Sardinha 5 estrelas

Importadora brasileira de alimentos em conserva premium já traz 37 produtos europeus para o país com possibilidade de chegar a uma centena até o fim do ano

 

“Navegue por novos sabores”… Esta é a proposta da Fui ao Mar para os consumidores brasileiros. Sim, Caros Leitores. A notícia que a coluna #PERAMBULANDO traz hoje é sobre a empresa que está importando não apenas sardinhas, mas pescados e frutos do mar europeus, selecionados e enlatados artesanalmente, apostando em um variado portfólio de 37 itens das marcas Briosa, Jose Gourmet, La Rose, Occidens e O Melhor do Ribatejo.

E para quem, assim como eu sabe que no primeiro mundo, enlatado tem a ver com muita qualidade. No quesito valor, os preços variam entre R$ 37,90 e R$ 193,90 por embalagem. De olho nas principais praças do país, Brasília entre elas, a companhia promete revolucionar o mercado gastronômico ao fomentar a cultura do consumo de conservas por meio, entre outras coisas, da seacuterie board (tábua de frutos do mar).

Berbigão em conserva da Jose Gourmet

Só a título de curiosidade, países como os Estados Unidos, Espanha, Portugal e França têm essa forma de degustação bastante disseminada e concentram o maior mercado mundial de enlatados – estimado em US$ 85,5 bilhões, segundo levantamento 2023 da Mordor Intelligence.

A iniciativa nasceu em 2014, durante uma viagem à cidade portuária francesa de Cancale, quando os sócios – e casal – José Américo Fioravanti e Lydia Brasil – tiveram a inspiração para o negócio. O que visto de longe parecia uma loja de sabonetes coloridos, era, na verdade, um comércio especializado em sardinhas em conserva. “A  experiência foi fantástica. Fui surpreendida por um segmento que desconhecia, de produtos com uma apresentação de encher os olhos e despertar o apetite. Compramos por curiosidade e com a finalidade de presentear alguns amigos, mas o presente acabou sendo nosso. Que sabor!”, conta Lydia. 

Após alguns anos de preparo, planejamento e pesquisas, a dupla lança a Fui ao Mar. A empresa traz aos brasileiros o que há de mais saboroso e nobre produzido de forma totalmente artesanal na Europa. “Vamos quebrar o paradigma de que o pescado enlatado tem, necessariamente, baixa qualidade”, ressalta José Américo.

Flor-de-Sal-Picante-Um-Grama de O Melhor do Ribatejov

 Enlatados de mãos dadas com a alta gastronomia

A sardinha em lata é o grande luxo”, afirmou o crítico gastronômico Leo Bourdin, do jornal francês Le Monde, em artigo assinado em novembro de 2023. No texto, ele revela que os pequenos peixes marinados nas fábricas de conservas artesanais são, hoje, considerados produtos vintage e aparecem nos cardápios dos mais disputados restaurantes (fine dining) em inúmeros países mundo afora.

Isso é resultado não apenas da altíssima qualidade das conservas, como as da marca portuguesa José Gourmet – parceiro da Fui ar Mar na jornada aqui no Brasil – mas pela iniciativa dos empresários do segmento atentos às novas tendências.

Mas não é só no mundo gastronômico físico que a cultura das conversas vem ganhando notoriedade. Essa prática de consumo também tem sido incentivada pelo universo das redes sociais, através de perfis especializados em enlatados – entre eles, o da influenciadora sino-americana Mei (@daywithmei). Em determinada postagem, ela abre uma lata de ovas de sardinha picantes da marca portuguesa Nuri, uma das mais raras e caras do mundo.

Bacalhau e Sardinha da Briosa

José Américo Fioravanti explica que tais preços refletem a sazonalidade, a qualidade (todos contém azeite e não contam com conservantes) e especialmente o processo manual de produção, como filetamento à mão, pré-cozimento ou fritura antes do enlatamento e esterilização. “Do ato da pesca à embalagem, tudo deve acontecer em 24 horas, o que garante o frescor”, ilustra. No caso das sardinhas, atuns e outros que encontramos nos supermercados comuns, o processamento é mecânico e o cozimento acontece na lata por meio de autoclaves – tudo isso barateia o alimento e reduz o sabor.

Da pesca sustentável à chegada ao Brasil

É fato que a pesca de sardinha no passado rendia milhares de toneladas por ano, chegando a uma procura maior do que a reprodução natural, o que provocou um desequilíbrio no meio ambiente. Com isso, nos tempos atuais, a pesca da sardinha se tornou “sustentável”, ou seja, baseada em estudos que medem o impacto do ato no ecossistema marinho, a fim de garantir o futuro dessa espécie. Mas são poucas marcas que carregam consigo essa preocupação. E é esse tipo de parceiro que, hoje, a Fui ao Mar não abre mão. As marcas como a Briosa, Jose Gourmet, La Rose, Occidens e O Melhor do Ribatejo, cumprem as regras de fiscalização e que seguem rígidos padrões de proteção da sardinha e outras espécies marinhas.

Os refinados azeites e vinagres da Occidens

As boas novas não param por aí, afinal, até o final do ano, a marca deve ter mais de 100 tipos diferentes de conserva, algo inédito neste segmento no país. “Os importadores, de forma geral, não ultrapassam dez itens. A aposta é alta porque sabemos do potencial das nossas conservas e do espaço de oportunidade que o mercado brasileiro tem.”, conclui Fioravanti.

Enquanto a loja física não vem, o brasileiro já encontra esses e outros itens no e-commerce da Fui ao Mar (que manda entregar em todo o território nacional), além de empórios, wine bars e cervejarias artesanais espalhadas pela capital paulista. Aos curiosos, fica a dica para seguir o perfil @fuiaomaroficial no Instagram.

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