Bruno Motta: “Este momento reúne tudo o que eu já aprendi”

Em entrevista exclusiva, o humorista fala sobre o prazer de estar fazendo o show Gongada Drag, sucesso nas redes e por onde quer que vá. Aos 43 anos de idade, o mineiro Bruno Motta acredita estar vivendo um momento único em sua carreira, que, cá entre nós, é repleta de feitos que o colocam na posição de um dos melhores comediantes brasileiros de stand-up de sua geração. Em um rápido bate-papo com a coluna #PERAMBULANDO, ele disse que está utilizando todas as artimanhas que sua profissão lhe ensinou para comandar o “Gongada Drag”. A fórmula do espetáculo, que vem fazendo grande sucesso na internet e em todos os teatros que excursiona pelo país, reúne comediantes e drag queens fazendo piadas entre si, mas principalmente detonando uma convidada especial. Com mais ácido sulfúrico, o veneno rola solto, carregado de muito “amor e afeto” como ele próprio garante. Momento “merchant” para quem não quer perder a chance de dar boas gargalhadas em sua passagem pela capital federal: o espetáculo acontece neste sábado (06), às 19h30, no Centro de Convenções Ulysses. A doméstica Rose de Lindsay Paulino será o alvo de Fernando Pedrosa, Babu Carreira  Frimes, Shannon Skarllet, Desirée Beck e da brasiliense Pikinéia. Aqui neste link você confere um vídeo que este colunista fez sobre o evento, e clicando aqui você garante seu ingresso (que já está no 3º lote) com 20% de desconto, basta escrever GIBA (em letras maiúsculas) no espaço reservado para cupom. Presente da coluna para os leitores. Mas voltando para Bruno Motta, vale destacar aos desavisados que ele é um dos pioneiros da comédia stand-up no Brasil. Seu estilo único e inovador conquistou o público em cheio, e sua habilidade em transformar observações cotidianas em fonte de riso sempre o destacou da grande maioria. A fama nacional veio quando se tornou um dos criadores e apresentadores do fenômeno televisivo “Furo MTV“, bem como pela sua passagem como apresentador do espetáculo “Improvável” (nos anos 2010). Hoje, ele reina, sobretudo, nos palcos e na Internet com vídeos hilários. A capacidade de pensar rapidamente e criar momentos hilariantes ao vivo fazem de Motta um dos mestres da comédia improvisada. Sem mais delongas, fiquem com o bate-papo: O que mais tem contribuído para o tremendo sucesso que Gongada Drag vem conquistando: o boca a boca; os recortes de cena no TikTok; a onda da stand-up comedy no Brasil ou a tradição dos programas de auditório? Eu acho que o que tem contribuído mais para o sucesso do Gongada é a falta de atrações para esse público (LGBTQIAPN+). Eu acho que a gente, realmente, nós somos únicos (reflete). Isso é uma parte muito importante. Não tem uma coisa parecida. Sabe? Como disse um amigo meu, não é qualquer lugar que você vai e consegue rir durante duas horas e meia. Então eu acho que é um conjunto de tudo que está acontecendo. Também acredito que as pessoas gostam de estar no meio de algo como se fosse um programa de auditório, ver o show acontecendo ao vivo e não só nos recortes do TikTok. Assim, parece que ela está dentro do melhor episódio do programa de TV favorito dela, de uma competição de drag. Enfim, eu acho que é um pouco de tudo, mas principalmente pelo fato de que a gente conseguiu reunir tantos ingredientes para fazer algo único. Não é raro vermos no palco do Gongada figuras mitológicas como Silvetty Montilla e Thália Bombinha dividindo a cena com meninas da “new generation” como Naza e Frimes. O choque de gerações não poderia resultar, como diz o meme, em um “choque de monstros”? A ideia do Gongada é justamente misturar programas de TV, referências, gerações diferentes e, até este momento, tem sido incrível para todo mundo, e para o público principalmente. No caso do roast americano, existe um limite tênue entre a brincadeira e a ofensa. O mesmo se aplicaria ao Gongada? Como evitar que o roast não ultrapasse limites, melhor dizendo, que o nosso tradicional veneno não transforme a brincadeira em algo intoxicante, especialmente ao vivo? No nosso caso, estamos educando o nosso público sobre o que é uma gongada para nós. Né? Tem amizade, tem afeto, tem uma diversão com sentido dos dois lados. Nós falamos que criamos um espaço seguro para poder se gongar, para poder fazer essa brincadeira e explicar para as pessoas que esse é o nosso jeito. O fato é, estamos aqui pela diversão! Sua carreira dispensa apresentações, mas seria correto dizer que você vive algo completamente inusitado no papel de anfitrião do Gongada Drag? Em que medida? E, sem modéstia, quais seriam os ingredientes que você diria que acrescentou nessa receita? Sim, este é um momento muito especial da minha carreira, porque reúne tudo aquilo que eu já aprendi. Eu acho que sou apresentador, mas também ajudo com elas na criação, com meu lado de produtor, de direção, de conseguir bolar, pensar todo este evento, tem meu lado de empresário também, da internet, então acho que acabo reunindo todos os meus talentos e mais alguns que eu esqueci aqui (enumera às gargalhadas). Acredito que política não está entre as ideias de uma gongada entre as drags, mas você arriscaria fazer alguma brincadeira sobre a cidade, sua proximidade com o tema? Tem alguma piada “pronta” sobre a capital federal ou do público daqui? Olha, eu acho que a gente pode dizer que quem sabe o nosso próximo presidente não é drag, né?   Fotos: Reprodução / Instagram do artista

