Senai lança “Disforia Criativa” para o inverno 2026

Relatório de tendências Outono/Inverno 2026 do Inova Moda Digital mergulha no caos contemporâneo para propor conexões mais reais, sensíveis e sustentáveis na moda No coração do Rio, o futuro da moda ganhou corpo, cheiro e textura. Na última, o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) recebeu o lançamento oficial das macrotendências Outono/Inverno 2026, dentro do Inova Moda Digital — projeto desenvolvido pelo SENAI CETIQT em parceria com o Sebrae Nacional. Mais do que um relatório, o encontro foi uma convocação: entender o desconforto como bússola e a instabilidade como terreno fértil para criação. A abertura contou com a participação de Sergio Malta, diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio, Rodrigo Kurek, gerente do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e Confecção (IST), e Thaís Britto, coordenadora de Moda, Design e Confecção do SENAI CETIQT. “A gente sabe da potência da moda, e é com esse carinho e consciência que desenvolvemos o Inova Moda Digital”, destacou Thaís. Disforia como eixo A palavra que guia essa nova temporada é cortante e reveladora: disforia. Não como diagnóstico, mas como estado latente da contemporaneidade. Um mundo saturado de estímulos, esgarçado por crises simultâneas, pede mais do que coleções: exige reflexão. “Vivemos tempos de policrise e transição. A disforia representa esse olhar de estranhamento que nos move e provoca”, sintetizou Angélica Coelho, consultora técnica do Senai CETIQT (foto acima), ao lado do designer Rafael Lemos (foto abaixo), que conduziu a apresentação do relatório. Se o presente é caótico, a moda — boa moda — precisa responder. E não com fórmulas pasteurizadas, mas com mergulho e presença. “Precisamos de conexões que façam sentido, que toquem o outro de verdade. A moda não pode mais ser distração. Tem que ser resposta”, provocou Lemos. É nesse espírito que o relatório propõe uma nova estética sensível, em diálogo com o físico e o digital, o global e o local. Em um momento em que a moda atravessa transformações profundas, o Inova Moda Digital propõe uma leitura crítica e criativa sobre os desafios contemporâneos – e aponta caminhos possíveis para um futuro mais conectado, sensível e sustentável. Confira o preview de cores completo no link inovamodadigital.com.br Imagens: Divulgação/Senai Cetiqt

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Fufu Ajayô eleva poder feminino na Estrutural

Projeto propõe formação gastronômica ancestral com foco em mulheres negras e LGBTQIAPN+ No coração da Estrutural, onde a resistência pulsa no cotidiano, o projeto Fufu Ajayô desembarca com uma proposta potente: ensinar, empoderar e alimentar a partir das raízes. Com formação gratuita em gastronomia ancestral, o curso é voltado para mulheres negras e LGBTQIAPN+ da comunidade, e combina saberes tradicionais, empreendedorismo e afeto, tudo com o tempero da valorização cultural. A iniciativa reúne um time afiado de mulheres negras de várias regiões do Brasil, que conduzem oficinas teóricas e práticas abordando temas como alimentação antiespecista, nutrição e segurança alimentar, hortas urbanas, empoderamento feminino, fotografia de alimentos e até a história do acarajé e do fufu – prato tradicional africano que dá nome ao projeto. Entre os nomes estão Akuenda Translébicha (PE), Laura Rainha (DF), Wemmia Anita (DF), Chris Rezende (BA), Doné Francys de Oyá (DF) e Marissol Kadiegi (DF/Angola). As aulas vão além da teoria. As participantes colocam a mão na massa com panificação, confeitaria ancestral, receitas inclusivas e culinária antiespecista, aprendendo técnicas e trocando experiências em um ambiente seguro e criativo. No encerramento, um momento de celebração: a Feira Fufu Ajayô de Gastronomia, marcada para o dia 2 de agosto, onde as alunas apresentarão suas criações originais a preços simbólicos. As três melhores receitas receberão prêmios em dinheiro — R$ 2.000, R$ 1.500 e R$ 1.000. Ao fim do projeto, cada participante sairá com certificado, troféu simbólico e um ensaio fotográfico profissional, além de ter sua história eternizada em um livro e minidocumentário. Mais que um curso, o Fufu Ajayô é um ato político de resistência e amor em forma de comida. O projeto é uma realização da Aguiar Conexões Criativas, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC) e apoio da Casa Orí Ayô. Quer participar? Inscrições: de 9 a 14 de junho Online: Formulário de inscrição Presenciais: 11/06, das 8h às 11h e das 14h às 17h Local das aulas: Coletivo da Cidade – Quadra 03 Conjunto 11 Área Especial 02, Setor Norte, Cidade Estrutural Gratuito | 15 vagas Imagens: Divulgação e Viva Decora

