Arte Bruta: A.R.L. Vida e Obra no CCBB

Antônio Roseno de Lima é o tipo de artista “desconhecido” que você precisa conhecer (e assim será) com exposição inédita e gratuita que chega a capital federal Atenção amantes da fotografia e das artes-plásticas, a exposição “A.R.L. Vida e Obra” – que está em cartaz no CCBB Brasília, a partir dessa terça-feira (02) – vai alugar um tríplex nas suas cabeças e corações. Podem confiar nessa dica da coluna #PERAMBULANDO, pois o espírito criativo de Antônio Roseno de Lima nos presenteia com obras coloridas e inquietantes nascidas a partir da sua condição de semianalfabeto e favelado, um reflexo da mais pura e encantadora arte bruta de um homem que sofria de doenças mentais, onde autorretratos, onças, vacas, galos, Santos Dumont, bêbados, mulheres e presidentes foram seus temas principais. Com visitação gratuita, até 22 de maio (mediante emissão de ingresso no site e na bilheteria física), esta é uma oportunidade para o público conhecer a produção desse artista outsider descoberto no final da década de 1980 pelo artista-plástico e professor doutor do Instituto de Artes da UNICAMP, Geraldo Porto, que também assina a curadoria da mostra. Residente da favela Três Marias, em Campinas (onde viveu de 1962 até sua morte em junho de 1998), Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo: pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético. Seu barraco era sua tela, onde cores vibrantes e figuras contornadas em preto ganhavam vida, revelando uma poesia visual única. Nas obras, as diversas aspirações do artista são representadas, mas uma delas se repete em toda a sua arte: “Queria ser um passarinho para conhecer o mundo inteiro!“ Com cores fortes, escrevia nos quadros: “Este desenho foi fundado em 1961“, referindo-se ao início de sua obra de desenho, pintura e fotografia. Mesmo sendo semianalfabeto, as palavras sempre fizeram parte de sua expressão poética, tarefa que cumpria com a ajuda de amigos e crianças do bairro pobre que escreviam e ele apenas copiava. Foi somente em 1991, que Roseno teve sua primeira exposição individual, também com curadoria de Geraldo Porto, na galeria de arte contemporânea Casa Triângulo, em São Paulo. Este foi o primeiro passo para seu nome chegar em galerias e edições especializadas no mercado europeu e norte-americano, além de provocar um certo burburinho nacional. Porém, pobre e doente, morreu em 1998, quando grande parte de seus trabalhos já estava em coleções de arte no Brasil e no exterior. Infelizmente, outra grande parte foi jogada no lixão pelo caminhão da prefeitura, chamado pela família para limpar a casa. Assim como Arthur Bispo do Rosário, A.R.L. faz parte desses “artistas virgens” ou “outsiders“, autores dessa “arte incomum” que, em alguns casos, são frutos de surtos psicóticos. Jean Dubuffet, por exemplo, refere-se a eles como “indivíduos sem condicionamento cultural, sem assistência profissional e sem conhecimento das tradições e da história da arte, que realizam uma operação artística quimicamente pura“. Para Geraldo Porto, Antônio Roseno “é sim um artista outsider, pela originalidade do seu processo criativo. Sua criatividade desconhecia limites entre fotografar, pintar ou escrever. Analfabeto, ele escrevia; fotógrafo, ele pintava; pintor, ele tecia. Pintava ‘para não ficar doente’. Um último spoiler antes de irem até o CCBB Brasília, é que a mostra está dividida em seis seções: Recortes da Cidade; Presidentes; O Fotógrafo; Frutos; Flores e Animais; Mulheres e Santas; e O Bêbado (a preferida deste colunista), onde está uma série de rostos de olhos embaralhados e alucinados pela bebida, trabalho que o projetou como artista no mercado internacional, se tornando sua marca registrada. Enfim, graças à exposição “A.R.L. Vida e Obra“, o público brasiliense vai poder conhecer melhor Antônio (um entre cinco irmãos), nascido em 1926, na cidade de Alexandria (RN). Aos 22 anos, ele decide sair da roça para morar na cidade, fazendo doce com sua madrinha. Aos 30 anos, largou o casamento com Cosma, com quem teve cinco filhos, para buscar melhores condições em São Paulo. Ali se dedicou à fotografia, antes de se estabelecer na favela Três Marias, em 1962, onde produziu a maior parte de sua arte ao lado de Soledade, companheira de quase quatro décadas, mesmo Roseno insistindo em repetir: “Nunca tive amor na vida“. #PERAMBULANDO pela arte bruta e primitiva A.R.L Vida e Obra / CCBB Brasília / Até 22 de maio, de terça a domingo – 9h às 22h / Retire antecipadamente o ingresso aqui ou na bilheteria física / Livre Fotos: Divulgação / Adriano Rosa

