Já está em cartaz o filme dirigido por James Gunn, que traz uma versão mais humana do herói e que também é o pontapé inicial do novo DCU nos cinemas.
A espera acabou, estreia nesta quinta-feira (10), nos cinemas de todo o Brasil, o tão esperado “Superman” (2025), primeiro filme da nova fase do DC Universe sob comando criativo de James Gunn, que não é apenas o diretor, quanto o roteirista e CEO da DC. A produção marca o retorno de um dos heróis mais icônicos da cultura pop, porém um Clark Kent mais humano, sensível e otimista (até demais para o ponto de vista deste colunista), em uma trama que abre alas para um novo tom dentro da franquia. O longa traz David Corenswet no papel do herói, ao lado de Rachel Brosnahan (Lois Lane) e Nicholas Hoult (Lex Luthor) dentro de uma narrativa mais leve e uma estética que passeia entre o épico e o emocional.
Porém, Gunn não perde tempo contando aquilo que a maior parte da audiência já sabe (ou deveria saber) sobre sua origem. Nessa nova trama, Clark Kent já é o Superman que conhecemos, mas ainda busca equilibrar sua vida dupla entre o jornalista discreto e o símbolo de esperança da humanidade. O cenário é um mundo em tensão crescente, onde metahumanos começam a ocupar espaços de poder, empresas disputam influência política e os ideais do herói entram em cheque. Em meio a isso, o filme opta por trazer mais do homem por trás da capa, repleto de dúvidas internas, vínculos afetivos, e a tentativa de manter a fé num mundo em crise.
Com cenas de ação pontuadas por um visual grandioso, incluindo batalhas aéreas e momentos icônicos ao lado do inseparável Krypto, o Supercão, o filme tem silêncios dramáticos, olhares, pausas (e incertezas?) de Clark diante do mundo que tenta proteger. É uma ficção científica que tenta colocar o pé no chão, atualizando o símbolo do herói para novos tempos, onde as redes sociais pode te glorificar durante o dia e à noite de jogar no ostracismo, com os mais odiosos discursos possíveis diante de Fake News produzidas com esse objetivo.
Falando sobre o elenco, David Corenswet, que já havia se destacado em séries como Hollywood e The Politician, entrega um Superman contido e relativamente carismático. Rachel Brosnahan, conhecida por The Marvelous Mrs. Maisel, encarna uma Lois Lane perspicaz, parceira e combativa. Já Nicholas Hoult, numa versão careca e fria de Lex Luthor, surpreende como um antagonista mais intelectual do que vilanesco. Entre os nomes que completam o elenco estão Skyler Gisondo (Jimmy Olsen), Wendell Pierce (Perry White), Nathan Fllion (Lanterna Verde), além de aparições pontuais de outros personagens que já preparam o terreno para os próximos filmes do novo DCU.
Ao fim de quase 130 minutos, não será surpresa se – apesar de todos os esforços empreendidos na realização dessa superprodução – surgirem perguntas do tipo: será que a grande aposta de James Gunn em uma visão mais humanizada do Superman será suficiente para reacender a chama da DC nas telonas? Afinal, os últimos lançamentos de heróis dessa e outras franquias não foram tão bem-sucedidos quanto o esperado. E mais, será que um dos personagens mais lendários dos quadrinhos, dos desenhos animados e do cinema terá força suficiente (e novamente) para carregar esse universo nas costas? A resposta começa hoje, nas salas escuras por todo o país. E sim, o céu (ou o infinito) é o limite.
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P.s. Não deixe de assistir ao vídeo onde esse colunista sai “voando” igual ao Superman no dia da sessão exclusiva para a imprensa, além de conferir e dar risadas com outras opiniões (ácidas) sobre o filme clicando agora mesmo neste link.