Fraternidade sem Fronteiras acolhe 2,5 mil refugiados

Estimativa é de que 110 milhões de pessoas tenham sido forçadas a deixar fugir de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguições

O dia 20 de junho, é marcado o Dia Mundial do Refugiado, a data internacional designada pelas Nações Unidas é para lembrar da existência de milhões de pessoas ao redor do mundo que foram obrigadas a abandonar suas casas, muitas vezes seus países para escapar de conflitos, violência, violações de direitos humanos ou perseguições.

A organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) tem dois projetos que acolhem refugiados e migrantes, sendo um localizado no continente africano: o Nação Ubuntu, no Malawi, e um outro no extremo norte do Brasil, no estado de Roraima, Brasil, um coração que acolhe. Juntos, atualmente, oferecem acolhimento para 2 mil e 500 pessoas em situação de vulnerabilidade e promovem mais de 30 atividades cotidianas nos espaços.

O deslocamento forçado global não mostrou sinais de desaceleração em 2023 com a eclosão do conflito no Sudão, que desencadeou novos fluxos de saída, elevando o total global para uma estimativa de 110 milhões até maio.

“Esta situação de mais de 100 milhões de refugiados precisa despertar a nossa humanidade e acolhimento para estes irmãos que eram como nós, tinham casa, trabalho, estabilidade financeira, uma vida normal. Agora, estão em situação de vulnerabilidade e precisam da nossa fraternidade para recomeçarem”, afirma o fundador-presidente da Fraternidade sem Fronteiras, Wagner Moura Gomes.

No Brasil, o Projeto Brasil, um coração que acolhe (BCA) foi criado em outubro de 2017, após o aumento significativo do fluxo migratório da Venezuela para o Brasil, via estado de Roraima. Na época, milhares de venezuelanos entravam diariamente no Brasil, legal e ilegalmente, e chegando aqui passaram a viver em situação de vulnerabilidade, sem casa e sem comida, nas ruas, principalmente, de Pacaraima e Boa Vista, onde estão as frentes de atuação do BCA. Hoje, o projeto tem quatro frentes de trabalho: Interiorização, Sustentabilidade, Meios de Vida e Gestão de Centros de Acolhimento. Os dois centros de acolhimento, Jardim Floresta e Pricumã, abrigam quase 1800 acolhidos. No ano passado, 506 pessoas foram interiorizadas.

Mais informações podem ser obtidas pelo site fraternidadesemfronteiras.org.br


Foto: Divulgação
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