Agenda cultural especial Dia das Crianças

Entre lançamentos, shows, mostras e encontros criativos, a cidade reafirma seu papel de protagonista da cultura, inclusive, para a garotada.   Se você está sem ideia do que fazer neste fim de semana para comemorar o Dia das Crianças, se liga na Agenda Cultural da Coluna #PERAMBULANDO com opções que elas vão adorar. Não esqueça de ir clicando nos links (em azul) para saber mais sobre as atividades sugeridas. Então vamos começar pelo Pátio Brasil e sua programação gratuita, que acontece no Varandão do shopping, das 12h às 18h, com Banda Matrakaberta, distribuição de pipoca e algodão-doce; seguido pelo espetáculo Ciência e Mágica – Laboratório do Stitch e suas experiências divertidas. A atração principal será a peça teatral inspirada em Lilo & Stitch, encenada pelo Grupo Néia e Nando, das 16h às 17h, com sessão de fotos de souvenir. Já o Conjunto Nacional será o palco da edição especial do PicniK, festival multicultural que celebra o Dia das Crianças no domingo (12), a partir das 13h, na Praça Lúcio Costa (entre o shopping e o Teatro Nacional). Gratuita, a programação vai até as 23h, unindo música, arte, gastronomia e educação. A Área Kids garante diversão com brinquedos infláveis, pula-pula e oficinas de malabares, enquanto o Espaço Marandubinha promove rodas de leitura e biblioteca infantil. A Mini-Arena apresenta espetáculos circenses, oficinas de energia solar e ações de sustentabilidade, e o Trupé do Auto leva cortejos e oficinas de perna de pau inspiradas no cordel. Saiba mais no site do mall. Lá em Águas Claras, o DF Plaza Shopping recebe o Castelo do Dragão, atração interativa instalada na Praça Central (térreo) até 4 de novembro. Os ingressos custam R$ 50 (30 minutos) e R$ 70 (60 minutos). No fim de semana, as atividades culturais ficam por conta das ações da Livraria Leitura: no sábado (11), às 15h, haverá contação de histórias e sorteio de brindes; já no domingo (12), também às 15h, será realizada uma oficina de pintura. Siga o @dfplazashopping. O CCBB está entre os lugares preferidos da garotada em Brasília. Em sintonia com o mês em que o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília completa 25 anos, o Rolê Cultural – Educativo CCBB realiza, nos dias 12 e 25 de outubro, dois circuitos brincantes ao ar livre. No dia 12 (domingo), de 11h às 17h, réplicas de jogos africanos, ameríndios e medievais feitos à mão animam o público; e, no dia 25, de 13h às 17h, é a vez do Jogo das Heroínas, que propõe a criação coletiva de narrativas a partir de cartas conectadas visualmente, com personagens, objetos e símbolos que evocam a ancestralidade africana na formação do Brasil. A programação inclui ainda jogos populares, como pula-corda, peão e ioiô, para transformar a área externa do CCBB em um grande quintal compartilhado, onde correr, rir, inventar estratégias e imaginar novos futuros caminham juntos. Para participar, basta chegar e aguardar a sua vez de brincar. Ainda na opção outdoor, o Clube.Co convida os brasilienses para um dia de muita brincadeira, música e alegria em celebração ao Dia das Crianças. Localizada no Setor de Clubes Sul, a academia preparou uma programação especial para os pequenos, com atividades ao ar livre e entrada gratuita para crianças de até 12 anos. Vai ter torta na cara, cabo de guerra, banho de mangueira, futebol, dança das cadeiras e brincadeiras com balão. A partir do meio-dia, a diversão continua com karaokê interativo com o Clipetube, garantindo risadas e performances inesquecíveis até as 14h. Tem também o Maximus – Festival de Circo do Futuro, que será realizado de 9 a 12 de outubro, no Sesc Ceilândia, com entrada gratuita. O evento propõe um mergulho no universo circense, celebrando sua história milenar e projetando caminhos possíveis para o futuro da arte que desafia a gravidade e transforma territórios. Com o tema “Circo do Futuro”, o festival apresenta artistas do Distrito Federal, de outros estados brasileiros e convidados internacionais do Chile e do México, consolidando o intercâmbio artístico e formativo. Além das apresentações, há oficinas e muito mais no @maximus.festival. Para os fãs de teatro, vale a pena assistir a Chapeuzinho Esfarrapado, que está de volta a Brasília em sessão única no Dia das Crianças. A montagem será encenada às 16h, no Teatro Sesc Silvio Barbato (Setor Comercial Sul). O trabalho combina poesia, humor e música ao vivo para falar, de forma simples e potente, sobre autoproteção, respeito e igualdade. Livremente inspirado em conto homônimo, o enredo acompanha Conceição em uma cozinha-mundo, um espaço mágico onde ela elabora seu crescimento físico e espiritual por meio dos alimentos. Com texto da premiada dramaturga Marcia Zanelatto e direção de Camila de Sant’Anna e Lidia Olinto, a montagem aposta em uma dramaturgia não linear, que abre novas perspectivas a cada repetição. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na Sympla. O espetáculo tem duração de 50 minutos e classificação livre. E a última dica é o Ensaio Aberto da Capela Imperial – Edição Dia das Crianças, promovido pela escola de samba Capela Imperial em parceria com o coletivo Distrito Drag. A festa começa às 14h, em frente à sede da agremiação (Setor J Norte, CNJ 01), e terá como atrações musicais o grupo Canto das Pretas e a Bateria Chapa Quente. A entrada é gratuita. Além das atrações musicais, a programação inclui apresentações do casal de mestre-sala e porta-bandeira e das passistas da Capela Imperial. A festa oferece às crianças recreação com pula-pula, piscina de bolinhas, pintura de rosto e animadores. A programação deste sábado na Capela Imperial faz parte do projeto Distrito Criativo, uma parceria do Distrito Drag com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). Vamos #PERAMBULAR e festejar a alegria e a inocência das crianças?