Arte Bruta: A.R.L. Vida e Obra no CCBB Read More »

Afrontosa e divertida! A expo virtual de Viviane Cardell

Artista lança galeria virtual para Toy Pussy, uma série de obras criada ao longo de 18 anos de aprofundamento no tema – a assexualidade das bonecas Barbie   Já está no ar o website interativo que traz um recorte da extensa obra da artista visual Viviane Cardell, que teve início em 2006, quando lançou sua primeira série de vulvas idealizadas. A coleção foi apresentada pela primeira vez em Madri, na Espanha, e posteriormente em São Paulo, no ano de 2009. Desde então, suas obras vêm sendo expostas em mostras e galerias particulares. Ao acessar a galeria, os espectadores visualizam um menu no qual é possível visualizar cada “Toy Pussy” individualmente. Apresentadas em uma imagem 360°, no formato GIF animado ou similar, ainda é possível ouvir um áudio humorístico dramatizado na voz de uma atriz, ator ou cantora. “A intenção é que esse áudio agregue mais significados à experiência da espectadora e do espectador”, explica a artista. A série questiona a criação de uma boneca objeto que é um mero cabide para acessórios. “Quando todos [os acessórios] são suprimidos, e a boneca fica nua, revela-se a representação de uma mulher assexuada, sem qualquer sinal de vulva”, aponta Cardell. Ela afirma ainda que, ao conceber a coleção, “idealizo uma cura simbólica para a boneca mutilada e crio um contraponto à lógica mercantil e patriarcal que converte o corpo feminino em objeto suscetível à violência física, sexual, estética e emocional”. O envoltório das obras, em acrílico transparente, reproduz as embalagens de brinquedos. Inspiração que, no caso das Toy Pussies, inclui rótulos explicativos com bordões cômicos de duplo sentido que são traduzidos em diversos idiomas. Sobre o nome da coleção, Viviane explica: “Pussy, termo em inglês, pode ser traduzido como um apelido carinhoso dado a gatos domésticos e é uma forma de se designar a vagina”. Com isso, a tradução literal da série seria “vagina-brinquedo”. Passados mais de 10 anos da exposição em São Paulo e depois da campanha “O mundo da Barbie está evoluindo”, lançada pela Mattel (fabricante da boneca), em 2016, poderia se pensar que Toy Pussy estivesse ultrapassado. Porém, tal campanha, utilizando-se dos conceitos de diversidade e inclusão, não passou de uma jogada publicitária para frear a queda nas vendas e expandir seu mercado. Por meio de discretas adequações nos traços faciais, cabelo e formato do corpo da boneca, a Barbie “evoluída” conquistou novas consumidoras mirins de todas as cores, corpos e tipos de cabelos. E as contradições originais desse ícone persistem: a necessidade de acessórios, agora diferenciados e mais caros, e o vazio entre as pernas. Ao compreender a jogada de marketing da fabricante, Viviane trabalhou na nova coleção Toy Pussy Evolution, na qual a artista se debruça sobre as questões da pluralidade. Reitera o conceito inicial do projeto e explora diferentes formatos, cores, texturas e tamanhos para as vulvas, e aborda, ainda, a inclusão de pessoas LGBT+ e de pessoas com deficiência. A denúncia, nesta nova série, discute a autenticidade desses voos da marca por ares democráticos, “restritos a quem pode pagar pelo caro bilhete de embarque e que se alicerça sobre o clichê contemporâneo da meritocracia com o mote: #VocêPodeSerTudoQueQuiser, que leva em conta o consumo desenfreado, essencial à boneca Barbie, e o eterno vender mais do mesmo”, contesta a artista. Acesse já! Galeria Virtual “Toy Pussy” / clique e veja / Siga a artista no Instagram https://www.toypussy.com.br/ Fotos: Divulgação

Afrontosa e divertida! A expo virtual de Viviane Cardell Read More »

