Michael Jackson: 116 milhões de cliques em 24 horas!

Trailer da cinebiografia do Rei do Pop quebra recorde mundial e reacende o debate sobre a linha tênue entre homenagem e fantasia.

Lançado no último dia 6 deste mês, o trailer de Michael, cinebiografia sobre a vida de Michael Jackson, já entrou para a história. Em apenas 24 horas, o vídeo alcançou 116,2 milhões de visualizações, tornando-se o trailer mais assistido de um filme biográfico musical ou de concerto em todos os tempos. Um recorde que comprova: mesmo 15 anos após sua morte, o magnetismo do “Rei do Pop” continua inabalável!

Mas o brilho vem acompanhado de polêmica. O teaser, conduzido ao som de Wanna Be Startin’ Somethin’, aposta em um tom triunfante e luminoso, deixando de lado as sombras que acompanharam o cantor. As cenas que retratam sua infância nos Jackson 5, marcada por relatos de abuso do pai, surgem aqui como uma festa familiar, alegre e inspiradora. É uma escolha que já divide opiniões, afinal, onde termina o tributo e começa a idealização?

O filme, dirigido por Antoine Fuqua, traz Jaafar Jackson, sobrinho do astro, no papel principal, ao lado de Kendrick Sampson como o produtor Quincy Jones. A prévia mostra os bastidores da criação de Thriller e os grandes momentos de uma carreira que redefiniu a música pop. Mas a jornada até a tela foi longa e turbulenta. O espólio de Jackson descobriu que o roteiro original violava um acordo legal de décadas com a família de Jordan Chandler, o garoto que o acusou de abuso em 1993. O caso, inicialmente central no terceiro ato, levou a refilmagens extensas em março de 2025. A estreia, prevista para abril daquele ano, foi adiada para outubro e, depois, para abril de 2026.

A filha de Jackson, Paris, também se afastou do projeto. Depois que o ator Colman Domingo (que interpreta Joe Jackson) declarou que ela e o irmão Prince apoiavam o filme, Paris respondeu nas redes: “Não fiquem dizendo às pessoas que eu fui ‘prestativa’ no set de um filme no qual não tive 0% de envolvimento”. Ela afirmou ter apontado “mentiras descaradas” no roteiro, mas não foi ouvida. “O filme agrada a uma parte dos fãs do meu pai que ainda vive na fantasia. E eles vão gostar.”

As críticas não vieram só da família. Dan Reed, diretor do documentário Leaving Neverland (HBO, 2019), classificou Michael como “um completo acobertamento”. O Financial Times revelou ainda que o espólio de Jackson fechou neste ano um acordo de US$ 2,5 milhões com outro grupo de acusadores. Já Wade Robson e James Safechuck – os protagonistas do documentário – seguem com um processo por negligência contra as produtoras do cantor, com julgamento marcado para 2026.

Apesar das controvérsias, o elenco impressiona. Além de Jaafar Jackson e Colman Domingo, estão no filme Nia Long (Katherine Jackson), Jessica Sula (LaToya Jackson), Larenz Tate (Berry Gordy), Laura Harrier (Suzanne de Passe) e Kat Graham (Diana Ross). A produção é de Graham King, o mesmo de Bohemian Rhapsody, em parceria com John Branca e John McClain, executores do espólio de Jackson.

Entre aplausos e desconfiança, Michael promete ser mais que uma cinebiografia: um espelho das contradições de um artista que transformou a música, o corpo e o próprio conceito de fama, e que, ainda hoje, continua despertando amor, controvérsia e curiosidade em igual medida. Fala a verdade, você também está torcendo para o filme sair logo e assim você ir #PERAMBULANDO o quanto antes para viver essa emoção no cinema. Não é mesmo?

Foto: Reprodução
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