Chaves, onde passou a trabalhar como perita a partir de 2010. Desde então, Reale tem explorado seu próprio corpo como elemento central da produção de suas performances, fotografias e vídeos. Seus trabalhos, marcados pela abordagem crítica aos aspectos materiais e simbólicos da violência e aos processos de silenciamento presentes nas mais diversas instâncias da sociedade, investigam a importância das imagens na manutenção de imaginários e ações brutais. A potência de sua produção reside na contraposição entre o desejo de aproximação e o sentimento de repulsa, ressaltando a ironia que resulta da combinação entre o fascínio e a aversão da sociedade pela violência. A fotografia, nesse contexto, desempenha um papel fundamental. Ela não é apenas o meio de registro de suas ações, capaz de perpetuá-las, mas um desdobramento de seu processo de criação. A artista vive e trabalha em Belém, Pará, Brasil. PERAMBULE JÁ! “Ruídos”, de Berna Reale / CCBB Brasília – Galeria 3 / De hoje até 10 de março de 2024, terça a domingo, das 9h às 21h / Infos: 3108-7600 – @ccbbbrasilia ou bb.com.br/cultura / Ingressos gratuitos no site e na bilheteria física do local / Classificação Indicativa Livre   Fotos: Divulgação

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Silvero Pereira: “Só faço arte se tiver algo pra falar”

Silvero Pereira bateu um papo com o Lackman e contou sobre sua vida, carreira, moda e homenagem ao mestre Belchior, que chega a Brasília com três apresentações na Caixa Cultural De 8 a 10 de dezembro, a Caixa Cultural Brasília apresenta o show “Silvero Interpreta Belchior”. O multiartista canta as composições de Belchior, homenageando um dos mais relevantes compositores do Nordeste, que deixou um gigante legado para a música brasileira. Serão quatro apresentações na capital federal, duas delas seguidas de um intimista bate-papo entre artista e público. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do local e no site da Bilheteria Cultural. No palco, o roteiro do show reúne cerca de 18 canções conhecidas do grande público, hits que promovem momentos divertidos, emocionantes e introspectivos, como “Sujeito de Sorte”, “Como Nossos Pais”, “Medo de Avião”, “A Palo Seco”, “Paralelas”, entre outros clássicos que ganharam interpretações únicas com a performance de Silvero Pereira. Além da musicalidade envolvente, o espetáculo tem a teatralidade garantida com a dramaturgia, a troca de figurinos assinados por estilistas cearenses como Kallil Nepomuceno, o desenho de luz e a execução sonora de uma banda que acompanha Silvero desde 2021 e que se unem para garantir ao público uma experiência verdadeiramente inesquecível. Confira a entrevista exclusiva que o artista nos concedeu. Quem é Belchior quando descrito pelo Silvero Pereira? Belchior é um símbolo de força nordestina, um gênio que descreveu o Brasil de ontem e de hoje. Um artista atemporal e atento ao passado, presente e futuro. Na sua opinião, o que fez Belchior virar norma quando o assunto é boa música brasileira? A boa música brasileira é composta por artistas cultos, estudiosos e cheios de referências. Não se consegue ouvir Belchior com atenção e não se sentir modificado pelos seus versos. Sua carreira é repleta de nuances. Há TV, teatro, cinema, web e até passarela, como no DFB Festival em que vc se fez presente em vários desfiles. Ser esse profissional multifacetado é uma obrigação hoje ou você sempre quis estar em todos esse lugares?! Não me sinto nessa obrigação, faço aquilo que me dá prazer e me engrandece como artista. Sou um apaixonado e estudioso da arte, então vou experimentando e vendo o que pode ser transdisciplinar entre as diversas funções. No seu figurino tem peças do Kallil Nepomuceno, um dos maiores nomes do Nordeste. Essa valorização do que é da sua terra é digna de elogios. Você se considera um veículo de divulgação da sua terra? Totalmente! Nordeste é uma potência e precisamos sempre estar de mãos dados levando uns aos outros juntos. Vestir um estilista cearense é vestir minha armadura, minha história, meu povo! Como é ser um artista cearense de sucesso  em dias de redes sociais nos quais fama tem muito a ver com o que se posta e não muito com o que se faz? Uso minhas redes sociais de acordo com minhas convicções e reflexões. Sou divertido nas redes porque me divirto com ela, mas também uso essa ferramenta para divulgar meus textos de uma coluna do jornal local, pra fazer meus posicionamentos e divulgar meus trabalhos. Não quero ser fútil nas redes! Esse show te fez descobrir algo novo sobre você? O que Belchior acrescentou na sua vida ao interpreta-lo? Esse show é um encontro com minha história através dos versos de um outro cearense, saído do interior e que buscou seus sonhos na arte e nos estudos. Esse show é uma exposição da minha história, meus percursos. Existe um gatilho para te fazer cantar? Te dá vontade de cantar quando… A arte pra mim é gatilho! Só faço arte se tiver algo pra falar, que me inquieta e questiona a sociedade. Qual o significado de roupa, moda e estilo pra você? Moda é quem vive! Eu não ligo pra tendências, uso aquilo que me faz bem e expõe minha personalidade.   Quer ir ao show? Silvero Interpreta Belchior  Na CAIXA Cultural Brasília (SBS Q.4 – Asa Sul, Brasília) Dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2023 Horário: Dia 08 (sexta) às 20h; dia 09 (sábado) às 17h (sessão com libras) e 20h (sessão com bate-papo); dia 10 (domingo) às 19h (com bate papo) Ingressos: R$30 (inteira) R$15 (meia) Classificação indicativa: Livre para todos os públicos Acesso a pessoas com deficiência   Informações: (61) 3206-9448 https://www.caixacultural.gov.br Fotos: Divulgação ;;