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Renata Jambeiro canta Clara Nunes: “É uma conexão com a minha ancestralidade”

Em entrevista exclusiva para o Lackman & CO., cantora que teve sua vida atravessada pelo sucesso de Clara Nunes, presta homenagem, e conta um pouco sobre como é sua vida na música  O cenário musical  brasiliense tem suas fases bem definidas e, para além do rock, a capital tem talentos que fazem da música um de seus bens mais preciosos. Renata Jambeiro, que percorre os melhores palcos e é, sem dúvidas, uma das melhores joias que temos no nosso lineup de representantes musicais estreará o show “Mestiça – Celebrando Clara Nunes” revisitando a discografia da mineira que marcou a Música Popular Brasileira nas décadas de 1970 e 1980. A apresentação será no dia 9 de novembro (quinta-feira), às 20h, no Teatro SESC Garagem (913 Sul). O espetáculo costura músicas, performances e textos e contará com a participação especial de artistas que também tiveram suas histórias entrelaçadas com a obra de Clara Nunes como Cássia Portugal  e Marcelo Café. A cantora, de 41 anos, iniciou na arte do canto ainda na adolescência e tem em seu currículo, musicais e muitos espetáculos teatrais. Apesar de não ser musicista formada, sua formação em Artes Cênicas e Dança a transportou pelos meandros das artes de performance e a colocou no seu devido e merecido lugar, o de cantora. Renata aproveitou um tempinho entre os ensaios e nos concedeu uma entrevista cheia de detalhes sobre ser artista e sua paixão pela música. Confira: Quem é a Renata Jambeiro entendida, descrita e vivenciada pela própria Renata Jambeiro? “Mel Dels”, que pergunta difícil! Renata é filha de Obá, não foge da luta mas leva a vida sempre olhando o copo cheio. Intensa em tudo, amiga, acolhedora, carinhosa. Mas também afrontosa (como diz a amada Mãe Dora), decidida e obstinada. Caminhando e vendo quem sou a cada esquina, encruzilhada, reta e curva.  A Renata é muito “diferenciada” das outras Renatas do planeta. Ela é um poço sem fundo de talento e vê o mundo pelas lentes da arte. O que faz a Renata acordar diariamente e viver? Primeiro, fico agradecida pelo carinho ao qual se refere a mim e a minha trajetória. O que me faz levantar e viver é me sentir útil pro mundo e fazer as pessoas felizes. Por isso eu canto. Porque eu gosto de cantar a felicidade, a alegria. Muitas vezes as pessoas me falam que meu canto é reza, que me ouvem quando estão tristes e precisam ficar felizes e é isso, isso me faz levantar e trabalhar. Inspirar meus filhos, para que vejam a mãe fazer algo que ama, poder sustentá-los com amor e alegria. Você ouve o que canta? Em que momentos a sua música te faz ouvinte dela? Sim, me ouço. E gosto e me emociono. Não ouço com tanta frequência, mas ouço sim. Quando eu estou feliz ou quando preciso transmutar alguma energia que não está legal, eu recorro a mim mesma e meus pilares musicais Bethânia, Clara e Daniela. A Renata de hoje é aprimoramento ou continuidade da Renata de ontem? A Renata hoje é um acúmulo de Renatas anteriores, de Renatas diversas. Algumas Renatas passaram, outras permanecem sendo eternamente lapidadas. Mas talvez, uma Renata hoje se destaque, que é a Renata-mãe, que concentra várias numa só e que trouxe uma outra perspectiva de olhar sobre a vida, a arte e nossa missão nesse mundo. Após tantos anos na estrada fazendo e dando shows diferentes, o que descobriu sobre você? Complexo responder em poucas linhas mas o que eu poderia dizer é que eu conheci lugares (cidades, países) que eu não sabia que queria conhecer e dentro de mim, lugares que eu não sabia que existiam até a arte, a música e o samba me apresentarem. Eu sou um ser artístico desde que nasci. E descobri o quanto é importante a gente ser quem a gente é, entender quando uma expectativa é sua e quando é dos outros e que você sempre pode aprender com qualquer pessoa e situação, ensinar e inspirar e ser inspirado o tempo todo. É um movimento contínuo. O que pode contar sobre suas perspectivas de futuro musical? Tem um futuro se traçando agora que é retomar o show em celebração a Clara Nunes – Mestiça. Mas