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Natura e Havaianas em São João com cheiro de maçã do amor

Parceria inédita entre duas queridinhas do Brasil celebra o São João com uma edição especial que mistura nostalgia e a energia das festas juninas Quando duas marcas que moram no imaginário coletivo do brasileiro decidem se unir, o resultado não podia ser outro: um encontro cheio de afeto, cor e cheiro de festa boa. Natura Tododia e Havaianas — símbolos de cuidado, conforto e liberdade — se juntaram para celebrar o São João, essa tradição que acende fogueiras, aquece corações e espalha bandeirinhas pelo Brasil. A colaboração ganhou forma em um kit exclusivo: hidratante corporal e body splash na nova fragrância Maçã Caramelada e Baunilha, acompanhados de um par de Havaianas vermelhas e um pin de maçã, tudo embalado numa caixa que parece ter saído direto do arraial. Mais do que uma ação de marketing, o lançamento é um abraço nas raízes culturais brasileiras. A fragrância, inspirada na maçã do amor, símbolo doce das festas juninas, desperta memórias afetivas com suas notas frutadas e envolventes — maçã vermelha, flores brancas, caramelo, baunilha e âmbar se misturam num convite ao autocuidado. “Criamos uma fragrância que traduz o viver com generosidade e presença”, explica Tatiana Ponce, da Natura. A linha vem carregada de brasilidade e propósito: celebrar o corpo, o tempo presente e a beleza dos rituais simples. Cada marca entra com o que sabe fazer de melhor. Na Natura, quem comprar o hidratante (400ml) e o body splash leva o kit completo, disponível a partir de 13 de junho nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Já nas lojas da Havaianas, a mecânica é outra: comprando qualquer par de chinelos com o kit de pins, o consumidor ganha uma miniatura do hidratante. E como bem lembra Fernando Rosa, presidente da Havaianas no Brasil, essa iniciativa é também uma reverência ao Nordeste — palco e alma do São João —, que pulsa criatividade, tradição e resistência cultural. A linha completa Tododia Maçã Caramelada e Baunilha também estará à venda nos canais da Natura, com gloss labial, sabonete em barra e outras delícias para o corpo. Um lançamento que não só perfuma, mas aquece. Porque no Brasil, festa boa tem cheiro e tem memória. Imagens: Divulgação

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Será! um livro sobre primeiro álbum da Legião Urbana

Imagina estar na produção do primeiro álbum da Legião Urbana, pois bem, José Emílio Rondeau esteve e decidiu contar tudo em um livro Entre brigas, tensões, novo integrante ingressando na banda dias antes de iniciar as gravações, e em meio ao caos instalado na EMI-Odeon, o jornalista, crítico musical e diretor de videoclipes José Emilio Rondeau assumiu a produção do que viria a ser o álbum de estreia da maior banda brasileira de todos os tempos, a Legião Urbana. São deste disco os sucessos “Será”, “Ainda é Cedo”, “Geração Coca-Cola”, “Por Enquanto” entre outros hits que explodiram nas rádios em 1985. Quarenta anos depois, Rondeau mergulhou em suas memórias para revisitar os bastidores daqueles cinco meses de gravação no livro Será!, que reúne curiosidades e histórias nunca contadas, com detalhes saborosos. O lançamento acontecerá no dia 4 de junho, na Livraria da Travessa de Ipanema, com direito a bis no dia 13 de junho, na Bienal do Livro do Rio. Para ajudar no relato, Rondeau entrevistou os legionários Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. Também conversou com personagens que passaram dias e noites no estúdio, testemunhas da genialidade de Renato Russo, da falta de sintonia de Bonfá com o novo baixista Renato Rocha e de uma discussão que quase abalou a parceria entre a banda e o próprio Rondeau, praticamente um estreante na função de produtor musical. “Quando ouvi a primeira fita cassete da Legião sabia que a história do rock brasileiro iria mudar. Ali estavam as sementes para uma potencial revolução. E eu precisava fazer parte daquele momento”, lembra o jornalista. O livro tem prefácio assinado por João Barone, baterista dos Paralamas do Sucesso – os “padrinhos da Legião”, nas palavras de Renato Russo – e traz fotos raras de Mauricio Valladares registradas durante as gravações. Será! estará nas livrarias e sites em junho, com lançamento também no formato e-book em mais de 20 plataformas digitais. Conta com 112 páginas, e custará R$ 65 (impresso) e R$ 39 (e-book).   Imagens: Mauricio Valladares e Divulgação

