Inspirado no best seller ‘Sapiens’, de Yuval Noah Harari, o premiado espetáculo com Vera Holtz e Federico Puppi já foi visto por mais de 150 mil espectadores no Brasil e Portugal. Depois de quase três anos de uma premiada trajetória – com temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo e turnês lotadas pelo Brasil e por Portugal –, o espetáculo Ficções, estrelado por Vera Holtz, retorna a Brasília, de 2 a 5 de outubro, no Teatro Royal Tulip, comemorando mais de 350 apresentações e 150 mil espectadores desde a estreia. A peça recebeu 22 indicações e ganhou os prêmios Shell e APTR de melhor atriz para Vera Holtz e APTR de melhor música para Federico Puppi. Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella, Ficções teve como ponto de partida o livro Sapiens – uma breve história da humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que vendeu mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor? “É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nós pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele.”, analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019. Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de criar mundos e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume. Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar pedaços do livro para transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para a espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”, enfatiza. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”, descreve. Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta. Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca e instiga a plateia, interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera. “O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”. Sinopse A partir do best-seller “Sapiens”, do escritor israelense Yuval Harari, Ficções fala da capacidade humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações… O que foi ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária que alçou nossa espécie à condição de “donos” do planeta, seguimos inseguros e sem saber para onde ir. Você está satisfeito? Serviço: VERA HOLTZ em FICÇÕES Inspirada a partir do livro Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari Idealizada por Felipe Heráclito Lima Escrita e encenada por Rodrigo Portella Performance e Trilha Sonora Original: Federico Puppi Interlocução dramatúrgica: Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa Assistente de direção: Cláudia Barbot Cenário: Bia Junqueira Figurino: João Pimenta Iluminação: Paulo Medeiros Preparação corporal: Tony Rodrigues Preparação vocal: Jorge Maya Programação Visual: Cadão Fotos: Ale Catan Direção de produção: Alessandra Reis Gestão de projetos e leis de incentivo: Natália Simonete Produção executiva: Wesley Cardozo Administração: Cristina Leite Produção local: DECA Produções Assessoria de imprensa local: Território Comunicação Rodrigo Machado Produtores associados: Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete SERVIÇO Temporada | de 2 a 5 de outubro de 2025 Horário | quinta a sábado, às 20h, e domingos, às 18h Local | Teatro Royal Tulip Endereço | SHTN Trecho 1 Conjunto 1 B – Bloco C Tel | 61 3424-7018 Capacidade | 420 poltronas e 80 cadeiras extras Ingressos | a partir de R$25 Classificação indicativa | 12 anos Duração | 80min Vendas antecipadas | Belini 113 Sul sem taxas ou no Sympla Observações: recomendável ir de táxi ou Uber. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo. O teatro não faz trocas. A temporada está inserida na programação do projeto Circuito do Teatro Brasília, da DECA Produções, com patrocínio da Brasal e Ministério da Cultura Fotos: Divulgação