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BBS Plano das Artes lança o catálogo da 4ª edição

No dia 9 de outubro, das 18h às 20h, no Espaço Oscar Niemeyer, acontece o lançamento do Catálogo da 4ª edição do BSB Plano das Artes | Festival Arte por Toda Parte. Com distribuição gratuita, a publicação traz textos sobre o evento realizado de 7 a 18 de junho de 2024, com visitas a ateliês, galerias de arte e espaços independentes dedicados às artes visuais, em rotas de visitação com vans oferecidas pelo Plano das Artes e rotas de visitação espontâneas, em que o público seguiu para esses espaços por meios próprios. O Espaço Oscar Niemeyer fica na Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Brasília-DF. Cinara Barbosa, idealizadora do projeto, afirma que o lançamento do catálogo da 4ª edição do BSB Plano das Artes celebra os importantes resultados alcançados. “Somente nesta edição foram mapeados 56 espaços independentes de arte que atuam no Distrito Federal. Somadas às três edições anteriores, são mais de 100 locais, entre ateliês, galerias de arte, centros de formação, entre outros empreendedores ligados ao ecossistema das artes”, ressalta Cinara. Vale lembrar que o projeto proporcionou ainda a formação de 20 atendentes culturais (incluindo vagas para LGBTQIA+, negros e indígenas), categoria profissional lançada pelo projeto visando relacionamento e gestão de atividades de espaços, que atuaram em treinamento durante as rotas em alguns espaços. A realização da 4ª edição do BSB Plano das Artes contou com parceiros dos setores privados e públicos, como a Universidade de Brasília, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do GDF e o Correio Braziliense, e o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). Além dos parceiros comerciais Com tiragem de 500 exemplares, o catálogo tem coordenação editorial de André Vilaron e Cinara Barbosa; projeto gráfico e diagramação de Wagner Alves; fotografias de Jean Peixoto, Isabel Lootens, Flávia Frota, Gisele Lima, André Vilaron, Alessandra França, Fernão Capelo Rocha e fotografias feitas por representantes dos espaços e pela equipe do BSB Plano das Artes. Fotos: Divulgação

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Entre gingas e toques, nasce a liberdade