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Seres masculinos modernos riscam passarela do DFB Festival

Quem disse que pra vestir homens é necessário apenas o básico? Nada como moda que quebra padrões e atinge o desejo como forma de apreciação Moda masculina sempre foi um destaque na rica programação do DFB. Pelas passarelas cearenses do maior encontro de moda autoral da América Latina, já foram vistos muitos looks para homens de estilistas e marcas, inclusive internacionais. Pra destacar um, vale lembrar do desfile de carreira de Mario Queiroz, um dos nomes mais importantes da história da moda nacional. Uma apresentação especialmente marcante. Nesse espaço democrático oferecido pelo DFB, os criadores ousam, lançam mão de muitas tendências e apostam em gêneros mistos, cortes e modelagens inteligentes, além do uso de muita tecnologia, entretanto, com muita manualidade e heranças nordestinas. Um cesto de sensações emocionais, visceralidade, realidade e desejo. Vamos conferir alguns dos looks mais marcantes? Almir França No DFB Festival 2025, Almir França subiu a passarela com um manifesto em forma de tecido. Em parceria com a Enel, o estilista transformou o que antes era descarte em desejo, costurando futuro nas tramas de uniformes aposentados. A coleção “Energia 2025” não é só moda — é resistência, é reinvenção. Cada look carrega a memória de quem vestiu, de quem trabalhou, de quem fez girar a cidade. Modelagens estruturadas, recortes precisos e uma estética que flerta com o urbano e o sustentável. No vai e vem dos flashes, também pulsava a força das mãos que costuraram essa história — mulheres formadas pelo programa Enel Compartilha, que bordaram esperança em cada ponto. No fim, Almir não desfilou roupas. Desfilou possibilidades ao som de um trilha sonora aplaudida pela força e pelo calor e ousadia. Bruno Olly “Linha de Vento” não é só uma coleção — é memória costurada, é saudade em tecido. Bruno Olly mergulha no baú dos anos 90 e puxa de lá o cheiro do asfalto quente, o som dos passinhos, dos beats do hip hop e dos sonhos que voavam como pássaros de papel em funk. Foi capaz de emocionar plateia e guardar no peito os aplausos e gritos que “queremos mais”. Cada peça carrega um pedaço dessa travessia: da infância preta, das tardes de brincadeira, da autoafirmação nas esquinas e nas telas que ditavam moda. Tem cor de pôr do sol, tem corte que dança no corpo e tem ancestralidade pulsando em cada detalhe. No fim das contas, “Linha de Vento” é sobre vestir quem a gente foi pra seguir sendo quem a gente é. Creations LIL Foi na Sala 1 que Marcelo Mariani, cabeça e coração por trás da Creations LiL, lançou seu manifesto em forma de moda. O mineiro apresentou “The Office – O Corre”, uma coleção que rasgou a passarela com a mesma urgência de quem sabe que vestir é, antes de tudo, um ato político. Entre um look e outro, ficou clara a mensagem: transformar o passado não é nostalgia, é método. Mariani partiu da estética corporativa – essa cartilha cinza, dura, engomada – para subvertê-la com uma boa dose de