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Studio Drift une natureza e tecnologia em obras de arte

A exposição Vida em Coisas reúne criações incríveis que despertam reflexões sobre a relação da humanidade com a natureza, por meio de esculturas e instalações hipnóticas Usando a luz como um dos pilares de sua arte, Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, junto às suas equipes em Amsterdã e Nova York, exploram as relações dos seres humanos com a natureza e a tecnologia de forma simples e ao mesmo tempo profunda. As obras que tocam em aspectos essenciais da vida na Terra estão presentes na mostra Studio Drift – Vida em Coisas, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, com visitação gratuita, até 24 de janeiro. Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, criaram DRIFT em 2007, na Holanda. Atualmente, comandam uma equipe multidisciplinar de 64 pessoas, nos estúdios em Amsterdã e Nova York. Os artistas se tornaram mundialmente conhecidos pela criação de esculturas, instalações e performances que colocam pessoas, ambiente e natureza na mesma frequência. Suas obras sugerem ao público uma reconexão com o planeta. Alfons Hug, curador da mostra ao lado de Marcello Dantas, explica que ao escolher a luz como elemento central de suas composições artísticas, DRIFT “nos faz pensar no mundo de hoje, mas também em nossas origens, pois esta luz vem de longe e contém um vislumbre do passado remoto”. Ocupando o Pavilhão de Vidro, as galerias 1, 2 e 5, Studio Drift – Vida em Coisas tem entre seus destaques a obra Fragile Future (foto de capa), que procura fundir natureza e tecnologia em uma escultura multidisciplinar de luz, que traz uma visão utópica e crítica do futuro do nosso planeta, em que duas formas de evolução aparentemente opostas realizam um pacto de sobrevivência. Circuitos elétricos tridimensionais, de bronze, ficam conectados a sementes da planta dente-de-leão, que emitem luzes. Trata-se de uma peça com forma potencialmente infinita, que pode crescer ou encolher, dependendo do espaço que ocupa. Para a construção, a dupla recorreu a sementes que, uma a uma, receberam luzes de LED, num processo artesanal que resiste aos métodos de produção em massa e à cultura do descarte. A instalação está presente na Galeria 1. Entre as obras que mais chamam a atenção está a escultura hipnótica Shylight (algo como “luz tímida”, se traduzido para o português – exposta no Pavilhão de Vidro) reproduz o comportamento das flores que, durante a noite, se fecham, numa medida de proteção e de economia de recursos. Fusca Volkswagen, Jogo Game Boy, Lápis, Cabo Elétrico, Bicicleta, Pandeiro e Havaianas, que foram criadas especialmente para a mostra brasileira, assim como Banquete, merecem sua atenção pois são fruto da parceria de DRIFT com os designers brasileiros do Estúdio Campana, Humberto e Fernando Campana. Se grande parte dos objetos feitos pelos homens tendem a ter uma forma fixa, o projeto do DRIFT, neste caso, é recuperar a ideia de que, na natureza, tudo está em constante metamorfose e adaptação. Assim, os objetos animados ganham a força de expressar, caráter e emoção. Para o curador Marcello Dantas existe uma racionalidade por trás das obras do DRIFT, que é a possibilidade da natureza e da tecnologia viverem em harmonia. “Seja pelo mundo biônico, seja pelo conceito de animismo, em que todas as coisas – animais, fenômenos naturais e objetos inanimados – possuem um espírito que os conecta uns aos outros”. Em tempo, a mostra é patrocinada pelo Banco do Brasil e BB Asset Management e tem ingressos gratuitos, disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília. Bora lá?   Studio Drift – Vida em Coisas / Centro Cultural Banco do Brasil Brasília / até 21 de janeiro de 2024 – terça-feira a domingo, das 09h às 21h / Classificação indicativa: livre / Entrada gratuita / Ingressos em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria local   Fotos: Divulgação