também formatando o projeto “Fé Menina” pra circular e ocupar espaços com formação de mulheres (seguindo o fluxo de trabalhos femininos que sempre permearam minha trajetória) e gravação do álbum novo, o “Forasteira”. Tudo isso na música. Outros projetos igualmente intensos estão para estrear como a “Revista do Samba”, agora em novembro, encabeçada por mim e realizada pelo instituto Mumalanga, alguns trabalhos de curadoria e direção artística de festivais e grupos, e ocupação 2024 com o instituto Caminhos Abertos, do qual sou presidente. Existe um gatilho para te fazer cantar? Te dá vontade de cantar quando… Até sorri pra essa pergunta. Agora já me deu vontade de cantar! Quando acordo e tem Sol, quando meus filhos brincam comigo, quando os coloco pra dormir eu sempre canto, quando estou com medo, quando estou feliz, quando estou comendo. Eu canto comendo. Juro! Quando faxino a casa, arrumo coisas é ótimo ouvir música e cantar alto.  Experimenta cantar e ouvir o disco “Fogaréu” pra vassourar a casa! Conte-nos sobre seu mais novo show “Mestiça”. Sabemos que você é uma admiradora de Clara Nunes. Ao que se deve esse carinho pela “tal mineira guerreira”? Clara faz parte da minha vida desde sempre. É minha mãe cantando alto em casa em domingo de sol. É alegria e chegança. É uma conexão com minha ancestralidade. É minha relação com a umbanda e o candomblé desde sempre. A  Clara fala de um Brasil profundo até hoje, pra minha geração e sempre que sinto o chamado, volto com esse show. Assim posso continuar seu legado e seguir falando de sua contribuição e importância para a música popular brasileira. O que o público ganhará de presente no seu show? Verdade, energia, alegria! Um show de um Brasil potente, plural, magnético, forte e resiliente. Músicos de

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Jorge Guerreiro: “Entendo a moda como expressão, assim como forjar uma poesia”

Uma das promessas da atual geração de atores brasileiro mostra que a moda pode ser leve, confortável e fazer todo sentido no lifestyle Jorge Guerreiro, é um dos nossos mais talentosos e versáteis atores do cenário atual brasileiro. Com 41 anos, o carioca com altura de modelo, que é uma das incríveis crias do grupo “Nós do Morro” trilha um caminho de excelência na indústria do entretenimento. Com passagens por espaços com a Escola de Teatro Le Monde e a Escola de Atores Wolf Maia, ambas no Rio de Janeiro, Jorge mudou-se para São Paulo e ingressou na ELT – Escola Livre de Teatro, tendo o seu primeiro contato com o teatro paulistano, um passo que o levou para a conceituada Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP, na Universidade de São Paulo. No audiovisual, fez uma participação memorável na segunda temporada da aclamada série “Rio Heroes“, dirigida por Luis Pinheiros para a Fox. Além disso, Guerreiro conta em seu currículo com curtas-metragens, incluindo “Ponto”, “Universos”, “O Olho” e “Apanhador”, entre outros. Nos palcos festeja seu trabalho em espetáculos como “Quintal do Manuel” dirigido por Bel Sete, “OTorcicologologista” dirigido por Mônica Montenegro, “Tudo Aquilo Que Já Dissemos” – Silvana Garcia, e “Maputo – Terça-feira em Cena” – Janaina Leite, “Ensaio Para As Tempestades” – José Fernando Peixoto. Em 2023, Jorge Guerreiro está envolvido nas filmagens da aguardada série “Justiça 2” da GloboPlay, dirigida por Gustavo Fernandez e escrita por Manuela Dias, autora de “Amor de Mãe“, “Justiça” e “Cordel Encantado“. Em um papo sobre moda, Jorge aponta escolhas, estilo e deixa claro que moda e conforto andam de mãos dadas. Confira: Você tem uma beleza de tirar o fôlego dos fandons e tem também toda uma facilidade para ser fotografado. Já trabalhou como modelo? Se não, de onde vem essa habilidade? Oba! Hahaha! Obrigado pelo carinho. Eu comecei a carreira como modelo, e na agência que eu fazia parte me aconselharam a estar no teatro para melhorar a desenvoltura. Mas sempre tive um trabalho ativo com o corpo desde criança, então manipular ele partindo da mais pura essência até a estética da forma acaba não sendo tão distante. A moda está aí, cada vez mais para todos. Como é sua relação com a moda? Tem um estilo definido? Ótima!!! Dou graças a esse compartilhamento dos fundamentos da moda, veja quantas ideias e possibilidades temos hoje, marcas novas , linhas novas, referências… Está mais rico. Eu entendo a moda como expressão, assim como forjar uma peça, construir um personagem, uma poesia. Tudo isso fala diretamente o que somos, mesmo enquanto sociedade. Sobre estilo definido, penso que “estou” em uma pegada voltada para a simplicidade, até para o genderless, tanto no desenho quanto na utilidade das peças. Na hora de se vestir para sair o que pesa mais, o conforto ou o resultado na frente do espelho?  