Muita cultura para você sair #PERAMBULANDO por aí

Fizemos uma curadoria entre os diversos programas oferecidos ao longo do final de semana na capital federal e tem opções para todos os gostos. Confira! Um final de semana repleto de música, teatro, exposição e até um festival de cultura japonesa está imperdível! O final de semana chega com diversas opções para quem curte sair #PERAMBULANDO por Brasília, curtindo cada minuto de sexta, sábado e domingo. Então, preparem os cliques nos arrobas e links disponíveis neste texto para selecionar as atividades culturais que você pretende conferir pessoalmente. Como hoje é 08 de março, Dia Internacional da Mulher (um VIVA a todas as almas femininas), já fica a dica das apresentações musicais que o complexo gastronômico e cultural Bosque Park Norte traz ao longo do fim de semana para comemorar a data. Mais tarde, a partir das 20h, quem sobe ao palco é a cantora Georgia W Alo. Amanhã (09), às 13h, Lúcia de Maria; e às 20h, Celia Rabelo, com o show “Música de Fé Menina”. No domingo, às 13h, tem Ana Reis; e Karla Sangaleti faz o encerramento dessa festa a partir das 19h. O couvert artístico para cada apresentação é de R$ 15 e para saber mais, clica aí no @bosqueparknorte. Agora, a dica é o Baile do Zeca que agita a Sexta Gode, que acontece toda sexta-feira, na Arena BRB, começando por volta das 20h, terminando lá pelas 5h da madrugada. Comandada por DJs conhecidos dos brasilienses, a promessa é de uma festa animada e dançante com um repertório de clássicos do pagode, misturados com o funk, hip hop, brasilidades e até música eletrônica. Os ingressos começam a R$ 25 e para mais informações é só clicar aqui no @sexta.gode. E quem está chegando a Brasília é o Samba do Seu Antônio com Jorge Aragão, que acontece neste sábado (09), de 19h em diante, lá na AABB e contará com a participação do Samba da tia Zélia, Samba Urgente e Benzadeus. Olha que delícia! Com uma megaestrutura, o evento trará dois palcos para abrigar os grupos que vão colocar, com certeza, todo mundo para dançar. Acesse @osambadoseuantonio para se jogar. Uma ótima oportunidade para valorizar o hip-hop Made in Brasília é o Blend Festival, que acontece neste domingo na área externa do Museu Nacional da República com a participação de mais de 20 artistas do gênero musical, além de oficina de grafite, batalha de rimas, breakdance, stand de tattoos e parque de diversões. O evento é uma comemoração aos 30 anos da galera do Guindart’121 (que se apresentará in loco) ao lado de nomes como Salvador da Rima, GOG, Menor da VG, Coktel Molotov, Liberdade Condicional, Atitude Feminina, DJ Marola, entre outros. No total serão mais de 10 horas de programação, que começa a partir das 14h. Os ingressos são gratuitos mediante retirada antecipada pelo site ou App da Bilheteria Digital. No dia do evento, o público deverá levar 1kg de alimento não perecível. Acesse @blendfestival.br e saiba mais. Os amantes de teatro terão um bom entretenimento com a peça ESTUFA – Um falso testemunho. O espetáculo que será apresentado no teatro da CAIXA Cultural Brasília, nos dias 9 e 10 de março tem direção de Erica Montanheiro, sendo idealizado e protagonizado pela atriz e produtora Lauanda Varone. A artista frequentou a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), dos 13 aos 28 anos, e criou o projeto a partir de experiências com o médium conhecido como João de Deus, condenado por crimes sexuais após denúncias de mais de 300 mulheres. Com classificação indicativa de 16 anos e ingressos a R$ 15 (meia-entrada), a venda acontece apenas na bilheteria física do teatro. Mais informações: @estufaumfalsotestemunho. Tem gastronomia rolando também em dose dupla em dois shoppings da cidade. A 14ª edição do Panela Candanga já está ocupando a praça principal do Casapark e segue até o próximo domingo (10). Reunindo 25 expositores do segmento gastronômico que produzem artesanalmente no Distrito Federal. O evento oferece ao público palestras e degustações gratuitas com especialistas e empreendedoras locais como Capital Empório Queijos Artesanais, Piñon Torroneria, Goyás Defumados, Wanna Brie Queijaria Viva e muitos mais. Olha, está tudo detalhado lá no @casapark. Já no Taguatinga Shopping, o fim de semana será dedicado à cultura oriental com a realização do Nipo Festival, um verdadeiro paraíso de atividades e atrações que prometem encantar os visitantes (como o concurso de cosplay). Com ênfase especial na gastronomia, você encontrará entre as marcas participantes, os renomados Izakayá Sakeyo, Katsu Lamen, Yum Yum, Donburi, MyMochi, Bubble Tea, Vale Ice e Ichiban Dorayaki, cada um trazendo o melhor da cozinha asiática para o paladar dos visitantes. Com indicação livre, o evento tem entrada inteira a R$ 30 e detalhes no @nipo.festival.   Para fechar, que tal uma exposição de fotografias e objetos? Talvez busque um lugar onde já estou / latitude: -15.7801, longitude:- 47.9292 15° 46’48’’sul, 47°55’45’’oeste, de Rogério Ghomes inaugura neste sábado (09) na Referência Galeria de Artes, na 202 Norte Bloco B Loja 11, Subsolo. A mostra, que tem curadoria é de Marco Antônio Vieira, coloca em destaque o deslocamento como elemento fundamental para a produção do artista e os códigos verbais como um ponto de inflexão em sua pesquisa poética, partindo da frase e das coordenadas geográficas que dão nome à exposição. Em exibição até o dia 13 de abril, a visitação é gratuita de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 15h. Já segue logo o @referenciagaleria.