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Bora curtir o Baile da Santinha com Léo Santana?

Festa-show que acontece em Brasília no primeiro sábado de dezembro tem presença de Murilo Huff e Ferrugem Considerado como uma das principais festas do Brasil, o Baile da Santinha está de volta à Brasília! Comandado por Léo Santana, o evento desembarca na capital no primeiro sábado de dezembro (02), a partir das 17h, no Estádio Mané Garrincha, com dois convidados superespeciais: Murilo Huff e Ferrugem. No repertório com mais de duas horas de show, o público vai cantar e dançar músicas como Posturado e Calmo, Zona de Perigo e Áudio que te entrega, além de sucessos do cantor desde o início de sua carreira solo como Contatinho, Santinha, Deboche e Vidro Fumê.  “Vamos iniciar as comemorações de dezembro em Brasília, será incrível. Estamos preparando um show inesquecível com todos aqueles hits que o público adora dos três cantores, logo, vamos ter muito axé, pagode e sertanejo, além de uma superestrutura de palco com painéis de led, espaços instagramáveis e ativações“, adianta Pissu, responsável pelo evento na capital. Os ingressos estão à venda pelo site ou app da Bilheteria Digital e custam R$ 150 (frente palco) e  R$ 280 (camarote), com valores referentes a meia-entrada e ao quarto e quinto lote das áreas respectivamente. Bora? Baile da Santinha / às 17h do dia 02 de dezembro / Estádio Mané Garrincha / Mais informações: @bailedasantinha Fotos: Instagram do evento e Divulgação

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Vem aí Os Farsantes de Sergio Raposo

Autor brasiliense radicado no Rio de Janeiro, promove sessão de autógrafos de seu novo romance na cidade   O ano é 2027. No novo Estado policial brasileiro, o influencer conservador Paulo Byron, frequentador da alta-roda do poder, cai em desgraça ao ser acusado de participar de uma tentativa de golpe contra o presidente. Perseguido nas ruas e temendo pela sua vida, ele precisa contar com a ajuda da Resistência Armada Revolucionária. Mas para isso há um preço a ser pago. E qual será ela? Pois bem, a assustadora distopia não muito distante da realidade atual criada por Sergio Raposo revela uma trama intrigante em Os Farsantes  (Editora Ex Machina), romance que virá a público no próximo sábado (25), durante a sessão de autógrafos que acontece das 16h às 19h, na Oto Livraria (302 Norte, bloco E, loja 39, subsolo). Nascido em Brasília em 1972, o autor também é diretor e roteirista de audiovisual no Rio de Janeiro onde vive e realiza documentários e programas de TV sobre temas como educação, cultura e arte contemporânea. Os Farsantes é seu primeiro livro, revelando uma escrita ágil, repleta de ironia e jogos de espelhos. Criando um universo paralelo, que explora as contradições e os absurdos da política brasileira recente, Sergio Raposo propõe uma sátira repleta de camadas que surpreende e envolve o leitor do começo ao fim, dessa obra de 96 páginas que sai por R$ 40 no site da editora, podendo ser adquirida no evento que tem entraga gratuita. Foto: Divulgação

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Onde o Brasil encontra sua arte