No MID 2025, coreografia “Corpo Roda Outro” revela a beleza do movimento que nasce da confiança, da superação e do reencontro com o próprio corpo. Desafiando as convenções do movimento, o coreógrafo Paulo Vitor e o dançarino e capoeirista José Welson de Araújo estrelam o espetáculo “Corpo Roda Outro, Entre Gingas e Toques”. A apresentação acontece às 19h do dia 12 de outubro, no Espaço Cultural Renato Russo. Baseada em uma profunda pesquisa acadêmica sobre reabilitação e percepção corporal, a obra explora uma coreografia simbiótica entre um dançarino andante (Paulo) e um em cadeira (José Welson), celebrando a resiliência humana e a redescoberta da identidade artística após uma lesão medular. O espetáculo faz parte da programação da edição 2025 do Movimento Internacional de Dança (MID), e os ingressos custam R$ 15 (meia-entrada) e estão disponíveis no Sympla. Fruto do trabalho de conclusão de curso de Paulo Vitor em Licenciatura em Dança pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), “Corpo Roda Outro, Entre Gingas e Toques” é a culminação de um estudo sobre como a dança atua na neuroplasticidade e na redescoberta do corpo. A coreografia transforma a pesquisa em um manifesto artístico, em que a técnica e a ciência do movimento se encontram para contar uma história de potência, diálogo e superação de barreiras imaginadas. “Esta coreografia é a materialização de anos de pesquisa sobre como o corpo pode se redescobrir. Não se trata de superar limites, mas de descobrir novas linguagens. Em cena, a cadeira de rodas não é um acessório, mas uma extensão do corpo, uma facilitadora que expande as possibilidades de diálogo e movimento. O que buscamos é uma simbiose em que a técnica e a emoção se fundem para contar uma história de potência e redescoberta”, afirma o coreógrafo Paulo Vitor. A narrativa ganha uma dimensão visceral por meio da performance de José Welson, capoeirista há mais de 25 anos que, após um acidente, encontrou na dança uma forma de continuar sua arte. Sua jornada de adaptação e redescoberta é o fio condutor emocional do espetáculo. Para ele, o processo foi uma revelação. “A dança me tirou daquele pensamento de que eu era um paciente e me trouxe para o lado artístico. Ela me ensinou a usar a cadeira como uma extensão do meu corpo, uma facilitadora para criar coisas novas. Em cena, eu sinto que o movimento é livre. Dançar é se libertar”, compartilha José. O resultado da união entre o dançarino e o capoeirista é um dueto de rara beleza e força, em que a hierarquia entre os corpos inexiste — uma peça de encantamento que seduz o público com uma coreografia que explora o contato, o peso, o equilíbrio e a confiança. Em suma, um espetáculo de linguagem única que prova que a arte não conhece limites físicos, apenas horizontes criativos — um belo exemplo do que pode ser visto até o dia 19 de outubro na programação da edição 2025 do Movimento Internacional de Dança – MID, que interliga palcos dos principais teatros do Distrito Federal, como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e o Espaço Cultural Renato Russo, para celebrar combinações de linguagens das danças urbanas e contemporâneas, refletindo sobre identidades marginalizadas e a vitalidade dos corpos periféricos. Saiba mais acessando @movimentoid ou no site do Movimento Internacional de Dança 2025. Para os amantes da dança “Corpo Roda Outro, Entre Gingas e Toques” no Palco Aberto do Movimento Internacional de Dança (MID) / Espaço Cultural Renato Russo – CRS 508 Bloco A, Asa Sul, Brasília–DF / 12 de outubro – 19h / R$ 15 (meia-entrada) – Sympla / 12 anos Crédito Fotográfico: Luís Nova

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“Prefácio” é a nova exposiçao de Tainá Frota

Com patrocínio do Hospital Santa Lúcia, do Grupo Santa,  fotógrafa transforma retratos em manifesto pela vida e prevenção ao câncer de mamaa exposição que chega ao ParkShopping. Em meio ao Outubro Rosa, a fotógrafa Tainá Frota apresenta a exposição Prefácio, um potente encontro entre arte, afeto e conscientização. A mostra, que acontece no ParkShopping com patrocínio do Hospital Santa Lúcia/Grupo Santa, reúne retratos inéditos de 12 mulheres que enfrentaram — ou ainda enfrentam — o câncer de mama e que, por meio da imagem e da palavra, compartilham suas trajetórias de coragem, beleza e esperança. Com curadoria sensível e olhar apurado, Tainá transforma cada retrato em uma celebração da vida, destacando não apenas a força dessas mulheres, mas também a importância da autoestima no processo de cura. Mais do que uma homenagem, a exposição é um chamado à ação: todas as retratadas receberam diagnóstico precoce graças aos exames de rotina, aumentando significativamente suas chances de cura.   Além dos retratos, a exposição conta com depoimentos em vídeo das próprias pacientes — todas acompanhadas pela Dra. Patrícia Schorn, oncologista chefe do Hospital Santa Lúcia, que integra o Grupo Santa. Nos relatos, cada mulher compartilha sua vivência única, reforçando uma mensagem comum e urgente: prevenir é um gesto de amor e cuidado com a própria vida. A identidade visual da exposição também carrega simbolismos poderosos. Criada pela agência Radiola Publicidade e Design, as peças foram concebidas a partir de flores reais escaneadas, evocando exames de imagem. O resultado é um conjunto visual que ressignifica o diagnóstico com delicadeza e otimismo, revelando o florescer de vidas que se reinventam. Prefácio é, antes de tudo, um lembrete: quando a prevenção vem a tempo, ainda há tempo. De tratar. De recomeçar. De escrever novas histórias. Sobre a exposição Prefácio nasceu do encontro entre celebração e cuidado. Nos últimos anos, Tainá Frota acompanhou de perto o trabalho de profissionais de saúde e pacientes oncológicas, e dessa vivência surgiram reflexões profundas sobre a importância da autoimagem e da autoestima no processo de cura. “Como fotógrafa, a primeira coisa que percebi foi a importância do fortalecimento da autoimagem e da autoestima a partir da valorização desse corpo que assume novas formas durante o tratamento. A celebração e a representação imagética desse corpo que luta com força e afinco é algo fundamental no processo de cura”, afirma Tainá. Mais do que um projeto fotográfico, Prefácio é uma troca genuína — uma doação mútua. A fotógrafa empresta seu olhar generoso, enaltecendo com sensibilidade a beleza e a força dessas mulheres. Em contrapartida, elas compartilham relatos potentes sobre sua jornada, tocando profundamente quem visita à mostra e reforçando, acima de tudo, a importância da prevenção. “Há tempo de se tratar. Há tempo de se ter esperança. Há tempo de se curar. Há tempo de escrever novas histórias”  Tainá Frota. Sobre Tainá Frota Retratista de renome nacional, com trabalhos realizados no Brasil e no exterior, Tainá dedica-se ao registro de pessoas há quase vinte anos. É autora de inovadores projetos como Mulher Presente, Afeto Remoto e Rádio Retrato. Conhecida pelo olhar sensível e elegante, especialmente no registro de mulheres, já palestrou em eventos nacionais como o Congresso Fotografar e realizou workshops sobre o papel da fotografia como instrumento de manutenção da memória afetiva. Formada em Jornalismo, com especialização em Fotografia no Canadá, Tainá possui vasta experiência como produtora cultural e no mercado publicitário, sendo responsável pela produção de inúmeras exposições de artistas renomados, entre eles Sebastião Salgado, Adriana Varejão e Vik Muniz. Serviço – Exposição Prefácio Local: ParkShopping – 1º piso, em frente à Trousseau Abertura: Quinta-feira, 2 de outubro de 2025 Período de visitação: 3 a 31 de outubro de 2025 Horário: Horário de funcionamento do shopping Entrada gratuita Fotos: Divulgação

