Silvero Pereira bateu um papo com o Lackman e contou sobre sua vida, carreira, moda e homenagem ao mestre Belchior, que chega a Brasília com três apresentações na Caixa Cultural
De 8 a 10 de dezembro, a Caixa Cultural Brasília apresenta o show “Silvero Interpreta Belchior”. O multiartista canta as composições de Belchior, homenageando um dos mais relevantes compositores do Nordeste, que deixou um gigante legado para a música brasileira.
Serão quatro apresentações na capital federal, duas delas seguidas de um intimista bate-papo entre artista e público. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do local e no site da Bilheteria Cultural.
No palco, o roteiro do show reúne cerca de 18 canções conhecidas do grande público, hits que promovem momentos divertidos, emocionantes e introspectivos, como “Sujeito de Sorte”, “Como Nossos Pais”, “Medo de Avião”, “A Palo Seco”, “Paralelas”, entre outros clássicos que ganharam interpretações únicas com a performance de Silvero Pereira.
Além da musicalidade envolvente, o espetáculo tem a teatralidade garantida com a dramaturgia, a troca de figurinos assinados por estilistas cearenses como Kallil Nepomuceno, o desenho de luz e a execução sonora de uma banda que acompanha Silvero desde 2021 e que se unem para garantir ao público uma experiência verdadeiramente inesquecível. Confira a entrevista exclusiva que o artista nos concedeu.
Quem é Belchior quando descrito pelo Silvero Pereira?
Belchior é um símbolo de força nordestina, um gênio que descreveu o Brasil de ontem e de hoje. Um artista atemporal e atento ao passado, presente e futuro.
Na sua opinião, o que fez Belchior virar norma quando o assunto é boa música brasileira?
A boa música brasileira é composta por artistas cultos, estudiosos e cheios de referências. Não se consegue ouvir Belchior com atenção e não se sentir modificado pelos seus versos.
Sua carreira é repleta de nuances. Há TV, teatro, cinema, web e até passarela, como no DFB Festival em que vc se fez presente em vários desfiles. Ser esse profissional multifacetado é uma obrigação hoje ou você sempre quis estar em todos esse lugares?!
Não me sinto nessa obrigação, faço aquilo que me dá prazer e me engrandece como artista. Sou um apaixonado e estudioso da arte, então vou experimentando e vendo o que pode ser transdisciplinar entre as diversas funções.
No seu figurino tem peças do Kallil Nepomuceno, um dos maiores nomes do Nordeste. Essa valorização do que é da sua terra é digna de elogios. Você se considera um veículo de divulgação da sua terra?
Totalmente! Nordeste é uma potência e precisamos sempre estar de mãos dados levando uns aos outros juntos. Vestir um estilista cearense é vestir minha armadura, minha história, meu povo!
Como é ser um artista cearense de sucesso em dias de redes sociais nos quais fama tem muito a ver com o que se posta e não muito com o que se faz?
Uso minhas redes sociais de acordo com minhas convicções e reflexões. Sou divertido nas redes porque me divirto com ela, mas também uso essa ferramenta para divulgar meus textos de uma coluna do jornal local, pra fazer meus posicionamentos e divulgar meus trabalhos. Não quero ser fútil nas redes!
Esse show te fez descobrir algo novo sobre você? O que Belchior acrescentou na sua vida ao interpreta-lo?
Esse show é um encontro com minha história através dos versos de um outro cearense, saído do interior e que buscou seus sonhos na arte e nos estudos. Esse show é uma exposição da minha história, meus percursos.
Existe um gatilho para te fazer cantar? Te dá vontade de cantar quando…
A arte pra mim é gatilho! Só faço arte se tiver algo pra falar, que me inquieta e questiona a sociedade.
Qual o significado de roupa, moda e estilo pra você?
Moda é quem vive! Eu não ligo pra tendências, uso aquilo que me faz bem e expõe minha personalidade.
Quer ir ao show?
Silvero Interpreta Belchior
Na CAIXA Cultural Brasília (SBS Q.4 – Asa Sul, Brasília)
Dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2023
Horário: Dia 08 (sexta) às 20h; dia 09 (sábado) às 17h (sessão com libras) e 20h (sessão com bate-papo); dia 10 (domingo) às 19h (com bate papo)
Ingressos: R$30 (inteira) R$15 (meia)
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Acesso a pessoas com deficiência
Informações: (61) 3206-9448
https://www.caixacultural.gov.br
Fotos: Divulgação
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