Muita cultura para você sair #PERAMBULANDO por aí Read More »

MAB: JAPAN is in the HOUSE

Renomada instituição cultural paulistana inaugura exposição itinerante em Brasília como parte do seu programa de itinerância, iniciado em 2021, para fortalecer a cultura nipônica Existem certos acontecimentos que geram grandes expectativas independente do tempo que venham a se concretizar. Provavelmente, a chegada da Japan House São Paulo (JHSP) em solo candango tenha criado grande ansiedade em muitos dos amantes da cultura nipônica, agora não mais. Afinal, na noite dessa segunda-feira (26), foi inaugurada a mostra ‘DŌ: a caminho da virtude’ e que desvenda a história, técnica e a filosofia de algumas artes marciais japonesas. Cerca de 200 convidados compareceram ao vernissage que teve como palco o Museu de Arte de Brasília (MAB). Com visitação gratuita, a exposição segue em cartaz até 28 de abril. Ocupando 200 m² entre os pilotis do MAB, a mostra tem correalização da JHSP com a Embaixada do Japão no Brasil, apoio do Governo do Distrito Federal, da Pilot Pen e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa por meio do MAB. Já o seu projeto expo gráfico é de autoria do arquiteto Gero Tavares, que envelopou o espaço criando um ambiente minimalista, onde está instalada uma enorme estrutura de madeira que mais lembra os tradicionais Dojôs – lugares onde se treinam artes marciais japonesas como as nove modalidades ali representadas. Composta por fotos em grandes formatos, pictogramas, vídeos e textos, a exposição oferece aos visitantes a chance de desvendar a história, a técnica e a filosofia do Aikidō, Kendō, Karatedō, Judō, Sumō, Kyudō, Jukendō, Naginata e Shorinjikempō. Ao longo de sua temporada na capital federal, a mostra contará ainda com demonstrações de diversas artes marciais que serão coordenadas por Associações Nipo Brasileiras e esportivas locais, assim como aconteceu em sua abertura. Porém, a programação também prevê a realização de workshops para apresentar aos visitantes a história, técnicas e os princípios da filosofia DŌ (veja serviço no final desta matéria) que significa em japonês “caminho” ou “direção a ser seguida” e tem como significado a postura, o rigor e a autodisciplina. Já o termo “budō” refere-se ao treino da mente, da técnica e do corpo como um todo, visando à perfeita harmonia entre esses três elementos e a espiritualidade. Quanto ao evento de inauguração, vale destacar ainda que o serviço de buffet foi assinado pelo chef Cristiano Komya, do restaurante New Koto, que serviu inúmeras delícias da culinária japonesa, entre brindes de saquê. Confira abaixo mais alguns cliques feitos por este colunista/fotógrafo de algumas pessoas que passaram por lá: Curtiu? DŌ: a caminho da virtude, Japan House São Paulo / Museu de Arte de Brasília (MAB) / até 28 de abril de 2024 / Todos os dias, exceto terça-feira, das 10h às 19h / Entrada e classificação livres Demonstrações de artes marciais – Karatê, Judō, Aikidō, Kendō e Kyudō / De 2 de março a 28 de abril – sábados e domingos (exceto 30 e 31 de março), das 10h às 11h30 e das 14h às 15h30 da tarde / Entre os pilotis do MAB Programa Educativo / oficinas de brincadeiras e tradições japonesas / até 28 de abril, de segunda a sexta para escolas, abertas ao público aos finais de semana / a partir de 7 anos sem inscrição prévia com vagas preenchidas por ordem de chegada, 30 minutos antes de cada atividade Mais informações: @museudeartedebrasilia / @mediato.art / @japanhouse     Fotos: Gilberto Evangelista

MAB: JAPAN is in the HOUSE Read More »