Vai da intenção. Mas tenho preferido o conforto, eu estou num momento da vida em que as coisas mais leves estão fazendo mais sentido, agora, tem os dias que o resultado na frente do espelho tem toda razão de existir (risos). Com toda liberdade que os homens têm hoje de ser e se expressarem pelo que vestem, qual roupa você não deixaria de ter e qual você não se imagina usando? A priori não é uma crítica ao estilo sapatênis e tudo que ele abrange, mas é algo que não concebo, o que cai diretamente na ideia de expressão e que tem a ver com construção, visão de mundo, por aí vai… Que não seja um apontamento a quem opte, mas uma perspectiva. Agora o que eu não deixo de ter é um belo costume slim, preto ou grafiti. Muito se fala sobre o que combina ou não com uma pessoa, a partir de estudo de coloração, trabalho desempenhado, entre outros. Você segue tendências de mercado ou se veste de acordo com a necessidade? Acho muito difícil estar longe da influência das tendências, partindo da ideia de que somos construídos todos os dias, obvio que as experiências particulares vão determinar de alguma forma a variação dessa influência, o que vira necessidade. No final eu tento dosar usando o conforto como baliza. Tem alguém que considere estiloso é que te inspira ao escolher suas roupas? Se sim, quem e por quê? Gosto do Oscar Metsavaht (Osklen), de como ele pensa o vestir-se. Tem algo que você ainda não vestiu, mas que pensa em usar quando tiver a oportunidade para usar? Ricardo Almeida e Alexandre Won. Acompanhe Jorge Guerreiro no Instagram: @jorge_guerreiro7 Fotos: Allis Bezerra e Lucio Luna

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Federico Puppi: “Me expresso mais através do violoncelo do que com minha voz”

Batemos um papo-exclusivo com o virtuoso músico que está dividindo cena com Vera Holtz em Ficções no CCBB. Você vai se surpreender! Brasília ganhou uma bela temporada teatral nesses primeiros seis meses de 2023. No caso do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, várias produções encantaram os amantes dessa arte com produções incríveis como Molière, Jorge Para Sempre Verão, Carmen – A Grande Pequena Notável e agora Ficções. Com ingressos esgotados, o monólogo que traz Vera Holtz (Prêmio Shell de Melhor Atriz 2023) interpretando o instigante texto de Rodrigo Portella (baseado no best-seller Sapiens – Uma Breve História da Humanidade), tem dado o que falar na cidade. Claro que muito do burburinho é sobre a “falta” de ingressos diante da enorme demanda. Entretanto, enquanto não tivermos mais salas e o Teatro Nacional não for revitalizado e entregue à população, infelizmente, essa será a nossa realidade, se adiantar para garantir o quanto antes um ingresso, contando com um pouco de sorte também. Dito isso, vocês devem estar se perguntando: Mas se não tem ingresso, e se a matéria sobre o espetáculo já saiu aqui no site, por que falar sobre ela mais uma vez? Simples, porque vocês precisam conhecer Federico Puppi, músico italiano que compôs a trilha sonora da peça (executada ao vivo por ele em cada apresentação) e que divide o palco com Holtz. Então a ideia é com este texto fazer uma introdução e, depois, a internet lhes ajuda chegar a qualquer lugar. Vamos nessa? Bem, o histórico dele, vocês podem conferir no site do artista, pois está tudo lá, bem bonitinho, falando que ele é radico no Brasil; começou a estudar aos 4 anos na sua terra natal; se formou erudito, para se especializou em música moderna; desde que chegou por aqui, dez anos atrás, trabalhou com grandes nomes da MPB (Gilberto Gil, Ana Carolina, Péricles, Diogo Nogueira e outros), coproduzindo o último disco de Maria Gadú, Guelã, com quem tocou por 4 anos em turnês nacionais e internacionais; lançou dois discos autorais para lá de elogiados, etc, etc. Mas no que se refere a Ficções, Federico Puppi ganhou recentemente o prêmio de melhor música na 17ª edição do prêmio APTR – Associação dos Produtores de Teatro. E apesar deste colunista não ser crítico musical, arrisco a dizer que foi merecidíssimo. Afinal, consegui assistir à peça e considero que tão grande quanto a atuação de Vera é a contribuição que o músico traz ao espetáculo, tocando virtuosamente apaixonado o seu violoncelo. Sabe quando você está num concerto musical e um solo te deixa hipnotizado? Pois bem, isso acontece diversas vezes em cena, arrancando aplausos constantes da plateia. E somente para quem prestigia a coluna PERAMBULANDO aqui no LACKMAN & CO, Puppi teve a gentileza de responder a uma entrevista exclusiva que segue na íntegra, logo abaixo. Mas não antes de deixar um último presente para vocês, o perfil do artista no Instagram para que possam segui-lo por lá e conhece-lo melhor: @federicopuppi. Boa leitura! Violoncelo não é o mais popular dos instrumentos, o que