Artistas transformam o espelho d’água do Museu da República em uma instalação vibrante e interativa
No coração da cidade, o Museu da República se tornou o palco de uma intervenção artística inovadora, intitulada “ÁguaPé”, cujo objetivo é surpreender e encantar os visitantes com uma experiência única. O espelho d’água localizado em frente ao museu foi transformado em uma instalação vibrante, repleta de cores e interatividade.
Ao passar pelo Complexo Cultural da República João Herculino, composto pelo Museu Nacional da República (MuN) e a Biblioteca Nacional, os visitantes notarão que o local ganhou vida em meio às estruturas de concreto projetadas por Oscar Niemeyer. Desta vez, a exposição está do lado de fora do MuN: um jardim flutuante. Mais de 10 mil mudas de aguapé foram colhidas no Lago Paranoá e trazidas para embelezar os espelhos d’água do museu.
Este projeto artístico foi concebido e executado principalmente por mulheres como parte da 21ª Semana Nacional dos Museus. Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto são as artistas responsáveis, com curadoria de Sissa Aneleh.
A exposição estará aberta para visitação diariamente até 16 de julho. A diretora do MuN, Sara Seilert, ressaltou a importância da intervenção. “É muito interessante colocar plantas em um ambiente completamente de concreto. As artistas trouxeram um toque de natureza para perto da obra de Oscar Niemeyer. É uma obra de arte vegetal”, defendeu. Uma das intenções dessa intervenção é chamar a atenção para a preservação dos ambientes naturais e a urgência da discussão sobre o clima.
A proposta da intervenção é despertar o olhar atento para a relação entre arte e natureza, sensibilizando o público sobre a importância da preservação ambiental e do uso consciente dos recursos naturais. Ao unir a estética visual com a conscientização ambiental, “ÁguaPé” se destaca como uma intervenção artística de impacto, que transforma o espaço urbano em uma obra de arte viva.
Além de outros parceiros, as artistas contaram com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal para viabilizar o transporte das mudas.
Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília e Isabela Couto