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Não perca: “Ficções” está de volta a Brasília!

Inspirado no best seller ‘Sapiens’, de Yuval Noah Harari, o premiado espetáculo com Vera Holtz e Federico Puppi já foi visto por mais de 150 mil espectadores no Brasil e Portugal. Depois de quase três anos de uma premiada trajetória – com temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo e turnês lotadas pelo Brasil e por Portugal –, o espetáculo Ficções, estrelado por Vera Holtz, retorna a Brasília, de 2 a 5 de outubro, no Teatro Royal Tulip, comemorando mais de 350 apresentações e 150 mil espectadores desde a estreia. A peça recebeu 22 indicações e ganhou os prêmios Shell e APTR de melhor atriz para Vera Holtz e APTR de melhor música para Federico Puppi. Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella, Ficções teve como ponto de partida o livro Sapiens – uma breve história da humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que vendeu mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor? “É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nós pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele.”, analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019. Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de criar mundos e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume. Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar pedaços do livro para transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para a espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”, enfatiza. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”, descreve. Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta. Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca e instiga a plateia, interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera. “O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”. Sinopse A partir do best-seller “Sapiens”, do escritor israelense Yuval Harari, Ficções fala da capacidade humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações… O que foi ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária que alçou nossa espécie à condição de “donos” do planeta, seguimos inseguros e sem saber para onde ir. Você está satisfeito? Serviço: VERA HOLTZ em FICÇÕES Inspirada a partir do livro Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari Idealizada por Felipe Heráclito Lima Escrita e encenada por Rodrigo Portella Performance e Trilha Sonora Original: Federico Puppi Interlocução dramatúrgica: Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa Assistente de direção: Cláudia Barbot Cenário: Bia Junqueira Figurino: João Pimenta Iluminação: Paulo Medeiros Preparação corporal: Tony Rodrigues Preparação vocal: Jorge Maya Programação Visual: Cadão Fotos: Ale Catan Direção de produção: Alessandra Reis Gestão de projetos e leis de incentivo: Natália Simonete Produção executiva: Wesley Cardozo Administração: Cristina Leite Produção local: DECA Produções Assessoria de imprensa local: Território Comunicação Rodrigo Machado Produtores associados: Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete SERVIÇO Temporada | de 2 a 5 de outubro de 2025 Horário | quinta a sábado, às 20h, e domingos, às 18h Local | Teatro Royal Tulip Endereço | SHTN Trecho 1 Conjunto 1 B – Bloco C Tel | 61 3424-7018 Capacidade | 420 poltronas e 80 cadeiras extras Ingressos | a partir de R$25 Classificação indicativa | 12 anos Duração | 80min Vendas antecipadas | Belini 113 Sul sem taxas ou no Sympla Observações: recomendável ir de táxi ou Uber. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo. O teatro não faz trocas. A temporada está inserida na programação do projeto Circuito do Teatro Brasília, da DECA Produções, com patrocínio da Brasal e Ministério da Cultura   Fotos: Divulgação

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Pitágoras abre duas exposições em Goiânia