te levou até ele a partir dos 4 anos de idade? Foi paixão? Comecei a tocar violoncelo por a caso, na verdade. Ninguém na minha família é musico ou trabalha com arte. Eu nasci numa região no norte oeste da Itália, no meio das Alpes, e vivia num vilarejo pequenino de 1200 habitantes, chato Hône. Na frente da minha casa tinha uma biblioteca na qual tinham vários cursos e um dia apareceu um de violoncelo. Minha avó, que morava no apartamento em baixo do nosso, mesmo sem saber direito o que era um violoncelo e tampouco do que se tratava, ficou curiosa e me inscreveu para eu experimentar, sendo que eu só tinha 4 anos de idade. Conheci Marco Branche, que se tornaria meu primeiro maestro de violoncelo, e ele me fez experimentar esse instrumento maravilhoso, num formato menor para crianças. Alguma mágica aconteceu naquele dia, porque essa experiência me impactou de um jeito que eu nunca mais parei de tocar. O curso no qual minha avó me matriculou era o começo do método Suzuki na Itália – uma metodologia japonesa de ensino de música muito interessante que se baseia que ensina a linguagem musical assim como as crianças aprendem a linguagem verbal – percurso de estudo que segui até meus 14 anos, quando entrei no conservatório. O que fez você ir na direção da música popular ao invés da clássica? A partir da minha adolescência sempre tive interesse em outros estilos musicais. A música clássica foi para mim uma base de estudo, mas nunca me expressei plenamente através dela. Eu sentia a exigência de experimentar mais com o instrumento, de tocar algo do meu tempo. Assim comecei a tocar numa banda de rock instrumental, amplificando o violoncelo com um captador de um baixo desmontado e modificado, dentro de um amplificador de guitarra. Comecei a brincar com pedais de efeitos e um mundo novo se abriu na minha frente. Depois disso entrou na minha vida o Jazz e a improvisação, lembro que a primeira vez que ouvi John Coltrane foi uma catarse e isso me estimulou a estudar o Jazz e todas suas infinitas facetas. Foi um período libertador, sair dos dogmas do conservatório e poder inventar livremente, compor minhas músicas, tocar o violoncelo de outras formas. Para quem está a apenas 10 anos no Brasil, você já tocou com muita gente boa por aqui. Foi sorte, bons contatos, profissionalismo ou um mix de tudo isso? Nesses 10 anos de Brasil tive muitas oportunidades incríveis e toquei com muitos artistas que admiro. O Brasil tem uma riqueza musical incomparável. Assim que eu me mudei pra cá, eu nem falava português, não conhecia ninguém então foi um percurso bem sinuoso. E foi no momento mais complicado da minha vida que começaram a se apresentar algumas situações interessantes. Não sei te dizer exatamente o que foi, mas acredito que naquela época, eu estava disposto a correr atrás de qualquer possibilidade. Tocava em todo lugar:

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Flávia Reis: “Estou experimentando todas as minhas formas de atuação”

Atriz com ampla formação, Flávia Reis está em cartaz no teatro ao lado de Ricardo Cubba, na TV aberta na novela Travessia e no streaming em reality show que desafia humoristas a não cometer a gafe de rir de si e dos outros Rolando o feed do Instagram ou passeando pela for you do Tiktok, certamente você já viu uma cena icônica de “Vai Que Cola” em que o saudoso Paulo Gustavo, está em cena com Marcos Majella e Flávia Reis. Na cena, a personagem muambeira de Flávia se enrola com um certo “quáquáquá!” e gargalhadas tomam conta de todos os expectadores. Um mix de emoção, ao lembrar de PG, e de aclamação ao elenco que fazem a cena bate em qualquer ser humano que tenha capacidade de reconhecer talentos verdadeiros quando os vê. Flávia Guimarães Reis, é uma carioca, nascida em 1975, década mais hippie da história, mas que não faz dela apenas uma descendente da década mais livre e colorida de todas. Flávia é talento puro. Passeia com uma facilidade gigante pelas mais variadas escolas da atuação. É formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), e tem em sua trajetória comédias, séries, humorísticos, assinatura de roteiros e direção de espetáculos. Versatilidade podia ser seu último nome, mas Flávia é modesta e acredita que tudo depende de parcerias que fazem o sucesso chegar e ficar por onde passam seus encontros. Atualmente faz parte do elenco estrelado de “Travessia” (Rede Globo), e em seu currículo, há passagem pela Escola Nacional de Circo e cursos com referências da comédia internacional como Léo Bassi (Espanha) e Nani Colombaioni (Itália). O espetáculo “Neurótica!”, em faz diversos personagens a ensinou a trabalhar o cotidiano feminino de forma direta e cheia de cacos da versatilidade da mulher. A vencedora do “LOL – Brasil, se Rir Já Era”, da Prime Vídeo, Flávia