ironia. A alfaiataria tradicional foi desconstruída e reinterpretada em peças que carregam não só tecidos, mas também histórias. Marcelo prova que upcycling não é um subproduto alternativo, é uma possibilidade industrial, desejável e até escalável. David Lee O badalado designer transformou a passarela em um quintal de memórias. Com a coleção “DIAGONAIS”, o estilista cearense costurou afetos e ancestralidade em peças que reverenciam o cotidiano nordestino. Panos de prato, passadeiras e tapeçarias ganharam nova vida em camisas, calças e casacos alongados, revelando uma alfaiataria amadurecida que dialoga com a tradição e a inovação. As peças, repletas de crochês florais e fibras naturais, evocaram o litoral nordestino, enquanto vestidos rodados e trabalhos manuais em três dimensões encantaram o público. “DIAGONAIS” é um manifesto visual sobre encontros, influências e a beleza do simples, reafirmando que a moda pode ser um elo entre passado e presente. George Azevedo O potiguar fez da passarela uma máquina do tempo. Com a coleção “Grande Hotel”, o estilista puxou o fio da memória e bordou cenas de uma Natal dos anos 1940 — quando a cidade virou quintal dos americanos da Base de Parnamirim. É história vestida de ironia, de cor, de afeto e de provocação. Alfaiataria afiada, pegada militar, estampas que contam casos e sussurram segredos de uma época em que gringos e potiguares cruzavam olhares e destinos. Tem pin-up, tem patch, tem sotaque carregado de passado — mas com cara de agora. George, que já escreveu moda com palavras, agora escreve com linha e tecido. Jonhson Alves Esse super estilista jogou sal grosso na passarela, acendeu incenso e vestiu fé. Sua coleção masculina é reza vestida, é abraço de benzedeira em forma de tecido. Modelagens amplas, que deixam o corpo respirar, feitas de algodão orgânico da Paraíba — aquele que nasce regado por mãos de agricultores e bênçãos ancestrais. Nos tons da terra, da cura e da proteção, cada look carrega um rosário, uma erva, um amuleto. É roupa que não veste só o corpo, veste a alma. No fim, Jonhson não apresentou moda — apresentou mandinga, memória e um pacto bonito entre tradição e futuro. Lindebergue No DFB Festival 2025, Lindebergue Fernandes transformou a passarela em ponto de revolta. Com sua coleção, o estilista cearense costurou possibilidades de revolução. Fez moda com manifesto. Seu olhar esmiúçou o trabalho como ponto de revelação do que a sociedade vive. Tocar em um assunto que mexe com as necessidades, promove a necessidade de maior atenção ao que os mais humildes passam no mercado de trabalho, enquanto CLT. O peso é carregado por quem passa o dia a se cansar sem ter o reconhecimento merecido.  Modelagens amplas e tecidos firmes se contrapõem ao dialogarem com elementos simbólicos, como estampas, criando uma estética que flerta com a dignidade e a necessidade. Cada look desfilado foi um manifesto visual sobre identidade, trabalho e perecimento, reafirmando que a moda pode ser um elo entre o que se quer e o que se tem. Oco Club No último dia de lineup, a

