Júlia Theophilo concorreu com mais de mil estudantes do país e chegou à final do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores
Em todas as áreas nas quais a profissionalização batalha de mãos dadas com o talento, a necessidade de aprofundamento técnico e desenvolvimento de habilidades se unem em torno de algo importante: a oportunidade.Júlia Theophilo, 22anos, aluna do curso Tecnologia em Design de Moda, do Instituto Federal de Brasília (IFB), agarrou a sua e garantiu sua vaga na final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.
O movimento Sou de Algodão, que visa estimular a moda responsável e o consumo consciente, junto com a Casa de Criadores, tradicional evento de moda autoral brasileira, realizam o concurso de novos talentos da moda. A iniciativa, que revelou designers como Mateus Cardoso, Dario Mittmann, Rodrigo Evangelista e, mais recentemente, nomeou Guilherme Dutra como o grande vencedor, objetiva oferecer aos estudantes de moda de todo país uma plataforma para extrapolarem toda criatividade possível.
No Distrito Federal, uma iniciativa do Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindiveste-DF) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), promoveu uma revolução no interesse de alunos de cursos de Moda.
A parceria se deu com o Sindiveste criando o elo entreinstituições de ensino com o Senai-DF para incentivar o saber fazer, oferecendo infraestrutura e mentores técnicospara os alunos que decidissem se inscrever no Desafio.
Para Walquíria Aires, presidente do Sindiveste, o estímulo aos alunos para participar de concursos nacionais criam vivências e geram experiências que melhoram suas formações profissionais. “A experiência de conhecer outros talentos, ter visibilidade no mercado nacional e entender a dinâmica da moda enriquece a experiência do aluno. Temos bons designers na cidade. Pessoas com muita capacidade criativa, mas que precisam entender os processos do setor. Concursos como o Desafio Sou de Algodão, mostram em detalhes como se dá tudo isso”, observa.
Apostas para o futuro
O Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, encerrou suas inscrições em abril. A 3ª edição recebeu 960 inscrições de trabalhos individuais ou em duplas, com mais de 1.130 estudantes de Moda e Design envolvidos, de 116 instituições de ensino superior e técnico de todo o Brasil. “Essa é a oportunidade de os estudantes demonstrarem toda a sua criatividade. Esse ano, o número total de inscrições e de trabalhos completos superou as duas primeiras edições juntas. Esse recorde comprova como o algodão tem se tornado cada vez mais popular entre os estudantes de moda”, avalia Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão.
A felicidade de poder participar e ser, enfim, selecionada como finalista, é inenarrável para Júlia. “Estou muito feliz com a participação neste concurso, acredito que ele impulsiona criativamente e profissionalmente nós estudantes e futuros designers”, comenta. “Tenho um carinho muito grande pela minha coleção, pois é muito pessoal para mim. Ela mostra um pouco da minha vivência com a escoliose, o que foi algo que muitas vezes me trouxe inseguranças, desconfortos, dores e vergonha”,confessa.
Agora, a finalista deverá produzir todas as peças da coleção e apresentar em desfile da 55ª edição do evento Casa de Criadores, previsto para novembro de 2024, em São Paulo.
Os três projetos vencedores serão escolhidos a partir dos desfiles, anunciados no mesmo dia das apresentações e premiados com entrada para o line-up oficial da Casa de Criadores, com desfile garantido na 56ª edição, que ocorrerá no primeiro semestre de 2025. Além disso, o movimento Sou de Algodão pagará um prêmio de até R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o desenvolvimento da coleção a ser apresentada na 56ª Casa de Criadores, incluindo criação, produção, casting e beleza do desfile.
Fotos: Gabriel Pinheiro/Divulgação