também faz parte do elenco da série “Sem Filtro”, da Netflix, vivendo a Val, mãe das protagonistas Mel Maia e Ademara. Dá uma olhada na entrevista exclusiva que ela nos concedeu sobre carreira, arte e o espetáculo “Deixa que eu conto”, em cartaz no Teatro da UNIP, nos dias 6 e 7 de maio, no qual divide cena com o também super ator Ricardo Cubba e que conta com direção de Fernando Caruso. Sua formação com um enorme portfólio de grandes nomes até internacionais te deu uma porção de possibilidades em atuação em dramas, comédia e até circo, mas foi no humor do cotidiano que você conquistou um público fã. Foi um acaso ou já era um sonho seu desde sempre? Foi por acaso. Acredito que as redes sociais deram vazão ao meu olhar bem-humorado e cômico para o drama do cotidiano. Eu gosto de falar sobre temas que poderiam nos afligir, pequenas coisas que nos tiram sério, e que podemos encarar com leveza se rirmos delas. Gosto de transformar temas corriqueiros que irritam a todos em questões banais. A identificação do público com esses temas é imediata. O “Neurótica!” foi um ponto de partida muito intenso e já era uma reunião de suas experimentações de personagens. Você acredita em aposentadoria de personagens? Aquelas mulheres do Neurótica! evoluíram ou revivem o momento em que foram criadas lá atrás? Aquelas mulheres que criei para Neurótica não são datadas. São arquetípicas e seguem na peça porque tocam em questões que são do homem e da mulher contemporânea. Eu faço pequenos ajustes no texto sempre, mas é muito pouco. A peça tem 10 anos e continua encantando o público. Daqui a 40 anos eu poderei talvez avaliar, se ficou datada. Mas talvez eu não consiga mais fazer as 10 personagens com a mesma desenvoltura (risos). Nesse momento, fazendo Travessia, e atuando sob a ótica de assuntos relevantes para a sociedade como o caso de abuso da filha de sua personagem Marineide, você consegue vislumbrar a melhoria do olhar do público sobre a arte da atuação? Eu no momento faço vídeos de humor para a internet, faço séries e filmes para o streaming, estou em turnê com meu show de humor no teatro e faço novela tocando em um tema bastante relevante para a sociedade, através do drama de uma família. É um momento muito especial para mim pois estou experimentando minhas possibilidades de atuação em todos esses veículos. E o público olha para mim e comenta: “caramba, você é uma artista mesmo”. Eu estou muito feliz por estar “juntando os pontos” para quem ainda não reconhecia a força de um trabalho artístico e o tanto de dedicação e profissionalismo que ele exige. Sim, a pessoa engraçada dos vídeos da internet faz chorar na novela pois estuda e se dedica a essa profissão. Você foi consagrada vencedora do LOL Brasil, um reality de humor sobre não rir do próprio humor. Lidar com essas dualidades faz parte da carreira, assim como estar em cena ao lado do Ricardo Cubba com um humorístico nos palcos, enquanto vive um drama pesado na fase final de Travessia. A Flávia, mulher brasileira, politizada, vive bem dentro deste corpo que empresta tanta emoção às personagens? Essa dualidade mexe com a Flávia de hoje? Eu estou num momento pleno de realização. Não tem felicidade maior para uma atriz do que ser desafiada no seu campo de criação. Eu empresto minha voz e meu corpo às minhas personagens, falo sobre o que penso através do meu humor – ácido e irônico – nas redes sociais, e construo personagens para dar voz ao texto de outros roteiristas em filmes e na novela. Eu me formei como palhaça trabalhando durante 10 anos em hospitais, onde o que eu tinha de mais importante a fazer era estar disponível e permeável para as pessoas que eu encontrasse nas enfermarias. Transitar com afeto por onde os afetos me levassem. E é o que eu disponibilizo agora no meu trabalho. Estou muito feliz em poder mostrar tudo isso ao público. O “Deixa que eu conto” é a celebração de uma grande ideia de vocês sobre misturar stand-up

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Lídia Abdalla: “Se estudamos e nos preparamos, estamos capacitadas para assumir…”