PERAMBULANDO entre a magia e a palhaçada

Em apresentação dominical única, o Palhágico Chouchou promete muita diversão e encantamento para a garotada   Senhoras e Senhores, Ladies and Gentlemen, meninos e meninas, boys and girls, lagartixos e lagartixas! Preparem-se para uma tarde de pura diversão e encantamento com o espetáculo único do Palhágico Chouchou, no domingo, 25 de fevereiro, às 16h, no Espaço Cultural Renato Russo com ingressos a R$50 e R$25 meia-entrada (ou ingresso solidário com doação de 1kg de alimento não perecível). E para quem ainda não viu algum espetáculo do artista, ele é especialista em “palhágica”, uma fusão surpreendente entre a arte da palhaçaria e a magia, apresentada de forma cativante pelo arte-educador Galileu Fontes. Já há um bom tempo, ele vem incorporando o papel do adorável Palhágico Chouchou, condutor em uma jornada repleta de números de palhaçaria e ilusionismo, que vão surpreender e encantar crianças de 0 a 200 anos! Com uma paixão ardente pelo sorriso das crianças, Galileu encontrou na arte da interpretação sua vocação. Foi na Cia, Teatral Néia e Nando que ele lapidou suas habilidades, e desde então, tem encantado plateias por todo o Brasil e além-fronteiras com seu carisma e talento. Vale destacar ainda que, além de proporcionar momentos de alegria e entretenimento, o espetáculo Palhágica também tem um viés social. Toda a renda obtida com a venda de ingressos será destinada à instituição de caridade “Colo de Vó”, contribuindo para causas humanitárias e ações sociais importantes. Não perca esta oportunidade única de PERAMBULAR e vivenciar momentos mágicos e engraçados com toda a família! Garanta já o seu ingresso para o espetáculo Palhágica clicando neste link e ajude a fazer a diferença na vida de quem mais precisa!   Bora? Palhágico Chouchou no Espaço Cultural Renato Russo / Sala Marco Antônio Guimarães / Domingo, 25/02 às 16h / Livre / R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada e ingresso solidário com 1kg de alimento não perecível) pelo Sympla / Siga @chouchoupalhagico   Fotos: Divulgação  

PERAMBULANDO entre a magia e a palhaçada Read More »

Brasília comemora o Dia do Quadrinho Nacional

Amantes do HQ tem encontro marcado com a nata dos quadrinistas do Distrito Federal em  feira cultural que traz diversas edições e um bate-papo entre Gabriel Góes e Thiago Borne   Para comemorar o Dia do Quadrinho Nacional em Brasília, a Oto Livraria (302 Norte, bloco E, loja 39, subsolo), em parceria com o site Raio Laser – Quadrinhos Além, realiza em 27 de janeiro, sábado, de 13h às 18h, uma feira com a presença de quadrinistas do Distrito Federal, expondo e vendendo suas publicações. Na ocasião, será lançada a revista Wunder Toy Comics #3 – Super Battle Monsters, de autoria de Gabriel Góes que às, 16h30, participa de um bate-papo com o toy maker Thiago Borne (Resinagem) e mediação do jornalista Pedro Brandt sobre os diálogos entre as histórias em quadrinhos e os brinquedos independentes.   Na feira, o público encontrará uma grande variedade de publicações autorais, com diferentes propostas estéticas e temáticas, com inspirações que passeiam pelos universos dos mangás, dos super-heróis e das graphic novels, em HQs de drama, humor e aventura. Além de Gabriel Góes e Thiago Borne, participam da feira: Bry Almeida, Euclides Neto, Fábio Paiva, Gauri, Jotape, Paulo Peres, Pedro D’Apremont, Pedro Ribeiro, Renata Rinaldi, Ricardo Diniz, Stéff, Tiago Palma, Waldenis Lopes e Wesley Samp. O Dia do Quadrinho Nacional é tradicionalmente comemorado em 30 de janeiro por ser a data de publicação de “As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte”, pioneira HQ de autoria de Angelo Agostini, lançada na revista Vida Fluminense em 1869. Quem é Gabriel Góes e Thiago Borne O mais antigo quadrinista de Brasília em atividade, o premiado Gabriel Góes é autor responsável por personagens como Billy Soco e Tiger Fist (em parceria com Oriol Barbera) e a publicação Vania e a turma de Anexia (com Pedro D’Apremont). Cocriador e editor de publicações do selo brasiliense Samba, produziu ainda quadrinhos para revistas independentes como Prego e Ragú e ainda participou da residência artística (conduzida por Angeli e Laerte) que resultou no álbum Baiacu. Góes também desenhou adaptações para quadrinhos de duas obras de Nelson Rodrigues, Vestido de noiva e Beijo no asfalto, com roteiros de Arnaldo Branco, e desenvolveu artes conceituais e storyboards para filmes e publicidade. Produziu também ilustrações para revistas como Rolling Stone, Galileu e o jornal Correio Braziliense. Thiago Borne atua sob o pseudônimo Resinagem e é pioneiro na produção de brinquedos independentes e autorais no Brasil, com mais de cinquenta peças realizadas, tanto em resina quanto em vinil. Atuou em parceria com editoras e artistas do underground, como tatuadores, músicos, quadrinistas – caso de Gabriel Góes, tendo feito bonecos dos personagens Billy Soco, Tiger Fist e Mapinguari. Inspirado nas estéticas do punk rock, do heavy metal e em filmes de terror, Resinagem atualmente foca seu trabalho em peças de vinil, o chamado “soft vinyl” ou “sofubi”, muito popular na produção de bonecos no Japão.   PERAMBULANDO pelo Dia do Quadrinho Nacional em Brasília Na Oto Livraria (302 Norte, bloco E, loja 39, subsolo) / Sábado 27/01 – 13h às 18h / Feira de HQs e lançamento da revista Wunder Toy Comics #3 – Super Battle Monsters (R$ 20), de Gabriel Góes / Bate-papo com Thiago Borne (Resinagem) e Gabriel Góes sobre histórias em quadrinhos e brinquedos independentes / Acesso livre.