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Em novo capítulo, “DFB Revela” apresenta talentos egressos

Programa de reconhecimento de recém formados na universidade gera encantamento e oportunidade para alunos de todo o Estado cearense Tem coisa que jamais mudará no DFB Festival: a vontade de abrir espaço pra quem tá chegando, pra quem tem ideia na cabeça, talento nas mãos e coragem. Na edição de 2025, o projeto DFB Revela veio reafirmando o festival como vitrine e berço da moda autoral brasileira — aquela que carrega potência pra atravessar qualquer fronteira. A proposta é simples, mas certeira: colocar na passarela estilistas recém-formados, gente que acabou de sair dos corredores das universidades, mas já pisa firme no terreno da criação. É moda fresquinha, pulsante, feita por quem ainda carrega cheiro de sala de aula, mas já sonha alto. Neste 26º ano de história, o DFB Revela levou ao Centro de Eventos do Ceará desfiles assinados por egressos da UniAteneu, da UFCA (Universidade Federal do Cariri) e da UNIFOR (Universidade de Fortaleza). Foram dois dias em que a passarela virou território de experimentação, de encontro, de afirmação — um espaço onde educação, empreendedorismo e inovação caminham juntos, lado a lado, costurando o futuro da moda brasileira. Venham ver! Universidade de Atenas Uma das novidades do evento para 2025 é a perceria com várias instituições de ensino superior do Estado. A proposta é revelar nomes de alunos egressos das faculdades com talentos excepcionais e promovê-los para o mercado de moda cearense. A coleção “ÁRIDA”, da equipe de alunos da UniAteneu, mostrou amadurecimento criativo e entendimento acerca de como os profissionais evoluem adornados pela vontade de se transformarem em grandes profissionais do mercado. Com conceito embebido pelas rachaduras do solo e o silêncio do sertão, a coleção tem na força e beleza da terra nordestina o s tons terrosos — que vão do barro queimado ao ocre do entardecer — em texturas que remetem à pele da caatinga, às cicatrizes do chão, à beleza crua e intacta de um Nordeste que resiste, pulsa e encanta. ” O trabalho fala muito sobre firmeza. Sobre o calor que marca, o vento que levanta poeira e o corpo que dança em meio à secura. É uma homenagem à paisagem que molda o espírito nordestino — forte, sensível, indomável”, contou o grupo de egressos  composto por Milene Silvino, Cidda Lima, Janaina Melo, Kellyane Lopes e Igor Saint coordenados pela p rofessora Regina Almeida e orientados pelo professor Marcelo Belisário. UFCA Foi na quinta-feira, 15, que Alan Araújo riscou a passarela com cheiro de terra molhada e gosto de infância. Veio do Cariri, onde o vento sopra lendas e as pedras sabem contar histórias. Trouxe “Tem Macaxeira no Feijão”, coleção que é mais que roupa — é costura de memória. As peças nascem do que sobra, do que fica, do que resiste. Retalhos que um dia seriam silêncio, agora são voz, são cor, são gesto. A matéria-prima vem da natureza, do cuidado e das mãos calejadas de quem sabe que criar também é um jeito de sobreviver. Na roda de parceiros, nomes que também bordam sonhos: o Ateliê Ecoed, a ilustradora João Cortes e a joalheira Dayane Araújo. Juntos, eles tecem uma cartografia afetiva do Cariri — terra onde a ponte de pedra não é só paisagem, é portal. Alan é desses que carregam o sertão no peito e nas pontas dos dedos. Faz joias, faz moda, faz memória. Navega entre o brilho dos metais e a maciez dos tecidos, como quem aprende a ouvir o silêncio da matéria antes de transformar. Atua de forma livre, autônoma, mas nunca só, está no Arruma Coletivo, no NAVE, no que pulsa e no que cria. UNIFOR Na mesma travessia, a UNIFOR também soprou seus ventos. Subiram à passarela vozes novas, olhares frescos, mãos que desenham futuros. Amanda Nascimento, da Ressoar, trouxe peças que são quase oração — feitas na cadência das labirinteiras, que entrelaçam linhas como quem fia destino. Gabriele Duarte, da Boana Jeans, encenava um desfile que é espelho: moda que dialoga com o mercado, mas sem esquecer o afeto do fazer manual. Ana Beatriz Ribeiro, da Açude, abriu as gavetas da própria história e espalhou sobre a passarela as rendas, as cores e os cheiros de Juazeiro do Norte, sua terra de encantarias. E Nathan Brito, designer e stylist, fechou o ciclo com criações que são pele, são manifesto, são desejo de ser — de vestir-se como quem se revela ao mundo. Fotos: Passarela por Eduardo Maranhão / Backstage Nicolas Gondim

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DFB: Ode ao trabalho, ao sertão e uma caixa de memórias aberta