No mês em que o mundo discute a importância e a representatividade das mulheres, a presidente executiva do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, comemora a relevante contribuição da empresa para a valorização feminina no mercado de trabalho. O Grupo Sabin conta com mais de 7 mil colaboradores, sendo quase 77% de mulheres. O sexo feminino ocupa 74% dos cargos de liderança da empresa.  Toda essa representatividade é fruto de um programa bem estruturado de diversidade, consolidado ao longo dos anos. O Sabin foi a primeira empresa do setor de saúde a se tornar signatário dos 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, estabelecido pela ONU Mulheres, sendo um deles o tratamento de todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação. Em um rápido bate-papo, Lídia traz algumas reflexões importantes para inspirar outras mulheres e empresas. Confira: A desigualdade de gêneros ainda é uma realidade nas empresas nacionais? Tradicionalmente o setor de saúde emprega muitas mulheres no quadro funcional, mas elas estão, em sua grande maioria, concentradas em cargos assistenciais ou operacionais. Quando olhamos para a alta liderança, nossa representatividade é pequena. Muitas vezes eu fui a única mulher em uma sala de 15 ou 20 presidentes. É quando você percebe a diferença e a desigualdade. No Sabin abraçamos diariamente o desafio de deixar um legado para as nossas colaboradoras e também para o ambiente empresarial. Você acredita na equidade de gêneros? Acredito e este tema é prioritário na empresa. Fomentamos o respeito às diferenças e promovemos discussões com o foco na superação de preconceitos e crenças limitantes. Um exemplo dessa cultura é a história profissional da própria presidente-executiva, que iniciou na empresa em 1999, como trainee e, ao longo dos anos, teve a oportunidade de se desenvolver e ocupar várias posições no Grupo onde, desde 2014, lidera processo de crescimento do Sabin. Quais são as vantagens de ser uma empresa de alma feminina? Os resultados alcançados pelo Grupo em seu processo de expansão se devem também à força feminina presente no DNA da organização. Nos últimos 10 anos avançamos com nossa presença em todas as regiões do país, um movimento ousado, planejado e executado por uma equipe diversa, comprometida, o que tem nos permitido crescer de forma sustentável. Como a empresa trabalha a valorização feminina? O Sabin desenvolve um programa de diversidade estruturado para refletir sobre questões que fomentem o respeito e a promoção de diversidade na empresa, além de treinamentos focados na temática e o incentivo ao diálogo. O Grupo investe nas competências, colhe resultados e se consolida cada vez mais como referência na valorização da mulher no mercado de trabalho brasileiro e também em seus diferentes papéis na sociedade. Que dica você dá às mulheres que desejam alcançar sucesso profissional e ainda enfrentam muitos obstáculos? As mulheres de fato não precisam ser mulher-maravilha, mas precisam ter autoconhecimento e autoestima. Podemos realizar nossos sonhos com coragem, resiliência e foco no desenvolvimento para assumir cargos de alta liderança. Não precisamos nos cobrar o tempo todo de sermos perfeitas e sempre acertar. Eu venho de uma família de 3 filhos e eu sou a mais velha. Minha mãe foi professora, foi costureira, teve comércio. Eu cresci vendo a minha mãe trabalhar, cuidar dos filhos e da casa. Isso faz toda diferença para ser quem eu sou, sobretudo em uma posição de alta liderança.   Sobre o Sabin    Fundado em 1984, pelas bioquímicas Janete Vaz e Sandra Soares Costa (foto), o Sabin Diagnóstico e Saúde é reconhecido por instituições nacionais e internacionais pela qualidade dos seus serviços de saúde, gestão de pessoas, responsabilidade socioambiental e pesquisas técnico-científicas. Presente em 15 estados e no Distrito Federal, a empresa possui um portfólio robusto, com mais de 7 mil exames. Fotos: Dino e Divulgação

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Arthur Igreja: “Luxo é um mercado bem diferente e que demanda a criação de escassez…”

Um exemplo de que persuasão e eficiência. Arthur Igreja lidera um grupo de seguidores que festejam a cada conselho que ele profere em suas redes sociais, afinal, em tempos de quarentena é impossível marcar uma palestra com ele, visto que aglomeração é certa. Com histórico de ideais bem representados e fundamentados na realidade, o especialista em inovação e tecnologia predispõe de análises sobre mercado e, especialmente, empreendedorismo. Ele tem títulos acadêmicos de tirar o fôlego, tais como Masters em International Business pela Georgetown University (EUA), Masters of Business Administration pela ESADE (Espanha) e Mestrado Executivo em Gestão Empresarial pela FGV, Pós-MBA e MBA pela FGV. Um profissional que idealiza soluções e busca resolver problemas. Esse é o tipo de profissional que qualquer mercado busca. Solucionar problemas ou propor sólidas possibilidades de crescimento é o que está em alta. Seu livro “Conveniência é o Nome do Negócio” traça uma narrativa em que o protagonista é sempre o empreendedor e inovar é a melhor solução para qualquer negócio. Arthur cedeu um pouco de seu atribulado tempo e concedeu uma entrevista ao Lackman para falar sobre futuro, acenos tecnológicos e um pouco sobre o mercado de moda. Confiram: Baseado nas questões de manifestação de pessoas acerca da necessidade de fazer grandes mudanças nas empresas durante o período pandêmico para sustentar-se. Qual