Cerrado Cultural, o novo espaço das artes de Brasília

Vernissage marca a abertura de centro cultural idealizado pela Galeria para abrigar projetos diversos, mostras, residências artísticas e formação educativa

 

Essa é o tipo de notícia que a coluna #PERAMBULANDO adora trazer: a Galeria Cerrado acaba de inaugurar um novo e inédito espaço na cidade, é o Cerrado Cultural, que tem foco nas artes plásticas contemporâneas e modernas, sobretudo aquelas produzidas na capital federal e na região Centro-Oeste. O vernissage de inauguração aconteceu no último sábado (17), no próprio espaço, localizado na Chácara 10 da QI 05 (Lago Sul), que soma mais de 1,6 mil metros quadrados dedicados a mostras de grandes proporções e residências artísticas, além de ações de caráter educativo.

Detalhe, a estreia do novo espaço marcou a abertura de duas importantes exposições. Uma individual dedicada ao artista Rubem Valentim, intitulada “Mito, rito e ritmo interior: Rubem Valentim – Fazer como Salvação“, com curadoria de Lilia Schwarcz, a mais recente integrante da Academia Brasileira de Letras; e uma coletiva, batizada de “O Centro é o Oeste Insurgente“, com curadoria de Divino Sobral e Lilia Schwarcz.

Alice Lara
Joana Dale, Divino Sobral e Raquel Rocha
Lilia Schwarcz, Adriana Varejão e Pedro Buarque

Adriana Varejão foi um dos nomes poderosos que marcou presença no evento, que contou com inúmeros convidados – público, profissionais e amantes das artes – vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Marcela Cantuária também deu o ar da graça, após abrir, no dia anterior, a mostra “Boca da Noite“, com curadoria de Ana Clara Simões Lopes, em cartaz na Galeria Cerrado (localizada ali pertinho, na comercial da QI 05).

Ralph Ghere

Lúcio Albuquerque, Philipe Rossi, Antônio Almeida e Carlos Dale
Helô Sanvoy
Alessandra Pinheiro, Antônio Henrique e Cláudia Meireles

Vale lembrar que a filial brasiliense da Cerrado Galeria (de Goiânia) foi inaugurada no ano passado, a partir da união de Antônio Almeida e Carlos Dale, sócios fundadores da Almeida & Dale Galeria de Arte, de São Paulo, com Lúcio Albuquerque, que atuava na Casa Albuquerque Galeria de Arte, em Brasília. Os três galeristas somam mais de 30 anos de atuação no mercado de arte.

Renata Borsoi e Luiz Carreir
Felipe Feitosa, Luiza Vaz e Igor Goulenko
Gervane de Paula e Lilia Schwarcz

Voltando ao evento de inauguração da Cerrado Cultural, destaque para a apresentação do harmonicista brasileiro Pablo Fagundes, do beatboxer estadunidense Christylez Bacon e do violonista Félix Junior, que se apresentaram em meio aos jardins, onde também se encontra a piscina de forma geométrica, rodeada por um enorme jardim repleto de esculturas. Para sentir o clima, tem as fotos sociais by César Rebouças nessa matéria, mas você também pode assistir ao Reel feito por este colunista!

Em cartaz

Rubem Valentim

Considerado uma das referências do construtivismo brasileiro, o pintor, escultor e gravador baiano Rubem Valentim tem seu legado exposto no piso superior do Cerrado Cultural, até o dia 01 de novembro. A mostra batizada de “Mito, rito e ritmo interior: Rubem Valentim – Fazer como Salvação” explora diferentes fases do artista, além de expor fotos e fontes originais, e conta com curadoria de Lilia Schwarcz, uma das principais pesquisadoras de história e de arte do país.

Urubus e Cágados por Alice Lara

 Ela e Divino Sobral, diretor artístico da galeria, fizeram a curadoria de “O Centro é o Oeste Insurgente“, que reúne, até o dia 01 de novembro, no piso térreo do local, 50 trabalhos (pinturas, esculturas, fotografias e desenhos) de 15 artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso: Abraão Veloso, Alice Lara, André Felipe Cardoso, Antônio Obá, Daiara Tukano, Dalton Paula (foto de capa), Denise Camargo, Douglas Ferreiro, Gervane de Paula, Hal Wildson, Helô Sanvoy, Kássia Borges, Naine Terena, Raquel Rocha e Talles Lopes.

Além das duas mostras acima que estão na Cerrado Cultural, o público também pode visitar a mostra Boca da Noite, de Marcela Cantuária com curadoria de Ana Clara Simões Lopes, na Cerrado Galeria, até 11 de outubro. No total são mais de uma dezena de obras, em sua grande maioria inéditas e feitas especialmente para a exposição, que se desenrolam em uma atmosfera simbólica, alcançada por meio de uma paleta escurecida e uma simbologia que se constela em fenômenos e criaturas noturnas, tais como as mariposas e os lobisomens. Em tempo, a última exposição de Cantuária em Brasília foi em 2018.

Jane Vanini e a boca da noite – óleo sobre tela por Marcela Cantuária

Partiu Cerrado Cultural e Galeria!

 

Cerrado Cultural e Cerrado Galeria / SHIS QI 05 comercial e ali perto na Chácara 10, Lago Sul, Bsb/DF / Siga e veja programação e horário das exposições no site e no @cerrado.galeria

Fotos: Divulgação / César Rebouças
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