Atenção pessoal! A coluna PERAMBULANDO traz como sugestão a 16ª edição do Salão do Artesanato, que está rolando até o próximo domingo (19) lá na varanda da Pátio Brasil. Com o slogan que nomeia esta notinha, o evento que é um dos maiores do Brasil, reunindo artesãos de todas as regiões do país, consequentemente, têm muitas opções de compras, oficinas e entretenimento cultural por lá. Cerâmica, madeira, fios, capim, palha, metal, rendas, bordados e tantas outras tipologias se traduzem nos mais diversos objetos de decoração, uso pessoal, utensílios, móveis, roupas, acessórios e muito mais. É passar, conferir e, quem sabe, já garantir o presente de Natal. Vale destacar ainda que o Salão do Artesanato tem os sócios Rômulo Mendonça e Leda Simone à frente da Rome Eventos – idealizadora da iniciativa – conta com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)/ Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Turismo, Pátio Brasil Shopping, da Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal e patrocínio do Sebrae e Correios. Bora lá? 16º Salão do Artesanato / Pátio Brasil / até 19 de novembro – horário de funcionamento do shopping / Entrada franca Fotos: Gilberto Evangelista

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Onde o Brasil encontra sua arte

Atenção pessoal! A coluna PERAMBULANDO traz como sugestão a 16ª edição do Salão do Artesanato, que está rolando até o próximo domingo (19) lá na varanda da Pátio Brasil. Com o slogan que nomeia esta notinha, o evento que é um dos maiores do Brasil, reunindo artesãos de todas as regiões do país, consequentemente, têm muitas opções de compras, oficinas e entretenimento cultural por lá. Cerâmica, madeira, fios, capim, palha, metal, rendas, bordados e tantas outras tipologias se traduzem nos mais diversos objetos de decoração, uso pessoal, utensílios, móveis, roupas, acessórios e muito mais. É passar, conferir e, quem sabe, já garantir o presente de Natal. Vale destacar ainda que o Salão do Artesanato tem os sócios Rômulo Mendonça e Leda Simone à frente da Rome Eventos – idealizadora da iniciativa – conta com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)/ Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Turismo, Pátio Brasil Shopping, da Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal e patrocínio do Sebrae e Correios. Bora lá? 16º Salão do Artesanato / Pátio Brasil / até 19 de novembro – horário de funcionamento do shopping / Entrada franca   Fotos: Gilberto Evangelista

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Um presente para todos os dias de 2024

Artista plástica Carmen San Thiago traz memórias da cidade no dia a dia em calendário lúdico Pensar em garantir um presente de Natal pode parecer meio precipitado para alguns, enquanto para outros se adiantar é uma grande solução, ainda mais quando estamos diante de uma obra de arte que rende homenagem a Brasília, feita em série limitada (200 unidades). Sabe aquele tipo de presente útil para usar o ano todo, superautêntico e original? Pois é, este colunista prioriza essas características que elevam a lembrancinha e emocionam quem quer que a venha receber. Sem falar que só dou aquilo que gostaria de ganhar. E quando o preço excelente? Já pensou emocionar gastando só R$ 60 conto? Ok, tá parecendo uma publi, mas não é. O fato é que o calendário anual feito por Carmen San Thiago me emociona desde quando o conheci ano passado (e não o comprei, me arrependo e muito por conta disso). Ele é repleto de pinturas acrílicas que captam a beleza das memórias cotidianas de Brasília, ressaltando a estreita relação com a cidade permeia a trajetória da artista visual, que transita por diferentes suportes e linguagens com uma delicadeza que alia traços e olhares poéticos. Essas cenas da capital reunidas ali celebra as pessoas que dão vida ao concreto em imagens feitas com sua técnica singular, que se utiliza uma paleta de cores vibrantes, transformando episódios aparentemente comuns em visões lúdicas. Inclusive, voltando à história do “presente de Natal”, já pensou dar para uma pessoa especial ou ainda aquele amigo que se mudou de Brasília para outro canto do mundo ou alguém que simplesmente ama esta cidade como você? Este ano não vou dar bobeira e garantir logo o meu pelo @carmensanthiago. Ah! E antes que eu me esqueça, se você curtiu as imagens, tem uma queda por aquarelas e gostaria de se iniciar ou praticar mais a técnica, Carmen estará promovendo a experiência “Tinta, Pão e Vinho”, às 19h da próxima quarta-feira (22), no Lago Norte. Na ocasião, um grupo pequeno de participantes irá se desconectar do mundo diante de um desafio especial: pintar um pão inspirado nas famosas pâtisseries. Ainda será servida uma degustação de pães e acompanhamentos preparada pelo chef Eduardo Sedelmaeir, criando uma atmosfera relaxante e divertida, estimulando criatividade, promovendo momentos de prazer e descobertas artísticas. O valor? R$ 260 (duzentos e sessenta) e o contato é o mesmo Insta acima.   Fotos: Instagram da artista / Divulgação