Brasília comemora o Dia do Quadrinho Nacional Read More »

“Ruídos” de Berna Reale é uma explosão

Com curadoria de Silas Martí, exposição da artista paraense entra em cartas no CCBB trazendo obras que discutem a condição humana diante da desigualdade de gênero, econômica, social e da violência     Se prepare para ser impactado por uma mostra que vai incomodar, provocar, brincar e mexer completamente com sua cabeça. A partir desta terça-feira (16) você já pode ir PERAMBULANDO até a exposição “Ruídos”, da artista visual paraense Berna Reale, que está aberta à visitação na Galeria 3 do CCBB Brasília. E não se iluda, mesmo que as obras ocupem apenas um espaço daquele centro cultural, como dizem por aí, elas vão alugar um tríplex na sua mente. Isso porque as obras discutem, como já foi dito acima a condição humana nesse mundo tão desigual, onde gênero, classe econômica e social e violência importam, mas não do jeito como deveriam. A mostra, que tem curadoria de Silas Martí, apresenta um recorte da produção da artista de 2009 a 2023 em fotografia, objeto, performance, pintura e vídeo. Em exibição até 10 de março, a visitação é de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é gratuita, mediante emissão de ingresso no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria física. A classificação indicativa é livre. “Seus trabalhos são todos alicerçados em contrastes potentes, de um lado o visual pop, colorido, que pode remeter à estética publicitária ou mesmo aos exageros do barroco, e, de outro, uma crítica social afiada, a denúncia da precariedade e da violência do Brasil. Daí o ruído. Os trabalhos nos levam para uma sensação de deslumbramento na superfície e ao mesmo tempo cortam esse clima com o que de fato está no cerne deles, a morte, a desigualdade, o assédio, os descalabros políticos”, explica o curador Silas Martí. Entre a luxúria e a precariedade, a obra de Berna Reale primeiro seduz, para depois denunciar as mais variadas formas de violências contra os grupos mais vulneráveis, como mulheres, moradores das periferias e populações carcerárias. É uma narrativa do que é viver no Brasil, um país barroco, tropical e violento, e o que é ser brasileiro. De fato, ruído é uma quebra na harmonia, é aquilo destruído pelas beiradas, corroído sem que ninguém faça caso até que seja tarde demais. Em tempo, o Brasil de Berna Reale, lugar central de sua arte, está muito distante da ordem e do progresso. É o país da luxúria ilusória, de cores berrantes e afagos de veludo, e ao mesmo tempo o centro da carnificina, um banquete servido aos abutres, elucida a curadoria. Quem é Berna Reale?      Nascida em Belém do Pará, ela e é uma das artistas mais importantes no cenário brasileiro atual, sendo reconhecida como uma das principais expoentes da prática de performance no país. Reale iniciou sua carreira artística no começo da década de 1990. Seu primeiro trabalho de grande impacto, Cerne (25º Salão Arte Pará, 2006), intervenção fotográfica realizada no Mercado de Carne do Complexo do Ver-o-Peso, conduziu a artista ao Centro de Perícias Renato Chaves, onde passou a trabalhar como perita a partir de 2010. Desde então, Reale tem explorado seu próprio corpo como elemento central da produção de suas performances, fotografias e vídeos. Seus trabalhos, marcados pela abordagem crítica aos aspectos materiais e simbólicos da violência e aos processos de silenciamento presentes nas mais diversas instâncias da sociedade, investigam a importância das imagens na manutenção de imaginários e ações brutais. A potência de sua produção reside na contraposição entre o desejo de aproximação e o sentimento de repulsa, ressaltando a ironia que resulta da combinação entre o fascínio e a aversão da sociedade pela violência. A fotografia, nesse contexto, desempenha um papel fundamental. Ela não é apenas o meio de registro de suas ações, capaz de perpetuá-las, mas um desdobramento de seu processo de criação. A artista vive e trabalha em Belém, Pará, Brasil. PERAMBULE JÁ! “Ruídos”, de Berna Reale / CCBB Brasília – Galeria 3 / De hoje até 10 de março de 2024, terça a domingo, das 9h às 21h / Infos: 3108-7600 – @ccbbbrasilia ou bb.com.br/cultura / Ingressos gratuitos no site e na bilheteria física do local / Classificação Indicativa Livre   Fotos: Divulgação