Enaltecer talentos e reformular pensamentos são funções do que o DFB Festival propõe para a edição que traz à tona o debate acerca de como a tecnologia e o uso de inteligências artificiais não subvertem a criatividade Foi sob os holofotes do Centro de Eventos do Ceará que o DFB Festival 2025 fez sua estreia oficial na noite da última quarta-feira (14). Um público diverso — entre criadores, estudantes, jornalistas e nomes fortes do setor criativo — lotou o espaço para testemunhar mais um capítulo da história que consagrou Fortaleza como polo da moda autoral brasileira. Na abertura, Claudio Silveira, idealizador e diretor do festival, subiu ao palco ao lado de sua parceira de vida e de projeto, Helena Silveira, diretora-executiva do DFB. Juntos, deram as boas-vindas a uma plateia atenta, acompanhados de figuras como Helena Barbosa, secretária de Cultura de Fortaleza; Denise Carrá, do Turismo; e Aldiane Lima, da Ceará Design — representantes de um ecossistema que respira criatividade. Em seu discurso, Claudio foi direto ao ponto: o DFB é, antes de tudo, uma vitrine da moda feita no Ceará, com identidade e coragem. “Estamos aqui, mais uma vez, ocupando esse espaço grandioso para celebrar a energia criativa do nosso povo. Fortaleza é, sim, uma cidade do design, e isso se deve à soma de esforços entre sociedade civil e poder público”, destacou. Antes que os flashes se voltassem para a passarela do desfile “100% Ceart”, Claudio recebeu nomes do alto escalão institucional — como a vice-governadora Jade Romero, a primeira-dama Lia Freitas e representantes das secretarias de Cultura e Turismo — além do presidente da Enel Ceará, José Nunes. Em tom de gratidão, reforçou a importância do apoio das esferas pública e privada para manter o festival pulsando. Com o tema Inteligência Autoral, a edição 2025 propõe mais do que desfiles: uma reflexão sobre o ato de criar. Entre tradição e inovação, identidade e futuro. O primeiro dia trouxe cinco apresentações — 100% Ceart, Jonhson Alves, Lindebergue e Almerinda Maria — divididas em duas salas, ampliando o espectro de estilos, vozes e visões. Uma amostra clara de que a moda, aqui, é território de experimentação e pertencimento. Veja os destaques dos desfiles da primeira noite de DFB Festival 2025: 100% Ceart A união faz a força e alimenta seres criativos. Juntar o ideário do 100% Ceará, que conta assinatura de curadoria do Claudio Silveira, com o trabalho de valorização do fazer cearense desenvolvido pela Central de Artesanato do Ceará (CeArt), gerou um dos mais interessantes resultados do DFB em 2025. Essa junção de saberes de moda e artesanato nunca foi tarefa fácil, mas sempre despertou curiosidade sobre como se comportam duas áreas tão atrativas e que se contapõem em tantos lugares do pensar. Novas perspectivas sobre o fazer ancestral de homens e mulheres que encontraram no artesanato sua identidade, por intermédio de linhas, formas e cores resultou em história, resgate e um passeio por locais ancestrais como Maranguape, Beberibe e Vale do Jaguaribe. Como resultado gerado, um desfile coeso, livre, criativo e tão cheio de detalhes, que nos transportou ao fazer com as mãos, mas com entrega de amores e ancestralidade. Um sonho! Jonhson Alves Ao som encantado da voz de Renata Rosa, Jonhson Alves fez mais do que apresentar uma coleção: fez um rito. Na noite de quarta, no DFB Festival 2025, o estilista alagoano apresentou “Mané do Rosário”, terceira parte de sua trilogia autoral — uma reverência à cultura popular nordestina, feita de memórias, cores terrosas e bordados que contam histórias. Jonhson caminhou das passarelas estudantis ao reconhecimento profissional com um traço firme e um coração exposto. “É um delírio emocional”, confessou, ao ver os modelos desfilando sob a trilha de “Brilhantina”, “Na Janela do Dia” e “Rosa” — escolhidas não por acaso, mas por afinidade de alma. As peças surgiram leves e profundas, como quem carrega o chão de onde veio e o transforma em arte. E talvez já tenha virado. Porque naquela noite, entre o último acorde e o último aplauso, o que se viu foi mais do que estilo. Foi identidade em estado puro, costurada à mão com emoção que emociona e que entende sobre a simplicidade do bem fazer moda para despertar não apenas o consumo, mas o coração de quem ama moda. Lindebergue Operários e prestadores de serviço, trabalhadores braçais que carregam os negócios de milinários nas costas, aqueles CLTs mesmo, sabe?! Eles foram lembrados na passarela de Lindebergue Fernandes, algo que para muitos seria impossível de assistir. Quem ainda acredita, que na moda, há algo improvável, não conhece Lili. Para ele, nada é impossível! Pois mjuito que bem, o veterano do lineup do DFB, nos faz refletir sobre temas especialmente importantes para a sociedade em 2025. O designer voltou a provocar — com poesia e crítica costuradas a ponto firme. Em sua 24ª participação no evento, o estilista cearense trouxe à cena a coleção “Quem” — um questionamento aberto, um espelho quebrado da vida adulta, uma peregrinação do céu ao inferno corporativo. “Esse desfile é sobre a vida dos trabalhadores e a saga do dia a dia deles. É ele de casa pro trabalho, sobre chegar no trabalho e e ter aquela angústia de de não estar na profissão que ele desejava. Eu quis trazer essa história deles”, contou. De ternos com ombros que pesam o mundo a peças viradas do avesso, a coleção desfila angústias diárias: a marmita vazia, a criança esquecida dentro do crachá, a busca por sentido em jornadas que adoecem mais do que realizam. A camisaria clássica vira crítica. O corpo, antes moldado, agora é carne crua em exposição. Ele manteve nos tecidos mais rígidos em contraponto com levezas, e até jeans com olhar descontruído e de inadequação, como se não fosse feito para o corpo. Tudo criado em modelagem plana, inclusive as peças volumétricas. Almerinda Maria Festa! Almerinda comemorou uma década como marca dentro do lineup do DFB. A coleção que trouxe para essa festa é um revival real de pecas desfiladas em todas as