é o seu ponto de vista a respeito? É melhor mudar o que for possível, ou esperar para saber como o mercado vai se comportar, e a partir daí evoluir em mudanças? Acredito que tem um meio termo. Esperar a mudança sedimentar não dá tempo. Tem muito negócio que se não mudar rapidamente simplesmente desaparece. Por outro lado, mudanças excessivamente drásticas sempre são acompanhadas de grandes riscos. Acredito então que tem que mudar rápido, mas com coerência, passos medidos dentro do possível. Então, sem fazer nenhuma loucura, porém, esperar muito também não é uma opção. Fala-se muito sobre inovação nos negócios, mas as pessoas sentem que inovar é apenas transformar um formato de negócio noutro apenas adicionando funções como, no caso da moda, em que empresários seguiram a maré de iniciar processos de vendas via redes sociais. Isso resolve o problema momentaneamente, mas, e no futuro, essas plataformas serão promissoras no sentido de se tornarem um braço a mais para o mercado de venda de roupas, por exemplo? Sim, pode ser muito além de uma solução de curtíssimo prazo, mas também uma nova fonte de receita. O que vi em muitas empresas é que elas não deram atenção para alguns canais, pois ficam em um dilema. Elas não têm muita receita com o canal digital, sendo assim não dão importância e, consequentemente, não crescem a receita. Como agora tudo mudou, muitas vão enxergar que é uma nova área de negócios e que merece atenção e investimento. Não vejo como uma superação emergencial. Envolve uma transformação profunda, principalmente, do hábito dos consumidores. Existe uma fórmula para ter sucesso em algo considerado pouco necessário, como produtos do mercado de luxo? Luxo é um mercado bem diferente e que demanda a criação de escassez, de narrativas, onde a empresa tem que entregar a história da marca, do produto, o tempo todo precisa ter um reforço na exclusividade. Não necessariamente a compra mais fácil é a que funciona para o luxo. O consumidor precisa se sentir escolhido, pois está em um patamar especial de relacionamento com a marca e, em contrapartida, a marca tem que ser capaz de dar determinados vestígios que ele possa compartilhar isso. O luxo tem essa característica de entrega de um símbolo social e compartilhável, algo que em época de redes sociais as pessoas tanto gostam. Então, desapareceram as classificações monárquicas e os objetos de luxo suprem essa necessidade. Para ter sucesso no luxo é fundamental muita coerência com precificação, posicionamento e experiência de compra proporcionada ao consumidor. Ultimamente, a tecnologia está muito bem instalada no meio da moda e tem sido uma das melhores apostas do setor. Oferta de produtos criados a partir do uso de matérias-primas desenvolvidas de maneira high tech necessitam, obrigatoriamente, de alternativas de marketing inovadoras. Há uma vertente de condições para posicionar esses produtos de maneira inteligente e eficaz? Para posicionar bem o produto tem que ter a clareza se está conseguindo comunicar o porquê que ele é diferente. Não pode ter todo um esforço de desenvolvimento de matéria-prima, de produto, para depois a pessoa simplesmente olhar como um objeto comparável a qualquer outro. Os consumidores cada vez mais gostam de tecnologia e coisas diferentes. A comunicação precisa ser estruturada para contar uma história. Quais são suas perspectivas para os próximos anos, no que se refere ao emprego de alternativas inovadoras? Minha perspectiva é muito positiva. A pandemia trouxe uma redução na barreira de adoção de novas ideias nas empresas. Agora é ponto pacificado que as empresas têm que se adaptar e fazer algo diferenciado. Então, isso vai ajudar a destravar o ambiente de companhias mais conservadoras. E do lado do consumidor é a mesma coisa. Existe uma adoção grande de e-commerce e de novos comportamentos. Sendo assim, há um vento muito a favor para quem gosta de mudanças. É possível desprender as novidades dos diversos mercados dos formatos tradicionais? Há uma receita, ou apenas ocorrerá naturalmente? A adoção natural só acontece em um estágio de maturidade muito grande, quando a empresa não precisa mais pensar em inovação. Simplesmente, a busca por novidades se torna DNA. Acredito que uma empresa que está entrando nesse mundo da inovação tem que estar bem preocupada com a incorporação desse novo hábito, da nova cultura e de entender para onde as coisas estão indo. E isso é longe de ser um processo natural. Veja mais sobre o livro “Conveniência é o Nome do Negócio” Redes Sociais Instagram: @arthur.igreja LinkedIn: http://linkedin.com/in/arthurigreja Canal Telegram: https://t.me/arthurigreja Podcasts no Spotify: https://open.spotify.com/ Fotos: Divulgação e Redes Sociais

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