Artista consagrado abre mostras inéditas que exploram o azul, a fabulação e a força da pintura A capital goiana recebe duas mostras inéditas do artista Pitágoras, nome de referência na arte contemporânea brasileira. Na quinta (2), ele abre Fragmentos de um Diário Imaginado, no Centro Cultural da UFG, reunindo 83 obras que transitam entre fabulação, excesso cromático e o silêncio dos azuis. Já no sábado (4), é a vez de Out of the Blue, na Lud Potrich Art Gallery, onde o azul surge como campo de invenção e transcendência. Com curadoria de Paulo Duarte Feitoza, as exposições revelam a pintura como gesto vital e diário na trajetória do artista, que há mais de três décadas constrói uma obra marcada pela imaginação, disciplina e intensidade.   Autodidata, Pitágoras consolidou sua carreira fora da academia, sustentando sua produção em um mergulho contínuo no ateliê e em referências que atravessam da cultura popular à ficção científica. Suas obras já integram acervos de museus de arte moderna em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Bahia. Seja nos insetos e astronautas que povoam seu diário inventado ou na potência quase infinita do azul, o artista reafirma uma pintura que insiste em existir como ofício e como vida. Goiânia, nesta semana, se torna o espaço onde essa vitalidade transborda em duas exposições imperdíveis. Quer ver? Fragmentos de um Diário Imaginado – Centro Cultural UFG | Abertura 2/10, às 19h | Visitação até 19/11 Out of the Blue – Lud Potrich Art Gallery | Abertura 4/10, às 10h | Visitação até 19/11 Entrada gratuita. Imagens: Divulgação

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Antônio Obá estreia Finca-Pé em Brasília

De retorno a sua cidade natal, artista inaugura mostra no CCBB que reúne mais de cinquenta obras, ressaltando os vínculos entre arte, território e memória. Finalmente a exposição Finca-Pé: Estórias da terra, de Antonio Obá, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Brasília! Depois de estrear no Rio de Janeiro e de passar por Belo Horizonte, a mostra faz temporada na cidade natal do artista, podendo ser visitada até 23 de novembro. Ao longo de sua itinerância, a mostra se aproxima dos 100 mil visitantes – foram 43.699 pessoas no CCBB Rio e 45.022 no CCBB BH –, números que atestam a força e a atualidade do trabalho de Obá, reconhecido como um dos artistas mais relevantes da cena contemporânea brasileira. Com entrada gratuita, os ingressos podem ser reservados no site oficial do centro cultural ou retirados diretamente na bilheteria do CCBB Brasília. Reunindo mais de cinquenta trabalhos, entre pinturas, desenhos, instalação e filme-performance, a exposição ganha em Brasília uma dimensão particular: o encontro entre a poética de Obá e o território que moldou sua experiência e sensibilidade. Embora se trate do mesmo conjunto de obras que percorreu as outras cidades, cada espaço imprime novos sentidos. “Por mais que seja o mesmo corpo de trabalho, nunca é a mesma exposição. O espaço físico, a cidade, as pessoas, tudo transforma o encontro com as obras. Em Brasília, há um atravessamento inevitável: é o lugar de onde vim, onde está enterrado o meu umbigo, e essa volta é também um reconhecimento íntimo que se abre para outras leituras”, afirma o artista. Para condensar o espírito da mostra em Brasília, Obá recorre ainda à lembrança de um verso recitado por Vital Farias, de autoria do poeta potiguar François Silvestre, no álbum Cantoria 1 (1984) — “só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor da sua terra, a marca de sangue, seus mortos e a certeza da luta de seus vivos”: uma reverência à terra natal, sem nostalgia ou literalidade, mas como campo poético em constante transformação. PERCURSO A relação com o Cerrado atravessa obras como Ka’a pora (2024), localizada na Galeria 1 do CCBB Brasília, instalação formada por 24 esculturas de pés em bronze adornados com galhos, que remete ao ciclo de resistência e renovação da paisagem depois da seca e do fogo. “É uma obra que se relaciona com a resistência, mas também com a forma como o Cerrado se renova após períodos de estiagem e queimadas, voltando ao verde com a primeira chuva. Reflete a própria natureza e como a resistência pode ser incorporada à experiência humana, renovando-se constantemente”, descreve o artista. No percurso, o visitante encontra ainda a série Crianças de Coral – nigredo/coivara (2024-2025), composta por doze retratos em carvão sobre tela. Obá reduz o carvão a pó e manipula as camadas até fazer emergir imagens densas, que parecem vibrar entre presença e desaparecimento. Em outra sala, desenhos de forte gestualidade, cadernos de estudo e experimentações com grafite, giz de cera, extrato de nós e nanquim dourado revelam o processo contínuo do artista. A mostra apresenta também Encantado, filme-performance inédito no Brasil que marca o retorno de Obá a essa linguagem. Inspirado na figura do peregrino – aquele que caminha para cumprir uma promessa – o trabalho propõe uma experiência visual e sensorial que convoca símbolos e rituais, principalmente ligados a práticas espirituais e religiosas, reafirmando a amplitude de seu campo de investigação. Para a curadora Fabiana Lopes, a exposição convida a transitar por diferentes registros e temporalidades: “A terra pode ser o chão, pode ser Cerrado, pode ser planeta, pode ser um jardim imaginário ou um jardim interior do indivíduo. A experiência de caminhar pela exposição é a de transitar por essa multiplicidade, uma fluidez que reflete o pensamento de Obá e a própria construção da mostra, que parte de um núcleo sólido e se desdobra em possibilidades imprevistas.” O diálogo com o Cerrado é ampliado pelas obras do mineiro Marcos Siqueira, artista convidado, natural da Serra do Cipó. Seus trabalhos, criados a partir da terra como matéria-prima para pigmentos e personagens, expandem o campo poético da exposição e reforçam a ideia de que a matéria e o lirismo podem se entrelaçar na construção de novas imagens e sentidos. Em Brasília, a mostra ganha ainda uma leitura própria pela forma como ocupa o edifício do CCBB, revelada em sua expografia: as salas acolhem as diferentes séries de trabalhos em diálogo com a arquitetura, criando um percurso que conduz o visitante da intimidade dos desenhos e cadernos ao impacto da instalação em bronze, passando pela densidade gráfica dos retratos e pela imersão audiovisual do filme-performance. Essa adaptação, pensada especificamente para o espaço da capital, intensifica a relação entre obra, público e território. Antônio Obá Com trajetória consolidada em instituições no Brasil, Europa e Estados Unidos, Antonio Obá se firmou como uma das vozes mais relevantes da arte contemporânea brasileira, tensionando símbolos, religiosidades e imaginários nacionais em obras que transitam entre pintura, escultura, instalação e performance. “Cada etapa de Finca-Pé recolhe histórias dos lugares por onde passa e contribui para os desdobramentos da própria mostra”, observa o artista. “É um processo que está sempre em construção.” Prata da casa… bora? Finca-Pé: Estórias da terra / Centro Cultural Banco do Brasil Brasília –  SCES Trecho 02 Lote 22 – Brasília – DF / até 23 de novembro de 2025 – terça a domingo das 09h às 21h / Livre / Ingressos gratuitos em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física / Siga @ccbbbrasilia   Fotos: Divulgação