“Ruídos” de Berna Reale é uma explosão Read More »

Complexo Cultural do Choro dá tchau pra 2023

Último final de semana do ano tem programação recheada onde teatro infantil, Choro e samba ganham destaque   Para encerrar o ano de 2023 em clima de celebração, o Complexo Cultural do Choro apresenta uma programação animada e para toda a família. Com acesso gratuito, as opções incluem teatro infantil com personagens natalinos, apresentações de choro e samba de alta qualidade nos dias 16 e 17 de dezembro, no Espaço Cultural do Choro. Nos sábados,16, às 10h, a animação fica por conta da Roda de Choro dos Alunos e Professores da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. Além da boa música, o público é convidado para a tradicional Feijoada da Casa, que sempre garante uma combinação perfeita: samba e feijoada. No domingo, dia 17, o Piquenique Chorão, às 16h, a excêntrica Família Firula e seus convidados apresentam o espetáculo: “Firulas natalinas em Arrumação de Natal“. Em uma noite especial, seres mágicos do Natal precisarão deixar tudo pronto antes da chegada do Noel. Mas conhecendo essa turma maluca, brincadeiras excêntricas podem atrasar essa entrega. A única coisa que eles garantem é que muitas Firulas natalinas irão acontecer. Em seguida, as famílias podem se dirigir para o espaço interno do Clube do Choro e curtirem o Regional Choro Livre, que convida os músicos Larissa Umaytá para abrilhantar ainda mais a roda com seu pandeiro, o gaitista Pablo Fagundes, já veterano da casa, e o flautista Sergio Morais para uma democrática roda de choro em que todos são convidados a participar e mostrar o que sabem. E para encerrar a programação de 2023, mas sem deixar o ritmo cair, o Domingo do Clube recebe o músico Dillo Daraujo com o show “Baile de Guitarrada”, que apresenta um panorama da guitarra amazônica e suas derivações. O público vai poder conhecer melhor um repertório que é comum nas danceterias e festas populares de um Brasil “caribenho”, pouco descoberto até os anos 1980.  O guitarrista também passeia pelas lambadas instrumentais do repertório das cordas e dos tambores de Belém ao Marajó, clássicas como: Moliendo Cafe, além de Cumbias peruanas como Sonido Amazônico, a banda se apresenta em formato de quarteto. Na formação do grupo estão: Tulio Lima na bateria, na percussão Mariana e no baixo Paula Zimbres. Confira a programação completa: 16 de dezembro, sábado 10h – Ensaio Aberto Alunos e Professores da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello 12h – Feijoada com Samba 17 de dezembro, domingo 16h – Piquenique Chorão com A Excêntrica Família Firula com “Firulas Natalinas em Arrumação de Natal” 17h – Choro Livre convida: Larissa Umaytá, Pablo Fagundes e Sergio Morais 18h45 – Domingo no Clube com show o Baile de Guitarrada com Dillo Daraujo Curtiu? Bora lá então…  Complexo Cultural do Choro de Brasília / 16 e 17 de dezembro (sábados e domingos) / (61) 3226-3969 / evento gratuito com classificação indicativa livre   Fotos: Divulgação

Complexo Cultural do Choro dá tchau pra 2023 Read More »