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25 anos em livro: DFB ganha publicação histórica

Dando início ao DFB Festival de 2026, Cláudio Silveira recebeu público da moda em lançamento  No coração do Museu da Imagem de do Som, em Fortaleza, a noite da última terça-feira foi de celebração — e de memória. O pré-lançamento do livro DFB XXV marcou, com elegância e afeto, o início oficial da edição 2025 do DFB Festival. Mais do que uma publicação, o livro é um mergulho em 25 anos de moda, criatividade e histórias que ajudaram a costurar a identidade do evento. Com curadoria fotodocumental precisa e sensível, a obra resgata momentos emblemáticos do festival, entre flashes, passarelas e nomes que atravessam o imaginário da moda brasileira — Camila Queiroz, Izabel Goulart, Isabella Fiorentino e tantos outros. Cada página é um convite à memória e uma afirmação da potência criativa nordestina. No palco, Claudio Silveira, idealizador do DFB, deu o tom da noite: “Contar essa história é reconhecer o impacto cultural da moda brasileira e projetar novos caminhos”. O livro, segundo ele, é mais que um registro — é um documento de resistência, afeto e valorização da autoria. O lançamento também reforça o compromisso do festival com a preservação da memória da moda no país. E já adianta o que vem por aí: uma edição 2025 inteiramente gratuita, com uma agenda diversa de desfiles, palestras, experiências culturais e iniciativas voltadas à inovação e à formação de novos talentos. Tudo isso com o carimbo de originalidade que transformou Fortaleza em um dos grandes polos da moda autoral no Brasil. Fotos: Thaís Mesquita/Divulgação

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No Eliá: Obras de Monet para celebrar Dia das Mães

Campanha “Um jardim de cores, amor e cuidado” une sofisticação, relaxamento e bem-estar em rituais que transformam o afeto materno em arte Inspirado nos jardins de Giverny, imortalizados nas obras de Claude Monet, o Eliá SPA lança sua campanha de Dia das Mães com uma proposta que convida à pausa, ao cuidado e à reconexão. Entre os destaques da campanha “Um jardim de cores, amor e cuidado” estão os rituais especialmente criados para a data, “Cada mãe carrega consigo uma beleza única, e essa é a nossa forma de homenageá-las com a mesma sensibilidade e sofisticação presentes nas obras de Monet”, explica Pedro Vasco, sócio-fundador da rede Eliá SPA, que recebeu convidados para o lançamento da campanha em coquetel badalado com RP assinado por Valéria Lessa. Os pacotes podem ser adquiridos para presentear as mamãe até 18 de maio em todas as unidades da rede ou pelo site, com giftcards exclusivos que acompanham embalagem temática. A expectativa é atender à crescente demanda por experiências de bem-estar como forma de presentear. Saiba mais… Site eliaspa.com.br Instagram: @eliaspabrasil Fotos: Anderson Diniz / O Foco em Você / Divulgação

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Terraço Shopping com presente Natura para as mães

Os clientes poderão trocar as notas na hora por um kit com presentes cheirosos Entre os dias 2 e 11 de maio, nas compras acima de R$ 400, os consumidores ganham um presente Natura, marca reconhecida pelo cuidado e pela qualidade na elaboração de seus produtos. Para participar, basta cadastrar as notas fiscais no aplicativo Wynk e retirar o presente na hora. A promoção é limitada a uma unidade por CPF e válida enquanto durarem os estoques. Com um ambiente acolhedor e um mix diversificado de lojas de moda, calçados, joias, eletrônicos e muito mais, o Terraço é o lugar ideal para encontrar o presente perfeito. Neste ano, o shopping também apresenta novidades em seu portfólio, como as recém-chegadas Granado, Lagus e o restaurante NAU Frutos do Mar, que ampliam ainda mais a experiência de compra e lazer. Saiba mais… Dia das Mães no Terraço Shopping – Presente Natura, de 02/05/2025 a 11/05/2025, ou enquanto durarem os estoques. Acima de R$ 400 (quatrocentos reais), troque suas notas fiscais no App Wynk e ganhe um presente Natura (limitado a um brinde por CPF) Confira o regulamento no site do Terraço Shopping: www.terracoshopping.com.br Fotos: Divulgação

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