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Fernanda Montenegro em ‘Nelson Rodrigues Por Ele Mesmo’

A grande dama do teatro nacional traz a Brasília a leitura dramática de ‘Nelson Rodrigues Por Ele Mesmo’ .   Brasília será palco de um reencontro histórico: no dia 24 de setembro, Fernanda Montenegro volta à cidade para abrir sua turnê nacional com a leitura dramática de Nelson Rodrigues por ele mesmo. Aos 95 anos, a atriz sobe ao palco do Centro de Convenções Ulysses após anos de ausência, em uma apresentação que promete emocionar plateias de todas as idades. A fala de Nelson Rodrigues sempre fascinou Fernanda Montenegro, que organizou e costurou a leitura a partir da obra homônima de Sônia Rodrigues. O livro reúne, em primeira pessoa, o máximo das reflexões mais íntimas sobre sua vida e sua obra. “Ele é o cronista visceral do comportamento do homem brasileiro. Nelson nunca fez concessões para atender ao que, hoje, chamamos de politicamente correto, e tampouco lançou mão da caricatura em seus escritos. A sua matéria-prima era o real, descortinado, amplificado”, afirma Fernanda Montenegro. Nelson Rodrigues não era de partido, não era de igrejas, não se alinhava a ideologias, correntes acadêmicas (nem a de Letras, nem a universitária), não pertencia a grupos de opiniões, nem “panelas” de nenhuma espécie. Achava-se no direito de expressar suas ideias sobre o que considerava os grandes temas de interesse público no país – e o que fez com uma franqueza rara, que ainda reverbera. Com ingressos a partir de R$ 150 (a meia-entrada) vendidos pela Bilheteria Digital, a leitura “Fernanda Montenegro em Nelson Rodrigues Por Ele Mesmo”  é realizada e concebida pela Trígonos Produções Culturais e Bonocardo Produções Artísticas com Oh! Artes e apoio do Metrópoles.   #PERAMBULANDO com a grande dama do teatro Fernanda Montenegro em ‘Nelson Rodrigues Por Ele Mesmo’ Centro de Convenções Ulysses / 24 de setembro (quarta-feira) – 20h30 / a partir de R$ 150 – Bilheteria Digital / 12 anos / Mais informações (61) 3554-4005 / WhatsApp: (61) 98141-1990  Foto: Divulgação

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Não perca o clássico Nastácia na CAIXA Cultural!