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A “Mudernage Popular” de Paulino Aversa

Com obras inéditas, artista faz uma de suas maiores e mais importantes individuai no Espaço Oscar Niemeyer   Com vernissage babalado, repleto da galera das artes e de sua turma de amigos das décadas de 1980 e 90, Paulino Aversa – o artista plástico mais pop da capital (na humilde opinião deste colunista) – inaugurou sua mais individual (e uma das maiores): Mudernage Popular – Pinturas e Objetos. O happening rolou no Espaço Oscar Niemeyer, na última quinta-feira (09), e onde a mostra segue aberta para visitação gratuita até o último dia deste ano. Somando  20 pinturas e 15 objetos estilo ready made em tamanhos variados, a exposição grita aos quatro cantos do prédio circular que o artista segue tendo Brasília como sua grande e eterna musa inspiradora. Aqui estamos falando de obras inéditas em releituras que trazem personagens que já vimos aqui e acolá que ganham vida nas cores contrastantes e traços fortes característicos de Paulino, e onde a bossa fica por conta da cultura rock´n roll . “Minha pintura retrata coisas que eu vivi e vi na minha infância e adolescência. Imagens, cores, traços e recortes guardados em lembranças que conectam o presente, passado e futuro. Tudo junto e misturado e tendo Brasília como grande inspiração”, explica o pintor. Para Danielle Athayde, que assina a bdesse show, “a mostra explora a maturidade artística de Paulino, que utiliza elementos que remetem a sua própria história e experiências como meio de expressão e reflexão. Sua abordagem versátil traz à tona referências do cotidiano em suas criações”, que parecem ficar ainda mais ricas e intrigantes graças aos pequenos textos espalhados entre os quadros do publicitário João Paulo Oliveira, também conhecido como João Palmo.   Confira abaixo cliques (deste colunista que também é fotógrafo) do pessoal que pintou lá no vernissage: Gilberto Salomão Para ir PERAMBULANDO por lá… “Mudernage Popular- Pinturas e Objetos” by Paulino Aversa / até 31 de dezembro de 2023 / terça a sexta, das 9h às 18h; sábado, domingo e feriado das 9h às 17h.   Fotos: Gilberto Evangelista

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Três vivas para Dulcina de Moraes