Studio Drift une natureza e tecnologia em obras de arte

A exposição Vida em Coisas reúne criações incríveis que despertam reflexões sobre a relação da humanidade com a natureza, por meio de esculturas e instalações hipnóticas Usando a luz como um dos pilares de sua arte, Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, junto às suas equipes em Amsterdã e Nova York, exploram as relações dos seres humanos com a natureza e a tecnologia de forma simples e ao mesmo tempo profunda. As obras que tocam em aspectos essenciais da vida na Terra estão presentes na mostra Studio Drift – Vida em Coisas, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, com visitação gratuita, até 24 de janeiro. Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, criaram DRIFT em 2007, na Holanda. Atualmente, comandam uma equipe multidisciplinar de 64 pessoas, nos estúdios em Amsterdã e Nova York. Os artistas se tornaram mundialmente conhecidos pela criação de esculturas, instalações e performances que colocam pessoas, ambiente e natureza na mesma frequência. Suas obras sugerem ao público uma reconexão com o planeta. Alfons Hug, curador da mostra ao lado de Marcello Dantas, explica que ao escolher a luz como elemento central de suas composições artísticas, DRIFT “nos faz pensar no mundo de hoje, mas também em nossas origens, pois esta luz vem de longe e contém um vislumbre do passado remoto”. Ocupando o Pavilhão de Vidro, as galerias 1, 2 e 5, Studio Drift – Vida em Coisas tem entre seus destaques a obra Fragile Future (foto de capa), que procura fundir natureza e tecnologia em uma escultura multidisciplinar de luz, que traz uma visão utópica e crítica do futuro do nosso planeta, em que duas formas de evolução aparentemente opostas realizam um pacto de sobrevivência. Circuitos elétricos tridimensionais, de bronze, ficam conectados a sementes da planta dente-de-leão, que emitem luzes. Trata-se de uma peça com forma potencialmente infinita, que pode crescer ou encolher, dependendo do espaço que ocupa. Para a construção, a dupla recorreu a sementes que, uma a uma, receberam luzes de LED, num processo artesanal que resiste aos métodos de produção em massa e à cultura do descarte. A instalação está presente na Galeria 1. Entre as obras que mais chamam a atenção está a escultura hipnótica Shylight (algo como “luz tímida”, se traduzido para o português – exposta no Pavilhão de Vidro) reproduz o comportamento das flores que, durante a noite, se fecham, numa medida de proteção e de economia de recursos. Fusca Volkswagen, Jogo Game Boy, Lápis, Cabo Elétrico, Bicicleta, Pandeiro e Havaianas, que foram criadas especialmente para a mostra brasileira, assim como Banquete, merecem sua atenção pois são fruto da parceria de DRIFT com os designers brasileiros do Estúdio Campana, Humberto e Fernando Campana. Se grande parte dos objetos feitos pelos homens tendem a ter uma forma fixa, o projeto do DRIFT, neste caso, é recuperar a ideia de que, na natureza, tudo está em constante metamorfose e adaptação. Assim, os objetos animados ganham a força de expressar, caráter e emoção. Para o curador Marcello Dantas existe uma racionalidade por trás das obras do DRIFT, que é a possibilidade da natureza e da tecnologia viverem em harmonia. “Seja pelo mundo biônico, seja pelo conceito de animismo, em que todas as coisas – animais, fenômenos naturais e objetos inanimados – possuem um espírito que os conecta uns aos outros”. Em tempo, a mostra é patrocinada pelo Banco do Brasil e BB Asset Management e tem ingressos gratuitos, disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília. Bora lá?   Studio Drift – Vida em Coisas / Centro Cultural Banco do Brasil Brasília / até 21 de janeiro de 2024 – terça-feira a domingo, das 09h às 21h / Classificação indicativa: livre / Entrada gratuita / Ingressos em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria local   Fotos: Divulgação

Studio Drift une natureza e tecnologia em obras de arte Read More »

Onde o Brasil encontra sua arte

Atenção pessoal! A coluna PERAMBULANDO traz como sugestão a 16ª edição do Salão do Artesanato, que está rolando até o próximo domingo (19) lá na varanda da Pátio Brasil. Com o slogan que nomeia esta notinha, o evento que é um dos maiores do Brasil, reunindo artesãos de todas as regiões do país, consequentemente, têm muitas opções de compras, oficinas e entretenimento cultural por lá. Cerâmica, madeira, fios, capim, palha, metal, rendas, bordados e tantas outras tipologias se traduzem nos mais diversos objetos de decoração, uso pessoal, utensílios, móveis, roupas, acessórios e muito mais. É passar, conferir e, quem sabe, já garantir o presente de Natal. Vale destacar ainda que o Salão do Artesanato tem os sócios Rômulo Mendonça e Leda Simone à frente da Rome Eventos – idealizadora da iniciativa – conta com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)/ Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Turismo, Pátio Brasil Shopping, da Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal e patrocínio do Sebrae e Correios. Bora lá? 16º Salão do Artesanato / Pátio Brasil / até 19 de novembro – horário de funcionamento do shopping / Entrada franca Fotos: Gilberto Evangelista

Onde o Brasil encontra sua arte Read More »

Rolar para cima