A CAIXA Cultura Brasília recebe a aclamada obra teatral com grande elenco.   Vencedora dos principais prêmios de teatro do país, além de 34 indicações, a peça retrata a violência e o abuso contra a mulher, ao encenar o episódio das páginas mais notáveis da literatura universal: a compra de Nastácia Filíppovna – a mais trágica de todas as heroínas de Dostoiévski, no clássico “O Idiota”, publicado em 1869. A montagem Nastácia, que cumpre temporada no Teatro da CAIXA Cultural Brasília de 5 a 14 de setembro, reúne Chico Pelúcio, Flávia Pyramo, Lenine Martins, Miwa Yanagizawa, Pedro Brício, Ronaldo Fraga e Cao Guimarães. A imagem de Nastácia Filíppovna é a representação mais pungente da luta de uma mulher contra a afronta à sua dignidade. Órfã desde a infância, Nastácia foi criada por um oligarca que a transformara em concubina aos 12 anos de idade. Uma mulher forte e de beleza estonteante, se vinga da sociedade patriarcal que acredita que o poder e o dinheiro são absolvição para a prática de abusos, humilhações, violência física e moral contra as mulheres. Nastácia termina morta em uma cama, com uma facada debaixo do seio esquerdo. Com direção de Miwa Yanagizawa e dramaturgia de Pedro Brício, a montagem une teatro e videoarte para contar a história de uma das mais instigantes personagens femininas da literatura universal. Para Flávia Pyramo, idealizadora do projeto e intérprete de Nastácia, a personagem é um exemplo de coragem e resiliência, uma mulher que fez da própria vulnerabilidade a sua força, lutando por dignidade mesmo sob uma violência terrível. “Interpretar Nastácia é conviver com um coração disparado e olhos alagados. Toda vez que sou atravessada pelo pensamento de reencontrá-la, uma alegria extasiante vibra em todo canto do meu corpo, porque eu a amo; mas junto vem a dor de um estômago apertado, pois sei que contarei essa história olhando nos olhos de muitas protagonistas dessa tragédia real que é a violência contra as mulheres“, afirma Flávia Pyramo. Nastácia fez estreia em agosto de 2019, em Belo Horizonte, com apresentações também no Rio de Janeiro, conquistando o Prêmio Shell (RJ) de Melhor Direção, o Prêmio APTR de Melhor Direção e o Prêmio APTR de Melhor Cenário, além de 34 indicações aos principais prêmios do país. Em recente temporada no Festival Off Avignon 2025, na França, edição em que o Brasil foi o país convidado de honra, Nastácia foi escolhida como uma das peças favoritas (Coups de Coeur), pelo Jornal Le Dauphiné Liberé, descrita como “Uma epopeia brilhante”, segundo o jornal La Terrasse. Os artistas por trás de Nastácia são um destaque à parte. O atual elenco é formado por Chico Pelúcio (Totski), Flávia Pyramo (Nastácia) e Lenine Martins (Gánia). A consultoria teórica é de Paulo Bezerra, principal tradutor da obra de Dostoiévksi para o português, e Flávio Ricardo Vassoler; a direção de arte (cenário e figurino) é de Ronaldo Fraga; videoarte de Cao Guimarães; luz de Chico Pelúcio e Rodrigo Marçal; trilha sonora de Gabriel Lisboa; e direção de movimento de Tuca Pinheiro. A narrativa A peça se passa no apartamento de Nastácia, na noite do seu aniversário. Ela deve anunciar seu casamento com Gánia, união articulada pelo oligarca Totski, homem que transformou Nastácia em concubina desde a adolescência e a submete a um verdadeiro leilão naquela noite. “A escolha da festa do seu aniversário, como recorte, se deu pela importância deste momento, momento em que ela enfrenta seu algoz e toda a sociedade, e trata a todos e ao dinheiro com o mais altivo desdém e repulsa”, conta Flávia. Para Pedro Brício, repulsa e atração são forças conflitantes nos três personagens. “Na festa, além deles, há outros convidados que não vemos, estão subtraídos na encenação, são apenas mencionados. São aparências e ausências”, diz. Na dramaturgia, os três personagens do texto contracenam e, também, monologam sobre suas estórias. A festa não acontece de maneira cronológica. “O passado irrompe de repente e toma conta da cena. A força do que acontece está ali. Entendemos claramente a estória; a potência do drama dos personagens é o que arrebata, por ser tão vertiginoso e por se transformar de uma hora para outra diante dos nossos olhos.” Passado e presente Concebido entre 1867 e 1869, “O Idiota” está longe de ser anacrônico. A pesquisa “Elas vivem”, desenvolvida pela Rede de Observatórios de Segurança, levantou dados sobre a violência contra mulheres em 2024, indicando que a cada 24 horas, 11 mulheres foram vítimas desse tipo de violência no Brasil. Ao todo, foram 4.181 vítimas registradas em 2024, um aumento de 12,4% em relação a 2023. Para a diretora, Miwa Yanagizawa, a arte é um espaço em que o artista pode, como mediador, reumanizar estatísticas devastadoras como essas. “Às vezes, os números são terríveis. São séculos de opressão e crueldade contra as mulheres e, muitas vezes, acho que não nos vemos responsáveis pela manutenção de tais tragédias. Tomamos distância como se elas pertencessem a um outro universo. Então, lemos os números e seguimos nossas vidas repetindo gestos que alimentam a irracionalidade e a negligência com os outros, mas, ‘sem perceber’, estamos colaborando com o crescente e alarmante número da violência contra a mulher, por exemplo.” “A história de Nastácia, como tudo em Dostoiévski, é de uma espantosa atualidade”, sublinha Paulo Bezerra. “Primeiro ela é vítima de um grão-senhor e gentleman pedófilo, que se vale do estado de miséria dela e do dinheiro que possui e a transforma em concubina aos doze anos de idade, sem sofrer qualquer censura da sociedade. Depois, já adulta, é vítima de um amante paranoico, que, por não conseguir conquistar seu amor, simplesmente a mata. Portanto, duas formas de crime contra a mulher: o crime alicerçado no dinheiro e o crime derivado da impossibilidade de conquistar o coração e a mente da mulher.” Oficina gratuita Ministrada por Flávia Pyramo, a oficina Experimento Criativo Coletivo, na CAIXA Cultural Brasília, oferece aos participantes uma vivência do processo criativo coletivo que originou o espetáculo “Nastácia“. Com duração de 4 horas, o workshop, programado para dia 9/9 (terça-feira), a partir