Com recorde de inscrições, Festival Dulcina tem programação variada com 17 peças de todas as regiões brasileiras, sendo uma produção internacional, além de prestar homenagem a Alexandre Ribondi   Ele está de volta! O Festival Dulcina, que acontece entre os dias 10 e 19 de novembro, chega à sua terceira edição em Brasília, trazendo uma rica programação para profissionais, estudantes e amantes do teatro, e que tem como grande homenageada Dulcina de Moraes, força motriz dos palcos e da profissionalização dessa arte no Distrito Federal e no país. Acontecendo no Plano Piloto e em diferentes Regiões Administrativas, o festival soma quase duas dezenas de peças e performances, uma delas de Lima (Peru), além de uma peça e uma exposição dedica ao jornalista, escritor e teatrólogo Alexandre Ribondi. No total serão 10 dias que ninguém vai querer ficar de fora. Entre as diversas novidades sobre o Festival Dulcina 2023 é que ele está dando seu primeiro passo rumo à sua internacionalização abrindo espaço para outros países da América Latina ao receber a participação de Astrágalo (produção encenada dias 10 e 11, às 20h no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 sul), um depoimento cênico da companhia Ópalo Teatro, em coprodução com CAPAZ, que denuncia as práticas da traumatologia e ortopedia infantil no Peru na década dos anos 70 e 80. “Um espetáculo necessário que traz a temática da acessibilidade e da diversidade de corpos como tema, questões que precisam ser conhecidas, pensadas e discutidas”, analisa o coordenador geral do evento Cleber Lopes. Outra novidade é que pela primeira vez, o Festival recebe a participação de peças das cinco regiões do Brasil, com espetáculos oriundos do Amazonas, Paraná, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. “Não centralizar e tampouco delimitar as inscrições de produções foram medidas tomadas com o objetivo de contemplar todos esses espaços, gerando assim um entendimento que o Festival Dulcina é de fato um espaço diverso”, destaca Lopes sobre esta edição que teve nada menos do que exatas 361 inscrições, diante de 204 no ano passado, ou seja, um aumento de 80%. “E isso comprova que a quantidade de produções realizadas em todo o país, bem como a vontade de participar do evento, é enorme, o que nos traz uma percepção muito positiva do trabalho que nos propusemos a fazer”, avalia o coordenador. Mesmo com um dia a menos em relação aos anos anteriores, o Festival está trazendo mais produções neste ano. A programação é intensa, ao todo são 17 espetáculos (143 selecionados por edital, 3 a convite da Produtora C1, responsável pelo evento e 1 participação especial internacional). Isso quer dizer que em alguns dias estarão sendo encenadas peças e realizadas ações de formação em até três locais diferentes: Gama, Plano Piloto, Ceilândia, Samambaia e Taguatinga são as Regiões Administrativas (RAs) por onde o evento vai passar. “A curadoria primou pela diversificação, apostando em diferentes tipos de espetáculos, performativos, cômicos, dramáticos, então é realmente para um público diverso, tendo em vista o processo de acolhimento, formação e aperfeiçoamento feito por Dulcina de Moraes ao longo de toda sua trajetória”, explica Cleber Lopes. Entre as atrações que estarão em cena, o grupo mais conhecido que vai participar desta edição é Os Melhores do Mundo com uma peça inédita (depois de mais de uma década sem estrear espetáculos). O espetáculo Telaplana (que já está fazendo algumas apresentações no Clube do Choro às terças-feiras) será apresentado no SESC Ceilândia, no dia 15 de novembro, às 19h. A comédia explora situações absurdas que a tecnologia trouxe para as nossas vidas, cada vez mais “virtual e interativa”. O ingresso é gratuito. E além de peças encenadas, o Festival Dulcina conta ainda com cinco ações formativas, onde duas delas serão workshops, um sobre Teatro Negro e outro com a companhia pernambucana Magiluth; além de três mediações com debates com estudantes, antes e após os espetáculos: Enluarada: Uma Epopeia Sertaneja, Übercapitalismo, e Media Negra (na apresentação realizada no Espaço Semente no Gama).   Extra, extra e um viva a Ribondi! A exposição em homenagem ao jornalista e teatrólogo Alexandre Ribondi chega como um dos destaques do Festival Dulcina, além de A Vida Ordinária de Cristina, peça escrita por ele e que, inclusive, abrirá a programação teatral às 19h da sexta-feira 10 de novembro, na Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço Cultural Renato Russo. Com direção de Alessandro Brandão, a montagem gira em torno do diálogo entre duas mulheres (uma cis e uma trans) que se encontram nos bastidores de um programa de televisão sensacionalista, enquanto esperam para as gravações. Ao longo da conversa, as duas trocam experiências e perspectivas a respeito da vida e do mundo, desenrolando uma trama de amor e desconstrução de preconceitos. Há 50 anos fazendo arte, Alexandre Ribondi está entre aqueles que, assim como Dulcina de Moraes, se tornaram sinônimos do teatro brasiliense. Trabalhando com grandes nomes nacionais e internacionais, o escritor tem sua carreira marcada pela crítica social em defesa da diversidade. Laís Aderne, Dimer Monteiro, Ricardo Torres, Hugo Rodas, Plínio Mósca, Irmãos Guimarães, Marcelo Saback foram alguns dos parceiros de trabalhos deste homem que lançou Cássia Eller e tantos outros talentos para o mundo. Com fotografias artísticas e de seu acervo pessoal à exposição promete emocionar quem o conheceu e encantar as novas gerações que precisam saber quem é Alexandre Ribondi e o que ele representa para o teatro de Brasília.   Programação teatral Dia 10/11/23 – sexta-feira 19h – A Vida Ordinária de Cristina (DF) Espaço Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães Sinopse: Com direção de Alessandro Brandão e texto assinado por Alexandre Ribondi, a montagem gira em torno do diálogo entre duas mulheres que se encontram nos bastidores de um programa de televisão sensacionalista, enquanto esperam para as gravações. Uma é Tônia, uma mulher transgênero, interpretada pela estreante Luísa Rodrigues. A outra é Cristina, uma mulher cisgênero simples e intimidada pelo ambiente, encarnada por Adriana Nunes. Ao longo da conversa, as duas trocam experiências e perspectivas a respeito

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