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Escultórias – Poesias da Matéria na CAIXA Cultural

No Jardim das Esculturas da CAIXA Cultural Brasília, Leandro Gabriel recebeu o público para uma visita à mostra  que já está em cartaz na cidade. Na última terça-feira (26), a CAIXA Cultural Brasília recebeu o público para a inauguração e visita guiada à mostra “Escultórias – Poesias da Matéria”, de Leandro Gabriel e curadoria de Léia Lemos. No Jardim das Esculturas, foram instaladas 16 obras em ferro com até 3 metros de altura das séries  Pé de quê? e Embarcações,  produzidas de 2010 a 2013.  Com expografia de Gero Tavares, a mostra fica em exibição até o dia 30 de novembro, com visitação de terça a domingo, das 9h às 21h. Ao abrir a exposição, Allan de Lana Frutuoso, coordenador da CAIXA Cultural Brasília, afirmou que a mostra se relaciona em grande medida com a agenda ambiental.  “A mostra que abre ao público foi selecionada pelo nosso Programa de Ocupação e foi uma grata surpresa ao ver que, ao usar material descartável, Leandro Gabriel estabelece um diálogo com relação às questões de meio-ambiente e a realização da COP 30, que acontece em novembro deste ano”, disse o coordenador.  “As cidades fazem parte do meio ambiente. E tanto as questões climáticas quanto o convívio em um lugar comum vão decidir sobre a nossa longevidade como sociedade, da humanidade e a nossa qualidade de vida futura. Esta exposição fala muito sobre a sustentabilidade e sobre a nossa permanência no planeta de uma forma feliz e realizada”, completou o Allan Leandro Gabriel (foto acima) deu início a sua fala agradecendo a presença do público e falou de sua experiência ao trabalhar com uma empresa siderúrgica ao longo dos últimos 35 anos, de onde retirou a sucata para produzir suas esculturas de grandes formatos, com até 12 metros de altura.  “Naquele momento, ninguém pensava que isso teria grande importância para o meio-ambiente”, afirmou o artista. As esculturas são feitas com sobras de placas de aço cortadas manualmente com uma guilhotina. São, então, dobradas e soldadas uma a uma até chegar ao formato desejado. “São formas que permitem inúmeras leituras, até mesmo de árvores, mas, ainda que não sejam árvores”, enfatizou o artista. A curadora Léia Lemos ressaltou ao longo do percurso da visita que a obra de Leandro Gabriel tem a capacidade de transformar o espaço e engajar o público, partindo de uma abordagem que é, ao mesmo tempo, profundamente pessoal e universal. “A exposição não é apenas uma mostra de peças, mas uma cocriação, que reflete o processo de um artista que estimula o público a questionar seu entorno e a se questionar“, avaliou. A produção de Leandro Gabriel é construída por “retalhos de aço“, uma metáfora para a construção de amizades, repertórios e projetos. É também uma forma de se relacionar com sua história, uma relação de familiaridade com a costura, o patchwork, de quando acompanhava a mãe costureira. Essa abordagem se traduz em obras que resgatam e valorizam o processo criativo, incentivando o público, especialmente crianças, a construir seu próprio repertório e a entender o “como é o processo de produção do artista“, completou Lemos. Já o arquiteto responsável pela expografia, Gero Tavares, explicou que a organização das peças de forma modular e geométrica buscou estabelecer uma conexão direta com a própria estrutura do ambiente: “Peças monumentais de três metros, como a série “Pé de Quê”, são elevadas para mudar a perspectiva do observador. Essa elevação obriga o olhar a subir, conectando as esculturas ao céu, o que reforça a ideia de que a obra transcende a sua forma física”. Quem vai? Escultórias – Poesias da Matéria de Leandro Gabriel / Jardim das Esculturas, Área Externa da CAIXA Cultural – SBS, Quadra 4, Lotes 3/4, Brasília-DF / Até 30 de novembro, terça a domingo – 9h às 21h / Livre e Gratuita / Siga @caixaculturalbrasilia Fotos: Beatriz Braga e Tatiana Reis

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